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POR QUE “O CÍRCULO”?
O CÍRCULO oferece uma proposta de desenvolvimento
humano àqueles que desejam potencializar aptidões inatas como agentes
transformadores da realidade.
O nome O
CÍRCULO foi escolhido sob inspiração de sua simbologia, como se descreve:
(...) eles (os
círculos) constituem a manifestação do Ser único e não manifestado. Portanto, o
círculo é considerado em sua totalidade indivisa... O movimento circular é
perfeito, imutável, sem começo nem fim e nem variações.
No
centro do círculo todos os raios coexistem em uma única unidade e, um ponto
único contém em si todas as linhas retas, unitariamente unificadas em relação
as outras e todas juntas em relação ao princípio único do qual todas elas
procedem. No próprio centro, sua unidade é perfeita; se elas se afastarem um
pouco do centro, distingue-se pouco; se separarem ainda mais, distingue-se
melhor. Em resumo, na medida que estão mais próximas do centro, mais íntima se
torna sua união mútua; na medida que estão mais afastadas do centro, aumenta a
diferença entre elas. (...)
O círculo evoca uma ideia de movimento, de mudança de ordem ou de nível (...) O círculo é também o símbolo do tempo: a roda gira. Desde a mais remota antiguidade, o círculo tem servido pra indicar a totalidade, a perfeição, englobando o tempo para melhor poder medir. Os babilônios, utilizavam-no para medir o tempo: dividiram em 360º, decompostos em 6 segmentos de 60; seu nome, shar, designava o universo, o cosmo. A especulação religiosa babilônica daí retirou, mais tarde, a noção do tempo infinito, cíclico universal, que foi transmitido na Antiguidade – à época grega, por exemplo, através da imagem da serpente que morde a própria cobra. Na iconografia cristã, o motivo do ciclo simboliza a eternidade; três círculos unidos entre si evocam a Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Entre os indígenas da américa do Norte, o círculo é o símbolo do tempo, pois o tempo diurno, o tempo noturno e as fases da lua são círculos por cima do mundo, e o tempo do ano é um círculo em volta da extremidade do mundo.
O círculo exprime o sopro da divindade sem princípio nem fim. Esse sopro processa-se continuamente em todos os sentidos. Se o sopro parasse, haveria imediatamente uma reabsorção do mundo. O sol e o ouro, imagens do sol, são designados por um círculo. O plano circular é associado ao culto do fogo, dos heróis e da divindade.” (Chevalier, O Dicionário dos Símbolos).
O CÍRCULO em
diversas tradições e culturas é o símbolo que representa completude e perfeição
e nos remete ao resgate das nossas memórias ancestrais. Os povos antigos se
reuniam em roda à volta do fogo ou à volta da mesa para a transmissão dos
conhecimentos inerentes àquele povo. Os nômades dispunham seus acampamentos em
forma circular como caráter de proteção. A Távola era a mesa em forma de
círculo, onde o Rei Arthur reunia seus cavaleiros antes das batalhas e discutia
assuntos do reino. Merlin, o mago e conselheiro de Arthur, construiu a Távola
como forma de fortificação do grupo porque o círculo traz a posição de
igualdade. Na cultura islã, os movimentos de
oração e adoração são feitos em forma de círculo à volta do cubo negro Ka'ba, que está dentro do um círculo branco em Meca. Na
literatura persa, o círculo é um símbolo do destino. Na tradição sufi, como
planetas que giram ao redor de si mesmos e ao redor do Sol, os dervixes dançam ao redor do
seu próprio centro, simbolizado pelo coração, e ao redor de um centro projetado
no ambiente, simbolizando o sol. A técnica de movimento do Giro Sufi está
atrelada aos simbolismos baseados na experiência de unidade do homem com o que
existe ao seu redor. No budismo, as figurações das
mandalas são círculos concêntricos que representam os dois aspectos
complementares: do aperfeiçoamento interior e o da evolução espiritual. Entre os
Celtas, o círculo é um símbolo mágico de proteção, defesa e poder. Por fim, Jung
diz ainda, que o círculo é uma referência ao núcleo psíquico, o centro vital da
personalidade do qual emana todo o desenvolvimento estrutural da consciência.
(Jung, 2008, p. 323).
A reunião em círculos de pessoas que compartilham os mesmos objetivos e interesses é uma maneira ancestral e sagrada de provocar transformações pessoais e coletivas. Um verdadeiro e completo círculo
de encontro para uma nova era é preenchido por homens e mulheres que estejam
unidos em contribuição com o todo. Reconhecemos
a necessidade de estruturação de novos caminhos que coloquem as pessoas no
centro das propostas e enfatizamos a construção de projetos e ações que apoiem
a nós – humanidade - no enfrentamento de dilemas e das incertezas do presente.
O círculo de
pessoas é uma forma de aprimoramento individual e, consequentemente, coletivo,
a fim de estabelecer um sistema de estudo contínuo que possam fomentar o
encontro com nosso mais íntimo propósito de vida. O
círculo incorpora e nutre uma filosofia de relacionamento e de
interconectividade que pode nos guiar em todas as circunstâncias – dentro do
círculo e fora dele, sendo o princípio fundamental dos círculos a participação
voluntária e ativa dos membros.