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SAMBA, O DONO DO CORPO: expressões afro-brasileiras na construção das musicalidades nacionais
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SAMBA, O DONO DO CORPO: expressões afro-brasileiras na construção das musicalidades nacionais

18 out - 2021 • 14:00 > 29 out - 2021 • 18:00 Ver datas e horários

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Descrição

Instituição: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia

Curso de História da Música Popular Brasileira

18 a 29 de outubro de 2021, das 14h às 18h 


Ementa: Samba, o dono do corpo: representações, claves e expressões afro-brasileiras na construção das musicalidades nacionais.

Área de conhecimento: música, história, estudos culturais, arte educação

Carga horaria: 40 h /aula

Público-alvo: público geral, profissionais liberais, artistas, professores, historiadores, estudantes secundaristas, universitários, especialistas, mestres  e curiosos

Faixa etária: a partir de 14 anos

Docente: Juliana Ribeiro[1]

 

SAMBA, O DONO DO CORPO: REPRESENTAÇÕES, CLAVES E EXPRESSÕES AFRO-BRASILEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS MUSICALIDADES NACIONAIS 

O curso multidisciplinar Samba, o dono do corpo: representações, claves e expressões afro-brasileiras na construção das musicalidades nacionais, visa compreender a diversidade das matrizes sonoras trazidas em diáspora e ressignificadas no Brasil como alicerces no processo de constituição das identidades nacionais. Discutiremos as relações identitárias que elegeram o samba como ícone nacional no século XX, sua constituição híbrida musicalmente e heterogênea socialmente (Hermano Vianna). Demonstraremos suas matrizes culturais, a influência Banto, os precursores rítmicos nas senzalas; a modinha, o lundu, o jongo, o maxixe e sua apropriação artística pela “Casa Grande”. A tentativa de silenciamento das claves negras na construção do samba enquanto gênero musical.  A chegada da Radiodifusão no Brasil, o advento da música popular urbana nos anos 1930, a turma do Estácio de Sá; a primeira Escola de Samba (1928) e a invenção de novos instrumentos para o desfile. Os compositores malditos dos anos 1960; o samba como primeira música de protesto social. As mulheres no samba, suas trajetórias invisibilizadas, a insubmissão das compositoras negras de Tia Ciata até a geração “tombamento”. O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Chula e as permanências da cultura Banto na atualidade. Nessa abordagem multidisciplinar, os estudos culturais, a história e a música formarão as bases teóricas para a compreensão das diversas instâncias sociais que elegeram o samba como um ícone nacional. A escuta será tratada como elemento construtor de símbolos individuais e códigos sociais (Roland Barthes). Em sala será utilizada a escuta participativa como ferramenta para a compreensão das relações de espaço e tempo na música, a percepção de rupturas e/ou continuidades entre os séculos XIX, XX, XXI e seus reflexos sociais na contemporaneidade. Práticas de percepção musical, execução das claves brasileiras e exercícios vocais e corporais agregam o processo multidisciplinar de aprendizagem deste curso.

OBJETVO:

Compreender o lugar do samba dentro da construção da música popular do país a partir das matrizes culturais afro – brasileiras, e a sua consequente  emblematização como um símbolo de identidade nacional , oportunizando ao aluno a prática destas claves através de exercícios de percepção musical.   

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Abordar o processo de construção do samba como ícone nacional a partir do legado musical afro-brasileiro, sua constituição híbrida musicalmente e heterogênea socialmente, discutindo seu lugar de mediador cultural;

- Perceber as diversas representações identitárias do país através das matrizes sonoras afro - brasileiras;

- Utilizar a escuta musical como ferramenta prática para o entendimento das identidades, das relações de espaço e tempo na música e suas continuidades culturais contemporâneas;

- Vivenciar a percepção musical de forma horizontal através de exercícios de prática vocal e corporal ao longo do curso

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

- A Musicalidade afro-brasileira e a construção das diversas identidades nacionais;

- A trajetória histórica e o nascedouro do samba no Brasil;

- Os ritmos que precederam o samba no século XIX;

- O samba como mediador cultural a sua constituição híbrida social;

- O embranquecimento das matrizes negras na música brasileira popular;

- A música urbana e o advento da Radiodifusão no Brasil;

- Os compositores malditos dos anos 1960;

- invisibilização das compositoras negras dentro do samba;

-O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Chula e as permanências Banto na atualidade;

- Exercícios de percepção musical, prática vocal, corporal e instrumental;

- Compreensão da importância da síncope no processo de construção das musicalidades e identidades brasileiras.

 

METODOLOGIA

- Exposição participada via plataforma zoom;

- Projeção de filmes e imagens;

-Escuta participativa, análise musical e percepção cognitiva das canções. Artistas: Xisto Bahia, Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa, Nilton Bastos, Brancura, Ismael Silva, Aracy de Almeida, Elza Soares, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Leci Brandão, D. Edith do Prato, Samba de Roda da Suerdick, Filhos de Pitangueira, Criolo, Juliana Ribeiro.

- Debates de textos e construção de conteúdos em sala;

- Exercícios de prática musical, corporal e vocal;

- Exercícios de percepção musical.

RECURSOS

- Computador e aparelho celular;

- Suporte via plataforma Zoom;

- Caixa de som, microfone, pedestal;

- Instrumentos musicais: pandeiro, chocalho, agogô, reco, etc;

- Metrônomo;

- CDs e DVDs.

AVALIAÇÃO

- Avaliação participativa e diária;

- Envolvimento dos alunos nos debates e escutas musicais;  

- Disponibilidade para as práticas artísticas e exercícios musicais de corpo e voz;

- Composição de uma canção em grupo com tema livre utilizado o formato estrófico do partido-alto;

- Criação individual ou em grupo de um mini-vídeo com ritmos urbanos presentes no cotidiano dos bairros, das ruas, associado à intervenção artística dos alunos. Duração de 1 a 5 minutos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMIRANTE. No Tempo de Noel Rosa. Rio de Janeiro: Sonora Editora, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. O Mal Estar da Pós-Modernidade. Tradução Mauro Gama e Claudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.

BARTHES, Roland. O grão da voz. Lisboa: Edições 70, 1985.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CALABRE, Lia. A era do rádio. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

CALABRE, Lia. O rádio na sintonia do tempo: radionovelas e cotidiano (1940-1946). Rio de Janeiro: Edições Casa de Ruy Barbosa, 2006.

CARNEIRO, Edison. A sabedoria popular, 3.ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.

CASTRO, Ruy. Carmen: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CERTEAU, Michel de.  A invenção do cotidiano. Tradução Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis, RJ, Vozes, 1998. v.1.

COSTA, Leonardo Figueiredo. Um estudo de caso sobre a Mediação Cultural. Anais do V ENECULT. Salvador : Faculdade de Comunicação/ UFBA, 2009.

ENCICLOPÉDIA da música brasileira: popular, erudita e folclórica. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 2003.

GILROY, Paul. O atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.

GOLDFEDER, Miriam. Por trás das ondas da Rádio Nacional. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós- modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva; Guacira Lopes Louro. 11. ed.  Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

HOBSBAWM, Eric. O Novo Século. Entrevista à Antônio Polito.  São Paulo: Editora Schwarcz Ltda., 1990.

LEITE, Leiteres. Rumpilezzinho laboratório musical de jovens: relatos de uma experiência.  Salvador : LeL Produção Artística, 2017.

LEGULLO, Eduardo. Aracy de Almeida: não tem tradução. Rio de Janeiro: Veneta, 2014.

LINS, Paulo. Desde que o samba é samba. São Paulo: Planeta, 2012

LOPES, Nei. Partido-alto: samba de bamba. Rio de Janeiro: Pallas, 2008.

MATOS, Claudia Neiva de. Acertei no milhar: malandragem e samba no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

MED, Bohumil. Teoria da Música. 3.ed. Brasília: Musimed,1980.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: FUNARTE/ Divisão de Música Popular, 1983 (Coleção MPB, 9).

NAPOLITANO, Marcos. História e música: história cultural da música popular. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

RIBEIRO, Juliana. Quando canta o Brasil: uma análise do samba urbano carioca na Rádio Nacional nos anos 1950. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) Faculdade de Comunicação, Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade. UFBA, Bahia, p. 134 f.: il. + anexo. 2010.

RIBEIRO, Juliana. Para além do tempo: o deslocamento do lugar da mulher dentro do samba. In.: FAUSTINO, C.; FREITAS, M.; VAZ, P. (Org.). Coleção Sambas Escritos. Vol. 3, Massembas de Ialodês: vozes femininas em roda. São Paulo: Ed. Pólen, p. 29 à 36. 2018.

SAROLDI, Luiz Carlos; MOREIRA, Sônia Virgínia. Rádio Nacional: o Brasil em sintonia. 3.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo, 2. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.( Páginas 11à 28).

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do Samba no Rio de Janeiro- 1917-1933. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/Ed. UFRJ, 2001.

 

SANTANA, MARILDA. Org. As Bambas do Samba: mulher e poder na roda. Salvador: EDUFBA, 2016.

Secretaria Especial da Cultura [online]. Disponível em: < http://www.cultura.gov.br/>. Acesso em: 19 jun. 2019.

UMA LAMBADA no decoro. In: Veja: edição especial República: Música. São Paulo, p. 102, 20 nov. 1889. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/historia/republica/musica-maxixe-danca-moda.shtml>. Acesso em: 2 setembro. 2021. Edição publicada em set. 1989.

VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar /UFRJ, 1995.

WOORDWARD, Kathryn . Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA,Tomaz Tadeu (Org.); HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 7. ed .Petrópolis, RJ: Vozes, 2007, p. 7-

ZAN, José Roberto. Do fundo de quintal à vanguarda: uma contribuição para uma história da Música Popular Brasileira. Tese de doutorado. IFCH/UNICAMP, São Paulo, 1996.

 

FILMOGRAFIA:

AGUIAR, Lindwe. Dona Dalva: uma Doutora do Samba. Documentário. 0:54 min , 2013

BAROUH, Pierre. Saraváh . Documentário, 1:31min. 1972

KERMES, Werinton. Clementina de Jesus: rainha Quelé. Documentário, 0:55 min. 2012

REFERÊNCIAS  MUSICAIS

 

BASTOS, Nilton. - obra completa

BIDE e MARÇAL. - obra completa

BRANCURA. - obra completa

BRANDÃO, Leci. - obra completa

CRIOLO. - Obra completa

DA VILLA, Martinho. - obra completa

DAMIANA, D. Dalva.- Obra completa

DO PRATO, D. Edith. -Obra completa

JESUS, Clementina de. – obra completa

KETTI, Zé.- obra completa

LARA, Dona Ivone.- obra completa

MONSUETO.- obra completa

PIXINGUINHA. - obra completa

ROSA, Noel. - obra completa

RIBEIRO, Juliana. - obra completa

SILVA, Ismael. - obra completa

SOARES, Elza.- Obra completa

VALLE, João. Obra completa.

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<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->Juliana Ribeiro é Cantora, Compositora, Historiadora, Arte Educadora e Mestre em Cultura e Sociedade pela UFBA. Possui formação técnica em canto lírico pela UFBA e especialização em canto popular pela UNICAMP- S.P. Iniciou sua carreira em 2001, com shows dentro e fora do país cantando as diversas matrizes que compõem o samba. Possui um EP lançado em 2009, o CD Amarelo lançado em 2012, concorrente ao Prêmio da Música Brasileira, e acaba de lançar seu terceiro álbum “Preta Brasileira”. Mais informações acesse www.julianaribeirooficial.com.br e @julianaribeiro_oficial.


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Sobre o organizador

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