26 mar - 2021 • 18:00 > 19:00
Videoconferência via Sympla Streaming
Facilitadora: Caroline Adesewa (Afroinfância)
Público: Infanto juvenil
Ao escolher um livro devemos levar em consideração alguns aspectos, como narrativa, ilustrações e os valores a serem transmitidos, visto que durante muito tempo as produções literárias voltadas para esse público, em sua maioria, não contemplavam a criança negra e a sua identidade. Os livros eleitos como clássicos da literatura infantil, como A Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel e etc, não reúnem característica ou aspectos culturais do povo negro, sendo assim falta representatividade negra nessas obras e sobra supremacia branca. Com isso não digo que as crianças não devem ter acesso a essas literaturas, mas ressalto a importância de apresentar livros onde ela possa se ver, ver a sua família, os seus amigos, a sua cultura e etc. Desta forma, precisamos de mais livros onde a criança negra possa celebrar a sua existência em si mesma, sem precisar naquele momento problematizar as questões raciais (em alguns momentos será necessário), mas sentir de forma natural que podem ocupar diferentes espaços; na praia, na escola, no parque, viajando, no espaço!!! Pois os personagens trazem em seu corpo a cor da sua pele o seu cabelo crespo e vivem a sua cultura de forma positivada.
Além disso, é preciso haver um combate aos livros que representam a cultura negra de forma estereotipada e pejorativa, contribuindo com a perpetuação do racismo na Literatura. Hoje temos muita coisa legal sendo produzida com personagem negros, com diferentes narrativas, escritos por negros e com belíssimas ilustrações; Além da narrativa, as ilustrações merecem uma atenção por parte do adulto. É importante que estas carreguem o seu valor estético desprendidas de preconceitos e estereótipos. Quando se é uma criança negra, em uma sociedade que marginaliza os signos que fazem parte da sua identidade, é preciso ter referências positivas. Nesse sentido, os pais e professores devem estar atentos às obras de literatura infantil que lhes serão apresentadas.
Metodologia
- Contação de história; - História na cabaça: Criação de histórias tendo como protagonistas as crianças e os familiares; - Socialização das histórias criadas.
Carol Adesewa
Carol Adesewa é mulher preta, baiana, professora afrocentrada, atua na Secretaria de Educação do Município de São Francisco do Conde. Idealizadora do projeto Afroinfância – Projeto colaborativo de Educação Afrocentrada que busca contribuir com a construção da identidade e autoestima da criança negra, a partir de referências africanas e afro-diaspóricas. Escritora do livro Plantando com Malik e criadora da Caixinha da Autoestima Afroinfância.
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
Cineminha B
Cineminha B é um festival de cinema infantil. Por meio de sessões de cinema, debates e oficinas, o festival promove a cultura audiovisual infantojuvenil. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.