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Por 3emeio Cultura em Movimento
Certificado
Escrever a si mesmo: histórias do Eu no Ocidente
O curso é dividido em 02 módulos com 04 aulas gravadas cada.
Carga Horária Total: 16 horas
Módulo 01: Escrever a si mesmo: como o Ocidente inventou o Eu
Nesse momento histórico onde cada vez mais sentimos a urgência de questionar aquilo que nos tornamos, assim como as estruturas de nossa identidade, é importante compreendermos como o que entendemos por “ocidente” está profundamente vinculado a uma invenção peculiar. Trata-se da invenção da noção de “eu”. Esse processo através do qual aprendemos a falar “eu”, a falar de nós mesmos, é longo e complexo. Nele, mistura-se construções teológico-políticas, jurídicas, filosóficas e literárias.
Nesse curso, vamos então compreender como o ocidente inventou regimes de escrita de si. Regimes esses que pareciam portar alguma capacidade terapêutica de cura, que permitiriam certa maneira de tomar posse de si, de encontrar a si mesmo. Podemos mesmo dizer que, de alguma forma, até hoje tais escritas estão entre nós, constituindo um horizonte de formas de relação a si.
Esse curso fornece um modo de reflexão filosófica na qual é possível compreender as tensões e dispersões das genealogias de si que ainda nos habitam. Ele ainda permite a compreensão das articulações entre instauração filosófica, construções clínicas e crises sociais. Se queremos, nesse momento, sair de uma modernidade que parece cada vez mais problemática, precisamos entender como ela se formou, assim como suas tensões internas. Essas tensões serão abordadas a partir de quatro modalidades diferentes de escrita de si: as confissões (Agostinho), os ensaios (Montaigne), as meditações (Descartes) e os pensamentos (Pascal).
Aula 1: O si mesmo como uma invenção teológico-política: Foi se confessando que aprendemos inicialmente a dizer “Eu”. As confissões de Santo Agostinho.
Aula 2: Um Eu em errância e movimento. Os ensaios, de Montaigne. O aparecimento da literatura, escrever a si mesmo diante de mundo em crise e depois da melancolia.
Aula 3: Destruir a si mesmo com método. Uma escrita da decomposição de si como modo de reinvenção moderna do Eu. O que fez de Descartes o início da filosofia moderna. Lendo As meditações a contrapelo.
Aula 4: Um Eu que fala de si em fragmentos. A escrita da suspeita de si e uma outra forma de teologia do Eu. Os Pensamentos, de Pascal.
Módulo 02: Escrever a si mesmo: como o Ocidente destruiu o Eu
Nossa época é marcada, entre outras coisas, pelo desejo de não sermos mais nós mesmos. Mas é importante lembrar como esse desejo ressoa uma história longa de crítica em relação a noções como “eu”, “identidade”, “personalidade”, “consciência” e que marca nossa história. Essa história é, paradoxalmente, uma parte importante da mesma modernidade ocidental que procuramos agora deixar para trás. O que talvez nos mostre como precisamos de um conceito mais complexo e polifônico de “modernidade ocidental”.
Nesse curso, vamos procurar entender como em dado momento histórico consolida-se o movimento de destruir o que se impôs de forma hegemônica no pensamento ocidental como “Eu”. Essa discussão nos leva a um dos pontos originários de articulação cerrada entre filosofia, literatura, psicanálise e política. Mas mais do que uma arqueologia histórica, a função desse curso é mostrar como, em larga medida, ainda somos contemporâneos dessa forma de construir o problema sobre nós mesmos, de como ela ainda habita nossas maneiras de escrever a destruição de nós mesmos.
Aula 1: Dostoievsky e os romances do colapso da noção de si mesmo. Escrever em polifonia ou Quando fala o subsolo
Aula 2: Nietzsche e a teologia-política do Eu. A decomposição do sujeito moral a partir de sua genealogia
Aula 3: Freud e a emergência do inconsciente. Em que a hipótese psicanalítica do inconsciente ainda é contemporânea.
Aula 4: Lutas sociais, problemas coloniais: da Revolução Hatiana a Comuna de Paris – uma história de corpos que saem de seus lugares naturais e destroem identidades.
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O 3emeio Cultura em Movimento surgiu em 2012, na cidade do Recife, com o intuito de fomentar arte e cultura do público pernambucano. Incentivando reflexões e formando o público por meio de cursos, workshops, fóruns, seminários, laboratórios e residências artísticas. Produção de festivais, plataformas digitais e projetos socioculturais. Atua em parceria com museus, instituições, fundações, centros culturais e de economia criativa em Pernambuco.
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