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Percurso Plano B: dança, sociedade e desconstrução
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Percurso Plano B: dança, sociedade e desconstrução

15 jun - 2021 • 20:00 > 1 jul - 2021 • 21:30

Evento Online via Zoom

Descrição

PERCURSO PLANO B

Dança, sociedade e desconstrução

com Carolina Paes de Barros e Sofia Ó

Data: terças e quintas, de 15 de junho a 01 de julho (seis encontros)

Horário: 20h-21h30


  1. Um corpo ideal (terça, 15/06)

No primeiro encontro, olharemos para o ideal corporal presente em um mercado profissional de dança. Por “ideal corporal”, entendemos a referência imaginada que fazemos de um corpo apto para dançar em “alto rendimento”, compartilhada socialmente e através da qual se constroem nossas metodologias e dramaturgias.

Para ampliarmos a nossa visão sobre corporalidades disruptivas desse padrão, entraremos em alguns autores e autoras que estudaram o corpo na Antropologia - desde a Antropologia dita clássica até etnografias brasileiras mais recentes. Espera-se que com esse referencial possamos olhar para o nosso próprio corpo moderno, ou ainda, questionar a sua modernidade.


  1. Disciplina: a modelação de um corpo (quinta, 17/06)

Tendo aberto o nosso olhar para diferentes concepções de corporalidade, como podemos explicar a manutenção e o sucesso desse ideal corporal que compartilhamos? Por que ele habita o nosso imaginário a ponto de orientar nossas ações, oportunidades, o modo com que disfrutamos (ou não) da dança, o que comemos, como enxergamos nosso corpo?

A disciplinarização dos corpos no contexto moderno será o tema do segundo encontro, que é uma tentativa de responder essas perguntas. Tendo como guia a leitura de Michel Foucault, iremos tecer comparações entre o “corpo dócil” mobilizado pelo autor e o corpo bailarino.


  1. Gênero: a produção de um corpo (terça, 22/06)

No terceiro encontro, iremos nos debruçar sobre momentos da história do ballet clássico (desde a aristocracia francesa até a história contemporânea) sob a ótica do gênero. Como o masculino, o feminino e o que podemos chamar (provisoriamente) de andrógino foi agenciado ao longo dessa história? O que propõem os corpos queer e transexuais hoje dentro dessa dança?

Irão nos auxiliar autores e autoras da teoria queer e dos estudos de gênero dentro do campo de conhecimento da Antropologia. Historiadores da dança nos trarão um embasamento histórico sobre os gêneros no que diz respeito ao ballet clássico surgido na corte francesa e, mais tarde, no Romantismo.



  1. Diversidade e inclusão - da sala de aula aos palcos (quinta, 24/06)

O termo “diversidade” tem sido amplamente utilizado em contextos políticos e até mesmo comerciais. Para compreendê-lo de maneira crítica, passaremos pelos chamados “marcadores sociais da diferença” a fim de contornar metodologicamente o que entendemos por diversidade. Em seguida, levantaremos a questão de como criar um ambiente verdadeiramente inclusivo para corpos diversos, enfrentando os possíveis conflitos produtivos advindos da confrontação de diferentes realidades.



  1. Alguns apontamentos sobre a pandemia (terça, 29/06)

O que resta da dança, uma arte da presença, frente a um cenário tão desolador? O que é corpo e o que é presença dentro desse novo contexto? Tendo como fio condutor o conceito de cuidado de si, conforme delineado por Michel Foucault, iremos fazer alguns apontamentos sobre a dança neste contexto pandêmico.

Como ela pode operar como uma prática de cuidado de si, seja para profissionais da dança ou para praticantes “amadores” dessa atividade? Que novas questões estão surgindo, e quais questões antigas estão sendo ainda mais escancaradas nesse processo?


  1. Reconstruções de futuro (convidada: Sofia Ó) (quinta, 01/07)

Quando o tempo é de crise, urge olhar para o passado para procurar caminhos possíveis. Sofia Ó, nossa convidada, se dedica à prática e ao estudo do corpo em movimento, nos trânsitos entre a dança e a antropologia. Seja como criadora, intérprete, pesquisadora ou professora, seu trabalho articula as formações em dança (com destaque para a formação no c.e.m – centro em movimento; os estudos em dança contemporânea com Lu Favoreto; e a formação em balé clássico no Estúdio de Ballet Cisne Negro) e em Ciências Sociais (é bacharel e mestre pela PUC-SP).

Neste encontro de encerramento do percurso, Sofia trará elementos de sua pesquisa de mestrado, acerca da produção e prática de dança durante a ditadura civil-militar em São Paulo, para, juntos, encontrarmos pistas para corpos e danças que abram fissuras em um contexto de medo, precariedade e limitações.



BIBLIOGRAFIA


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GARAFOLA, L. (1985). The Travesty Dancer in Nineteenth-Century Ballet. Dance Research Journal, 17/18, 35-40. doi:10.2307/1478078

HIRANO, L. F. K.; ACUÑA, M.; MACHADO, B. F (org). Marcadores sociais das diferenças: fluxos, trânsitos e intersecções. PPGAS-UFG - Coleção Diferenças. Goiânia: Editora Imprensa Universitária, 2019.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LE BRETON, David. Antropologia do corpo e modernidade. Tradução: Fábio dos Santos Creder Lopes. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

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Desde setembro, o Plano B organiza minicursos formativos unindo dança e ciências sociais. Nossa missão é desconstruir paradigmas da dança e buscar reconstruções coletivas. Partimos do pressuposto de que conhecimento é construído em conjunto. Conheça nosso projeto no Instagram, onde produzimos conteúdo e divulgamos nossa agenda: @pb_planob.

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