28 jun - 2025 • 19:00 > 28 jun - 2025 • 21:00
28 jun - 2025 • 19:00 > 28 jun - 2025 • 21:00
R$ 40,00 (+ R$ 4,00 taxa)
em até 10x R$ 5,29
Vendas até 28/06/2025
R$ 20,00 (+ R$ 2,50 taxa)
em até 4x R$ 6,12
Vendas até 28/06/2025
Memórias de um imigrante libanês no Brasil são a base da peça “O Cachorro que se Recusou a Morrer”, de Samir Murad, criado a partir de suas histórias familiares
Solo faz parte da mostra “Teatro, Mito e Genealogia”, da Cia Cambaleei, mas não caí…, em cartaz Teatro Glauce Rocha, em junho, dentro do Programa Funarte Aberta
O argumento de “O Cachorro que se Recusou a Morrer”, espetáculo do ator e autor Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes, deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai, um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e
pretende vender ao seu público. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre o artista e o espectador.
Um casamento por encomenda e a tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente por uma criação violenta, são algumas marcas que perpassam toda a relação familiar do autor-ator, extraídas de suas memórias e de relatos gravados pelos próprios familiares, antes de falecerem. Conflitos pessoais que reverberam no público, ajudando a resgatar memórias, sentimentos e emoções, por meio de recursos cênicos, apoiados no trabalho do ator, que itinera por distintos registros de atuação que vão da comédia ao drama, com ênfase no trabalho corporal e vocal.
O texto e a cena, através de uma linguagem poética e metafórica, trazem à tona aspectos tradicionais da cultura árabe, forjada em dogmas religiosos e machistas que surpreendentemente permeiam boa parte das famílias brasileiras. Projeções de imagens fundidas com a forte presença da trilha sonora, criam uma atmosfera onírica, repleta de signos e símbolos que envolvem o espectador em um mergulho pessoal e profundo em sua própria genealogia.
O texto-espetáculo faz ainda menção aos anos de chumbo da ditadura militar brasileira, tentando mostrar como o fantasma da alienação política, pode reforçar o Medo no âmbito da Família, principalmente entre os imigrantes. Partindo do núcleo familiar para o sociopolítico, o espetáculo traz à tona questões atuais como Imigração, guerras, doenças advindas dos choques culturais e se propõe a discutir na forma orgânica de uma atuação visceral, o conceito árabe de Maktub, que afirma que o Destino, está escrito. Discute assim, de forma lúdica, questões filosóficas como o caminho do meio, o meio do caminho, o caminho possível, enfim, escolhas que nos assaltam nesse momento plural de uma pós-modernidade estilhaçada, na Vida e no Teatro.
Após temporadas de sucesso em 2023 e 2024, nos teatros do Centro Cultural Justiça Federal, Café Pequeno, Dulcina, Brigitte Blair, ASA e Marilu Moreira, todos no RJ e cidades próximas , o espetáculo pretende levar seu ator mambembe para todo o Brasil.
“Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero - A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O cachorro que se recusou a morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público”, declara Samir Murad.
“... e ao longe se escutava o cachorro que se recusou a morrer.”
Trecho de poema do livro O Retorno de Netuno, de Samir Murad.
O argumento de ”O Cachorro que se Recusou a Morrer”, espetáculo do ator e autor Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes, deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai, um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e pretende vender ao seu público. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre artista, teatro e espectador. Após temporadas de sucesso, em teatros no Rio em 2023 e 2024, o espetáculo retorna em cartaz de 26 a 29 de junho - para somente quatro apresentações (quinta a sábado às 19h e domingo às 18h), no Teatro Glauce Rocha (Funarte), no centro do Rio, encerrando a mostra “Teatro, Mito e Genealogia”, de Samir Murad.
Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente (inclusive por internações) pelo casamento sem amor dos pais. Marcas que não desvanecem e perpassam por toda a relação familiar do autor-ator, extraídas não apenas de suas memórias, mas de relatos gravados por seu próprio pai antes de falecer. Conflitos que estão em cada um de nós e ajudarão a resgatar sentimentos no público, por meio de recursos cênicos despojados, apoiados principalmente pelo trabalho de corpo e voz do ator.
O texto oscila entre o drama e o humor, trazendo à cena uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos que até hoje permeiam a maioria dos lares brasileiros. Em alguns momentos, projeções mesclam imagens criadas com fotos reais antigas, assim como da casa onde tudo se passou, o que acentua o clima dos escombros da memória. A forte presença da trilha sonora, marca a cultura árabe familiar. Não faltam ao espetáculo os gestos, a mímica e as pantomimas que emprestam emoção à palavra.
Por trás de uma cena de família (da família do ator-autor), muitos aspectos da cultura árabe – alguns deles em gritantes conflitos com os costumes brasileiros – precisam ser revisitados. Começando pela submissão da mulher, a intolerância religiosa, o poder tribal do patriarca.
“Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero - A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O Cachorro que se Recusou a Morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público”, declara Samir Murad.
“... e ao longe se escutava o cachorro que se recusou a morrer.”
Trecho de poema do livro O Retorno de Netuno, de Samir Murad.
Sobre Samir Murad
Ator de teatro, cinema e televisão, autor e professor. É formado pela UNIRio, com pós-graduação na UFRJ, com mestrado também pela UNI-RIO. No cinema, participou de diversos longas e curtas metragens nacionais premiados. Na televisão, fez inúmeras participações na TV Globo, TV Record, Netflix e Canal Brasil. Trabalhou como dublador na Herbert Richers. Foi Professor da Faculdade da CAL. Fundou a companhia teatral Cambaleei, mas não caí..., que tem, em Antonin Artaud sua principal referência de pesquisa de linguagem cênica, inaugurada com o texto infantojuvenil de sua autoria Além da lenda do Minotauro, que também dirigiu e que foi publicado. No teatro atuou sob a direção de Augusto Boal, Bibi Ferreira, Sérgio Britto, Miguel Falabella, Paulo de Moraes, Sidnei Cruz e Gustavo Paso entre outros. Em 2001 encenou seu primeiro trabalho solo Para acabar de vez com o julgamento de Artaud e segundo a crítica de O Globo, foi um dos dez melhores espetáculos do ano. Em 2008 escreveu e encenou seu segundo solo, Édipo e seus duplos, também publicado. Em 2017, encenou, também de sua autoria O cão que sonhava lobos, um solo musical infantil, publicado com ilustrações. Em 2019 protagonizou a encenação de Educação Siberiana e estreou seu terceiro solo, Cícero – A anarquia de um Corpo Santo, que encerra a trilogia Teatro, Mito e Genealogia e que também virou livro. Em 2020 integra o elenco da novela Genesis da TV Record e apresenta seu primeiro livro de poemas e crônicas intitulado O Retorno de Netuno. Em 2022 atua em O Alienista, sob direção de Gustavo Paso, sucesso de público e crítica e em 2023 integra o elenco da novela Terra e Paixão da TV Globo e estreia seu mais recente solo O Cachorro que se Recusou a Morrer, que continua em cartaz em 2024 e que coroa como um fechamento de percurso a mencionada trilogia.
SERVIÇO
O CACHORRO QUE SE RECUSOU A MORRER
Criação e atuação: Samir Murad
De 26 a 29 de junho, quinta, sexta-feira e sábado, às 19 h e domingo, às 18h.
Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco.179 -Centro. RJ Telefone – (21) 2220-0259
60 minutos | 14 anos | Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia entrada) - via Sympla ou bilheteria do teatro.
FICHA TÉCNICA
Criação, texto e atuação: Samir Murad
Direção: Delson Antunes e Samir Murad
Cenografia: José Dias
Figurino e adereços: Karlla de Luca
Desenho de Luz: Thales Coutinho
Trilha Sonora: André Poyart e Samir Murad
Direção de Movimento: Samir Murad
Videocenário: Mayara Ferreira
Assistente de direção: Gedivan de Albuquerque
Assessoria de Imprensa e mídias sociais: Rodolfo Abreu | Interativa Doc
Programação Visual: Fernando Alax
Fotos: Fernando Valle
Cenotécnico: Mario Pereira
Costureira: Maria Helena
Direção de produção: Fernando Alax
Produção executiva: Wagner Uchoa
Operação audiovisual: Marco Agrippa
Operação de luz: Chico Hashi
Realização: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí...
Instagram: @samirmurad.ator Facebook: Samir Murad
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
Saiba mais sobre o cancelamentoVocê poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesAvenida Rio Branco, 179 Centro
Rio de Janeiro, RJ
Samir Murad
Ator, autor, diretor, dublador e professor da faculdade CAL de Artes Cênicas . É formado pela UNI-Rio como ator e professor, com pós-graduação na UFRJ sob a direção de Aderbal Freire, com mestrado pela UNI-RIO. No teatro, trabalhou com Augusto Boal, Moacir Góes, Sidnei Cruz, Sérgio Brito, Bibi Ferreira, Paulo de Moraes, Miguel Falabella, Jaqueline Lawrence, Gustavo Paso, Bruce Gowlevsky, Sergio Modena, Walter Daguerre entre outros.
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