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Seminário | Trabalho de Base e os Neopentecostais
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Seminário | Trabalho de Base e os Neopentecostais

9 out - 2020 • 09:35 > 20 nov - 2020 • 09:00

Evento Online via Zoom

Descrição

Um dos fenômenos mais importantes da sociedade brasileira nas últimas três décadas é o grande aumento do número de seguidores de igrejas evangélicas, com implicações que certamente transcendem o campo religioso e têm consequências culturais mais profundas.


Diversas reflexões têm sido feitas sobre esse assunto, e finalmente percebeu-se no campo popular a extrema relevância sobre o tema e a necessidade de construir uma nova estratégia de atuação nos espaços empobrecidos das franjas de nossas cidades.


Mas de que igreja estamos falando? O que é a igreja evangélica? A igreja evangélica pode ser considerada como um campo em disputa. O avanço das igrejas pentecostais “coincide” com o avanço do neoliberalismo, e podemos compreender esse paralelo pelo papel psicossocial na vida cotidiana dos trabalhadores empobrecidos.



São as igrejas evangélicas dos bairros periféricos que têm dado respostas concretas, subjetivas e objetivas para o nosso povo. São elas que possibilitam o sentimento de pertencimento e de comunidade em uma sociedade absolutamente individualizada e solitária.


Dada essa inadiável necessidade de nos debruçarmos sobre esse assunto e a extrema relevância do tema, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social construiu, junto com os movimentos populares e as Brigadas do Congresso do Povo, o Seminário | Trabalho de Base e os Neopentecostais, com o objetivo de refletir e compreender coletivamente este fenômeno, além do desafio de construirmos linhas de ações concretas a partir da avaliação, debate e aprofundamento do tema proposto.



Seminário – Trabalho de Base e os Neopentecostais




Projeto de Poder


Data: 9/10, das 9h às 11h30



- Crise do capitalismo e fundamentalismo religioso; (Teologia da prosperidade e teologia do domínio – Brasil e Estados Unidos)

No Brasil, a década de 90 foi marcada pelo avanço das políticas neoliberais e o aprofundamento das desigualdades sociais. No mesmo período houve um aumento significativo dos evangélicos no país, em especial das correntes denominadas neopentecostais, inclusive ocupando espaços institucionais de poder. Nos últimos anos, vimos o protagonismo de inúmeras lideranças evangélicas (pentecostais/neopentecostais e protestantes históricas), desde o processo que levou ao golpe da presidenta Dilma Rousseff até a conformação do governo de Jair Bolsonaro. Buscaremos entender quais as relações entre esses acontecimentos e o avanço das chamadas Teologia da prosperidade e Teologia do domínio




- Mídia e igrejas evangélicas

Há pelo menos três décadas grupos pentecostais aderiram ao uso dos meios de comunicação de massa; o fenômeno não é algo novo. Igrejas que possuem espaços em canais abertos da televisão existem desde os anos 70. Já nos anos 80 houve um crescimento do uso das plataformas de rádio por evangélicos. E o processo das novas tecnologias da informação foram se modelando e se moldando a um novo perfil de consumo religioso. Atualmente, os canais televisivos continuam trabalhando intensamente, os rádios são ocupados com conteúdo religiosos e a internet, com as potencialidades das mídias sociais, também tem sido um terreno fértil aos grupos pentecostais. Abordaremos os processos históricos dessa relação mídia e igrejas até a atualidade e suas influências nos campo sociopolítico.





- Grandes Projetos Sociais


A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) – um dos maiores e mais representativos grupos neopentecostais - atua muito além do trabalho evangélico. Suas grandes obras estão inseridas em diversos campos da sociedade, como a mídia, juventude, segurança pública, saúde, entre outros, vinculados à construção de um projeto de poder em curso. Essas ações não são exclusiva da IURD e abarcam diversas outras denominações. Debateremos o alcance das grandes ações sociais promovidas pelas igrejas evangélicas, suas metodologias, assim como o avanço da consolidação desse projeto de poder



2. Trabalho de base


Data: 23/10, das 9h às 11h30


- Igreja, periferia, trabalho de base nas igrejas


O último censo trouxe um dado muito importante que contraria a visão de que os evangélicos estão nos grandes templos, frequentando as Igrejas de pastores midiáticos como Silas Malafaia e Edir Macedo. A maioria dos frequentadores das igrejas evangélicas está nas pequenas “igrejas de bairro”, em espaços que antes serviam como garagem, cujo pastor também é uma liderança comunitária e muitas vezes não recebe nada ou muito pouco para exercer sua função. São essas igrejas que têm dado respostas objetivas e subjetivas para as necessidades cotidianas da classe trabalhadora mais empobrecida. São espaços de encontro, acolhimento e refúgio de tantas opressões vividas pelo povo. Buscaremos compreender a metodologia de trabalho de base das igrejas periféricas e refletir o que essas experiências de trabalho popular têm a ensinar ao nosso campo.



- Mulher negra e periférica e as igrejas evangélicas


Em janeiro de 2020, o Datafolha divulgou o resultado de uma pesquisa em que afirma que o rosto evangélico é de uma mulher, negra e moradora da periferia. Por que essas mulheres que estão na base da pirâmide social do nosso país buscam refúgio na Igreja? Muitas mulheres procuram as instituições religiosas como respostas aos seus dramas familiares, dado que se sentem responsáveis pela organização privada da vida. São elas também que, não raro, ao adentrar na Igreja tem o papel de converter filhos e companheiros, reordenando sua vida cotidiana. São frequentes os relatos do quanto a Igreja transformou a realidade cotidiana das mulheres empobrecidas envolvendo a mudança na vida dos diversos membros da família e também ampliando suas redes de apoio. Debateremos o que a classe, gênero e raça têm a nos dizer sobre esses dados a partir da reflexão sobre o papel das mulheres nas igrejas das periferias e as transformações na vida dessas mulheres - além dos limites dessas transformações no que diz respeito ao aprofundamento das opressões de gênero em nossa sociedade.




3. O que fazer?


Data: 06/11, das 9h às 11h30



- Batalha Hermenêutica: a disputa da Bíblia


Toda leitura é uma interpretação carregada de visões e experiências. O movimento fundamentalista religioso reivindica apenas uma hermenêutica, uma leitura de mundo e da Bíblia. Ao declarar o fim da interpretação da Bíblia, o fundamentalismo trava uma batalha hermenêutica com as visões contextuais da Bíblia que visam a libertação. Nesse sentido, buscaremos entender a Bíblia como instrumento de emancipação social; o processo de leitura e captura da Bíblia por setores conservadores e seus usos políticos de dominação; e os desafios dos movimentos progressistas evangélicos para uma disputa da Bíblia nos territórios, dado o contexto social e a onda fundamentalista que assola o país.




- Evangelismo progressista na periferia


A expansão das igrejas evangélicas na periferia continua crescendo expressivamente. As igrejas se tornam o refúgio psicossocial dos trabalhadores e trabalhadoras em situação de vulnerabilidade social. Entretanto, há uma predominância de igrejas de cunho conservador e fundamentalista nesses territórios. Entender como os movimentos progressistas evangélicos e suas ações na periferia têm sido construído é uma tarefa essencial para a luta de classes. Buscaremos construir essa reflexão a partir de pesquisas e experiências de fiéis evangélicos e pesquisadores da área.



4. Horizonte e desafios para o campo popular


Data: 20/11, das 9h às 11h30



- Pesquisa do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social sobre o Trabalho de base Neopentecostal

Não é exagero dizer que um dos fenômenos sociais mais importante da sociedade brasileira nas últimas três décadas é o quase inacreditável aumento do número de seguidores de igrejas evangélicas, com implicações que certamente transcendem o campo religioso e têm consequências culturais mais profundas. Estas igrejas são espaços comunitários, lugar de festa, de beleza, de encontros, e, claro, de expressão da religiosidade popular. Onde há quem nos acolha em momentos de crise, nos escute e nos ajude a seguir lutando pela sobrevivência. Nas igrejas menores, pastores e pastoras, ou algum(a) assistente, costumam estar sempre disponíveis aos que mais necessitam. Se falta dinheiro ou comida em casa, há sempre uma cesta básica doada pela comunidade. Abordaremos como a nossa pesquisa tem se dado e como tem sido essa relação do fiel e a igreja no contexto da pandemia do coronavírus.

- Brigadas de Trabalho de Base e as igrejas neopentecostais

Partilha das Brigadas de Trabalho de Base sobre as experiências nos territórios de atuação e a relação com as igrejas neopentecostais, ações de solidariedade e os desafios e potencialidades do diálogo entre o movimento popular e os evangélicos.


Termos e políticas

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