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Pensadorxs Contemporânexs [online]

22 mai - 2020 • 15:00 > 17:00

Videoconferência via Sympla Streaming

Descrição



O Ciclo de Estudos sobre Pensadorxs Contemporânexs é uma projeto da Escola de Políticas Públicas e Cidadania Ativa [EPUCA] e se destina ao estudo do pensamento contemporâneo de homens, mulheres e outras pessoas que não se enquadram nessa classificação binária de gênero, através de encontros mensais com duração máxima de três horas. O próprio grupo pactua o pensador e/ou a obra a ser estudada e a metodologia de estudo para cada etapa, que poderá durar de um a quatro encontros. Cada pessoa poderá participar de todas as atividades do projeto ou apenas daquelas cujo pensador e/ou obra seja de seu interesse específico.

Nesse período de distanciamento físico em virtude da pandemia do coronavírus, o projeto ganha novo formato e passa a ser realizado virtualmente. Assim, uma curadoria propõe o pensador ou pensadora e a obra a ser estudada, distribui o documento aos inscritos para leitura prévia e na data combinada é realizado o encontro virtual, através da plataforma Sympla, para diálogo sobre o material lido/estudado.

Para esse encontro escolhemos o livro "O amanhã não está à venda", de autoria de Ailton Krenak, publicado pela Companhia das Letras. A obra foi elaborada a partir de três entrevistas com Ailton Krenak, realizadas em abril de 2020, para diferentes meios de comunicação. O ensaio joga luz sobre a pandemia mundial de Covid-19 e pede urgência do coletivo humano em tratar sua relação com a natureza.

"Quando engenheiros me disseram que iriam usar a tecnologia para recuperar o rio Doce, perguntaram a minha opinião. Eu respondi: ‘A minha sugestão é muito difícil de colocar em prática. Pois teríamos de parar todas as atividades humanas que incidem sobre o corpo do rio, a cem quilômetros nas margens direita e esquerda, até que ele voltasse a ter vida’. Então um deles me disse: 'Mas isso é impossível'. O mundo não pode parar. E o mundo parou".

Sobre Ailton Krenak

Por Amanda Massuela e Bruno Weis [Revista Cult]

Quando Ailton Krenak pintou a cara de jenipapo, em plena Assembleia Nacional Constituinte, em setembro de 1987, estava produzindo uma imagem histórica, síntese da luta dos povos indígenas pelos seus direitos no Brasil. “Sangrei dez anos por conta daquele gesto”, diz ele. “Aquele protesto não pode ser reproduzido, revisitado. Mesmo nos dias de hoje.” Difícil esquecer o contraste elegante de seu paletó branco e o rosto pintado de preto. Foi o ponto alto da vitoriosa campanha das mais de 300 etnias indígenas que vivem no Brasil pelo direito simples de existir. O feito, inédito, está inscrito na Constituição de 1988: o direito de existir como povo, cultura, território, modo de vida.

Agora, esse direito está novamente ameaçado pela destruição acelerada da floresta. O governo Bolsonaro planeja grandes obras na Amazônia sem consultar os índios, incluindo a regularização do garimpo e da mineração em suas terras, além de promover o desmonte ostensivo da política ambiental e dos órgãos de fiscalização, como a Fundação Nacional do Índio [Funai], o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama] e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade [ICMBio]. A retórica inflamada do presidente pela assimilação dos povos indígenas à “sociedade nacional”, como se eles fossem ameaças à “soberania nacional”, coloca ainda mais gasolina nessa queimada. 

Aos 66 anos, Krenak segue resistindo. Lançou este ano o livro Ideias para adiar o fim do mundo [Companhia das Letras] e vive intensa agenda de palestras, entrevistas e eventos. De sua aldeia Krenak, às margens do rio Doce, em Minas Gerais – ecossistema destruído pela lama da mineração –, o filósofo, escritor, jornalista, ativista e líder de seu povo circula pelo mundo orientado pela intuição e por seus sonhos, com a urgência de traduzir para os brancos fragmentos da cosmovisão dos povos indígenas. “Quando os índios falam que a Terra é nossa mãe, dizem ‘Eles são tão poéticos, que imagem mais bonita’. Isso não é poesia, é a nossa vida. Estamos colados no corpo da Terra. Somos terminal nervoso dela. Quando alguém fura, machuca ou arranha a Terra, desorganiza o nosso mundo”, diz Krenak em entrevista à Cult, realizada em outubro passado, em São Paulo.

[Texto publicado em 4 de novembro de 2019]

Clique aqui ou na imagem no topo desse texto para baixar o livro.

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Sobre o organizador

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