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Roda de Conversa - Raquel Nava e Waleska Reuter - Mediação: Renato Acha
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Roda de Conversa - Raquel Nava e Waleska Reuter - Mediação: Renato Acha

Descrição do evento

Roda de Conversa - Raquel Nava e Waleska Reuter - Mediação: Renato Acha

Mostra Brasília 60 - Novas Candangas

19 de setembro (quinta) às 19 horas


RAQUEL NAVA:


"Elementais" de Raquel Nava (2019) - Instalação Site Specific com animais taxidermizados, lã, brigadeiro, plástico, tecidos, poltrona, e tapete de couro.


"Elementais" é uma intervenção que pretende interagir com a natureza do local e com as alterações feitas pelos animais que ali habitaram durante seu abandono e ruína. Objetos confeccionados com matéria de natureza animal, bichos taxidermizados, ninhos de passarinhos e formigueiros são alguns dos elementos que compõem a obra que se transformará ao longo de sua vivência.


www.raquelnava.net


Sobre a artista:


Raquel Nava nasceu em Brasília em 1981, formou-se em artes visuais pela Universidade de Brasília/UnB (2007), obteve título de mestre em Poéticas Contemporâneas pela mesma instituição (2012) e foi aluna da Faculdade de Filosofia e Letras na Universidade de Buenos Aires/UBA (2005). Foi tutora e professora de licenciatura em Artes Visuais da UAB/UnB (2010-2014). Possuí obras no acervo do Museu Nacional da República de Brasília, no Centro Cultural Universidade Federal de Goiás/UFG e na Fundação Boghossian em Bruxelas. Expõe com regularidade desde 2006. Em seu trabalho recente, Raquel investiga o ciclo da matéria orgânica e inorgânica em relação aos desejos e hábitos culturais. Em 2018, foi indicada ao Prêmio Pipa. Nava foi indicada entre os finalistas do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas. O júri também selecionou obras dos 30 finalistas do Prêmio para uma exposição inédita aberta ao público na sexta (13 de setembro) no Museu de Arte Brasileira (MAB FAAP), em São Paulo. Obras da brasiliense Raquel Nava integram a mostra que fica em cartaz até 20 de outubro. Simultaneamente, integra a 2ª Mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, onde apresenta mostra individual em exibição até 15 de dezembro.


WALESKA REUTER:


"Reptiliano" de Waleska Reuter. Escultura. Técnica mista sobre fibra de vidro e laca, sobre base de mármore.


"Eu poderia dizer que não sei de onde vêm as imagens do bestiário que surgem em meu trabalho de manequins de loja, que altero e ressignifico. Seria fácil dizer que a imagem aparece na minha cabeça numa inspiração, logo depois de uma respiração profunda e centrada, mas não é bem isso. Claro que adoraria mentir sobre o que faço, seria melhor ainda ser pega nesta farsa no exato momento do pulo, e rir. A verdade, se é que ela existe, e agora você tem o direito de pensar que começo uma outra mentira, é que tudo me vem de olhos bem abertos. O que faço é enxergar o que ainda não estou vendo, ou melhor, enxergar o que eu deveria ver, e mais tarde alcançar a minha verdade neste jogo de mentiras que é a arte, que finge imitar a vida ou mesmo falar dela.


O 'Reptiliano' é uma revisitação de uma obra que fiz há muito tempo, chamada 'La Cuisine'. Um amigo me disse que quando criança conseguia chupar o próprio pau, isso na hora me chamou atenção, e um belo dia me veio o insight ao encontrar um manequim de bebê sentado e olhando pra frente: ali estava a representação da pose que eu precisava. Bom, isso foi tudo, e você agora já pode desconfiar que menti sobre inspiração. Sei que seria melhor dourar a pílula e contar uma história mais edificante, mas minha vida, e principalmente minha obra, só faz sentido se for para dar asas à minha curiosidade muitas vezes sarcástica, e uma dose de humor ácida que se contrapõe ao bom-gostismo daqueles que fazem questão de acertar todos os alvos.


Eu muitas vezes atiro no escuro.


Mas voltando lá atrás ao 'La Cuisine', com sua figura tão auto-suficiente em seu prazer egoísta de deleite particular, entendi que, naquele corpo, o ato de sentir prazer consigo mesmo poderia ser uma forma de interiorização, uma tentativa de evitar estabelecer uma relação com o outro, e tudo mais que possa envolver nossa condição humana de herdeiros da vida carnal. Seria como se livrar de toda torturante esperança e decepções daquelas pequenas coisas da vida. Só que agora, nesta nova obra, trago a figura contaminada com um estranho cruzamento com um réptil, agora suas patas sofrem uma mutação: o corpo adquire a qualidade de se camuflar para uma nova natureza, quem sabe um disfarce. Seu toque ganhou uma nova dimensão, aquele bebê, não mais propriamente humano, viu crescer um estranho rabo e com isso provar que o sangue está mais frio.


E agora ele está aí, aprisionado, inserido num circuito fechado, na sua eterna representação de um momento em que pensei sobre todas as coisas que se estabelecem fora da esfera humana, resultado de semanas de massa, lixa e pintura automotiva sobre aquele manequim inicial. Sim, eu queria falar sobre a frieza das coisas, mas eu mesma estou quente. Está aí mais um assombro do meu bestiário."


Sobre a artista:


Waleska Reuter nasceu em Linhares-ES, e é graduada em artes visuais pela Universidade de Brasília. Participou de diversas mostras na cidade, entre elas Libido Dominandi, na Casa de Cultura da América Latina; O Círculo, no Museu Nacional (2007); Arqueologia do Plástico, no Espaço Piloto (2008); 1922 Semana Sísmica - Correspondências Modernas, no Museu Nacional dos Correios (2012); SEUmuSEU Expoexperimento (2013), e Melhor de 3, no Museu Nacional; Eróticas, na Galeria deCurators (2014); Quarto Escuro, na Alfinete Galeria; Ondeandaaonda, no Museu Nacional; Ciclo Bicho-Bicha, na Galeria deCurators; Ocupação 2.0, no Elefante Centro Cultural (2015); Ondeandaaonda II (2016); Não Matarás (2017), no Museu Nacional(2016); Projeto Fuga, no Atelier deValéria Pena Costa (2017), Ondeandaaonda III, Espaço Cultural Renato Russo (2018), performance Homenagem a Eiko Hanashiro, na Galeria deCurators (2019). Em 2014, foi indicada ao Prêmio PIPA, e em 2019 participou da série UM.ARTISTA exibida pelo canal Arte1, e ganhou o primeiro prêmio no II Salão Mestre D’Armas, em Planaltina-DF, com a performance Isto Não É Uma Obra de Arte.

Local

Ocupação Contém - Piscina com Ondas I Parque da Cidade

Unnamed Road, , Piscina com Ondas, Srps

Brasília, DF

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Termos e políticas

Sobre o organizador

Ocupa! Festival de Artes Contemporâneas

Ocupar criativa e culturalmente um espaço antes abandonado, nunca esquecido. Do lazer descompromissado ante a aridez dos agostos e setembros da Brasília nos anos 1980 e 1990, ao resgate como área preferencial de convívio, a Piscina Com Ondas passou mais de vinte anos numa espécie de limbo, deixando de ser o espaço público na definição tal qual conhecemos.

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