26 abr - 2021 • 19:00 > 21:30
Videoconferência via Sympla Streaming
DA ACADEMIA PARA O POVO - SOCIALIZANDO CONHECIMENTO
Patrocínio: Instituto Cultural Vale
Sinopse
Esta oficina pretende oferecer uma visão geral sobre as histórias de retorno de libertos à África no século dezenove, destacando as diferentes fases e características destes movimentos, seus principais locais de partida no Brasil, seus destinos preferenciais no continente, suas motivações, além de personagens que as protagonizaram. Utilizaremos fontes de época (relatos de viagem, anúncios de jornais, cartas, entre outros) e textos literários. Há registros de retornos à África de africanos e africanas libertas, e seus descendentes diretos, ocorrendo de forma individual desde pelo menos o final do século dezoito e, em grupos maiores, sobretudo a partir da década de 1830. Tendo sido trazidos na condição de escravizados, conquistaram sua liberdade e reuniram as condições para empreender sua volta ao continente de origem, em outra condição. Estas histórias negras extraordinárias tiveram desdobramentos no continente africano, onde surgiram comunidades de retornados no século dezenove e estes lá ficaram conhecidos como brasileiros ou agudás. Historiadores escreveram sobre estas comunidades, já fizeram matérias jornalísticas, documentários, romances, páginas na internet. No entanto, ainda se conhece pouco sobre estas histórias no Brasil e, quando mencionadas a um público não especialista, causam espanto e até mesmo incredulidade
Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Professora de História da África, do Programa de Pós-graduação em História Social (PPGHIS) e do Programa de Pós-graduação em Ensino de História (PPGEH) do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ). Coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos(LEÁFRICA) no IH-UFRJ. oordenou a pesquisa na área de História e participou do grupo técnico que redigiu o dossiê de candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio Mundial (2014-2017).
Importância:
As oficinas atuam como um complemento ao ensino da história e da cultura da África, dos afro descendentes e dos indígenas, preconizado nas leis 10.639 e 11.645, na medida em que revelam aspectos pouco divulgados nos cursos de história convencionais. Com isso, o IPN entende contribuir para a construção de uma reflexão crítica e de uma sociedade mais justa e igualitária, mais receptiva à compreensão das diferenças sócio-culturais.
Objetivos
- ampliar o acesso à história e memória da escravidão no Rio de Janeiro;
- difundir as culturas afrobrasileiras, africanas e indígenas;
- valorizar o patrimônio histórico e arqueológico regional e nacional;
- proporcionar a educação patrimonial aos jovens e à população em geral.
Esperamos que essa experiência online promova um rico campo de conhecimento com o conforto e dialogando com a diversidade cultural e patrimonial sem fronteiras.
Importante:
As oficinas gratuitas serão ministradas no formato online via aplicativo Zoom, fica atento nas informações abaixo:
Nos vemos em breve !!
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos - IPN
O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), foi criado em 13 de maio de 2005, com a missão de pesquisar, estudar, investigar e preservar o patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro, cuja conservação e proteção seja de interesse público, com ênfase ao sítio histórico e arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, sobretudo com a finalidade de valorizar a memória e identidade cultural brasileira em Diáspora.