08 jun - 2025 • 18:00 > 08 jun - 2025 • 20:00
08 jun - 2025 • 18:00 > 08 jun - 2025 • 20:00
R$ 40,00 (+ R$ 4,00 taxa)
em até 10x R$ 5,29
Vendas até 08/06/2025
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Vendas até 08/06/2025
“Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud”, de Samir Murad, volta aos palcos após 24 anos de sua estreia e apresentações por quase todo o Brasil
Reestreia no Rio, de quatro únicas apresentações, abrem a mostra de repertório “Teatro, Mito e Genealogia”, da Cia Cambaleei, mas não caí…, no Teatro Glauce Rocha, em junho, dentro do Programa Funarte Aberta
No solo-performático-processual “Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud”, o ator Samir Murad, também conhecido pelo público por sua participação em várias novelas e seriados, mergulha fundo nos pensamentos de Antonin Artaud (1896-1948), explorando a trajetória do poeta dramaturgo, ator e diretor francês do início do século XX. O espetáculo se baseia em cartas, poemas, manifestos e pensamentos de Artaud, que é uma das personalidades mais instigantes do teatro mundial, e faz uma série de reflexões sobre o homem contemporâneo. O espetáculo fica em cartaz de 5 a 8 de junho - quatro apresentações (quinta a sábado às 19h e domingo às 18h), no Teatro Glauce Rocha (Funarte), no centro do Rio, abrindo o primeiro final de semana da mostra “Teatro, Mito e Genealogia”, de Samir Murad.
O título do espetáculo é inspirado no poema radiofônico de Artaud, na época censurado, ”Para Acabar de Vez com o Julgamento de Deus”, e que segundo Samir, justifica-se também em função de dar ao público a oportunidade de fazer um “julgamento” a respeito do que seria a real “loucura” de Artaud. A encenação, que se autointitula processual, é uma proposta cênica que busca um constante aperfeiçoamento das formas e conteúdos apresentados, estando assim em consonância com o projeto teatral artaudiano e que também se propõe a provocar uma transformação criativa e curativa no espectador.
A ideia da encenação surgiu a partir da tese de mestrado de Samir A Influência de Antonin Artaud sobre o trabalho do ator e diretor Rubens Corrêa (o ator é formado no Centro de Letras e Artes da Uni-Rio) e “curiosamente não foi pensado inicialmente para ser um solo e acabou tomando esse caminho por uma “fatalidade” artaudiana” pontua Samir.
“Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud” explora a trajetória de Antonin Artaud, que abalou com suas ideias avançadas para a época, as certezas do Teatro e da Vida e por conta dessa inadequação social, foi considerado louco e internado durante nove anos em diversos manicômios. No palco, Samir debate as sutis fronteiras entre arte e loucura, colocando em cheque os parâmetros da normalidade e da saúde mental, a partir de textos escritos pelo poeta, dramaturgo, ator e diretor francês do início do século XX que criou o conceito de “teatro da crueldade”.
Eleito um dos 10 melhores espetáculos de 2001 pelo jornal O Globo em lista idealizada pela crítica teatral Bárbara Heliodora, o solo busca exibir facetas de Artaud, como sua relação com o movimento surrealista, o teatro, as drogas, a política e o misticismo. Murad usa elementos musicais, das artes plásticas e técnicas orientais psicofísicas como o yoga, o tai-chi-chuan e o xamanismo.
O espetáculo traça uma narrativa de passagens da vida-obra de Artaud, a partir de elementos da cena por ele preconizados e que desembocam em conceitos pós-modernos como a performance e o work in process, “tal a riqueza de possiblidades que a herança de Artaud suscita para a cena pós-dramática”, acrescenta o ator. A peça procura assim, expandir a reflexão sobre o espaço e o valor do artista na sociedade contemporânea.
“Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud” tem como foco principal, a figura do ator, que evolui em cena a partir de experimentações corporais e textuais inspiradas em técnicas e conceitos orientalistas que reverberam nos outros elementos da cena, como os objetos, as projeções e a música e que funcionam com extensão do universo simbólico irradiado a partir da presença do ator. “Assim, a montagem caminha por um espaço, onde as unidades de tempo e espaço se fragmentam e onde a cena e o texto estabelecem diálogos de tintas surrealistas, onde sonho e realidade se intercalam, procurando-se criar novos significados para o sentido da representação”, pontua Samir Murad.
De acordo com Samir, a trajetória do espetáculo se articula a partir de uma bipolaridade que busca a síntese de alguns paradoxos artaudianos, como o rigor formal de repetição se conjugando a um espaço aberto para novas experiências a cada apresentação. “Artaud experimentou no corpo o pavor de ser injustiçado pela sociedade. E sentiu a carga violenta como resposta a quem não se enquadra. A psiquiatria impôs tratamentos à base de eletrochoques. E com isso usurpou seu potencial criativo durante o tempo em que ficou esvaziado por essas descargas”, explica o ator.
Sobre Samir Murad
Ator de teatro, cinema e televisão, autor e professor. É formado pela UNIRio, com pós-graduação na UFRJ, com mestrado também pela UNI-RIO. No cinema, participou de diversos longas e curtas metragens nacionais premiados. Na televisão, fez inúmeras participações na TV Globo, TV Record, Netflix e Canal Brasil. Trabalhou como dublador na Herbert Richers. Foi Professor da Faculdade da CAL. Fundou a companhia teatral Cambaleei, mas não caí..., que tem, em Antonin Artaud sua principal referência de pesquisa de linguagem cênica, inaugurada com o texto infantojuvenil de sua autoria Além da lenda do Minotauro, que também dirigiu e que foi publicado. No teatro atuou sob a direção de Augusto Boal, Bibi Ferreira, Sérgio Britto, Miguel Falabella, Paulo de Moraes, Sidnei Cruz e Gustavo Paso entre outros. Em 2001 encenou seu primeiro trabalho solo Para acabar de vez com o julgamento de Artaud e segundo a crítica de O Globo, foi um dos dez melhores espetáculos do ano. Em 2008 escreveu e encenou seu segundo solo, Édipo e seus duplos, também publicado. Em 2017, encenou, também de sua autoria O cão que sonhava lobos, um solo musical infantil, publicado com ilustrações. Em 2019 protagonizou a encenação de Educação Siberiana e estreou seu terceiro solo, Cícero – A anarquia de um Corpo Santo, que encerra a trilogia Teatro, Mito e Genealogia e que também virou livro. Em 2020 integra o elenco da novela Genesis da TV Record e apresenta seu primeiro livro de poemas e crônicas intitulado O Retorno de Netuno. Em 2022 atua em O Alienista, sob direção de Gustavo Paso, sucesso de público e crítica e em 2023 integra o elenco da novela Terra e Paixão da TV Globo e estreia seu mais recente solo O Cachorro que se Recusou a Morrer, que continua em cartaz em 2024 e que coroa como um fechamento de percurso a mencionada trilogia.
SERVIÇO
PARA ACABAR DE VEZ COM O JULGAMENTO DE ARTAUD
Criação e atuação: Samir Murad
De 05 a 07 de junho, quinta, sexta-feira e sábado, às 19 h e domingo, às 18h.
Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco.179 -Centro. RJ Telefone – (21) 2220-0259
70 minutos | 14 anos | Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia entrada) - via Sympla ou bilheteria do teatro.
FICHA TÉCNICA
Criação e Atuação: Samir Murad
Textos: Antonin Artaud
Cenário: José Dias
Figurino e Adereços: Pâmela Vicenta
Trilha Sonora: Samir Murad
Desenho e Operação de Luz: Chico Hashi
Operação de Som e Imagem: Marco Agrippa
Programação Visual: Fernando Alax
Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Rodolfo Abreu | Interativa Doc
Produção Executiva: Wagner Uchoa
Instagram: @samirmurad.ator Facebook: Samir Murad
Direção de Produção e Realização: Cia Cambaleei, mas não caí…
Instagram: @samirmurad.ator Facebook: Samir Murad
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
Saiba mais sobre o cancelamentoVocê poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesAvenida Rio Branco, 179 Centro
Rio de Janeiro, RJ
Samir Murad
Ator, autor, diretor, dublador e professor da faculdade CAL de Artes Cênicas . É formado pela UNI-Rio como ator e professor, com pós-graduação na UFRJ sob a direção de Aderbal Freire, com mestrado pela UNI-RIO. No teatro, trabalhou com Augusto Boal, Moacir Góes, Sidnei Cruz, Sérgio Brito, Bibi Ferreira, Paulo de Moraes, Miguel Falabella, Jaqueline Lawrence, Gustavo Paso, Bruce Gowlevsky, Sergio Modena, Walter Daguerre entre outros.
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