Silêncios que falam: negritude, branquitude e a psicanálise.

O racismo no Brasil é um fenômeno social de grande complexidade, que observamos através das massas e também de formas individuais, via atos destrutivos. A desigualdade racial na maior parte dos países é um fato. Uma das expressões dessa desigualdade existente no Brasil é o alto índice de violência letal da população negra. Enquanto os jovens negros são as principais vítimas de homicídios do país e as taxas de mortes de negros apresentam forte crescimento ao longo dos anos, entre os brancos os índices de mortalidade são menores quando comparados aos primeiros (Atlas da Violência 2020).

O racismo já vem sendo pensado a partir da ótica da sociologia, da antropologia e das teorias políticas. Tal movimento reflexivo vem chegando à Psicanálise e colocando em pauta importantes questionamentos. O inconsciente tem cor? Por que a psicanálise se silenciou por tanto tempo sobre questões como essa? Em meio a este silêncio que tanto grita, vimos a psicanálise iniciar a discussão que problematiza as questões raciais na clínica contemporânea, assim buscamos refletir: O que nós, enquanto estudantes da psicoterapia psicanalítica e da teoria psicanalítica, devemos refletir sobre a nossa implicação neste campo?

Convidados:

Joyce Goldstein - Psicanalista da SPPA e Coordenadora do Projeto SMED/SPPA

Wania Maria Coelho Ferreira Cidade -  Membro Efetivo e Ex presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Diretora de Comunidade e Cultura da FEBRAPSI. Editora da Revista Calibán da FEPAL.

Coordenação:

Bruna Bayer – Psicóloga, Sócia Graduado do IEPP; Mestranda em Psicanálise: Clínica e Cultura pela UFRGS.