O legado dos Açores em Florianópolis - Uma relação de 348 anos de muita cultura e história

A ligação entre Florianópolis e o arquipélago português dos Açores vem desde o século 18. Das ilhas europeias vieram imigrantes que estabeleceram suas vidas e uma cultura vista ainda hoje no linguajar, na comida e em manifestações religiosas na capital catarinense e também em outras cidades do litoral de Santa Catarina.

Passados 348 anos, como vai a relação de Florianópolis com os Açores? A discussão sobre este legado será colocada no evento virtual promovido pela FloripAmanhã nesta próxima quarta-feira (24/03), 10h. 

O debate acontece por ocasião do aniversário de Florianópolis, que completa 348 anos neste dia 23 de março.

Estarão presentes o dr. José Andrade, diretor regional das Comunidades do Governo Regional dos Açores; a professora Lélia Pereira Nunes, escritora, socióloga, e investigadora da cultura catarinense; a arquiteta Lilian Mendonça.

“Os açorianos lançaram a base do que é Florianópolis, costumes e também a maneira de construir a cidade”, destaca o professor Salomão Mattos Sobrinho, vice-presidente da FloripAmanhã.

“Ha costumes comuns, como a vestimenta d’alma, quando um parente vai a missa de sétimo dia usando roupas do ente que partiu. Brincadeiras de Carnaval, como o intrudo, quando se jogam bexigas com água uns nos outros. A Festa do Divino Espírito Santo é a festa mais importante para todo açoriano no mundo, e também celebrada em Florianópolis. O Dia dos Açores é celebrado no Dia do Espírito Santo”, conta a professora Lélia, que mantém contato frequente com pesquisadores do tema.

Com a presença de um representante do governo do arquipélago português, o encontro pretende discutir as raízes comuns e também o futuro dessa parceria histórica.

“As ilhas [dos Açores e de Florianópolis] têm uma grande possibilidade de troca em termos de projetos sustentáveis no turismo, na troca de tecnologia, na vinicultura, no estudo do mar, intercâmbios estudantis, a exemplo de iniciativas nos Estados Unidos e no Canadá. Por que não discutir uma câmara de comércio Açores/Florianópolis, ou Açores/Santa Catarina?”, questiona a professora Lélia.

DEBATEDORES: Dr. José Andrade, diretor regional das Comunidades – Governo Regional dos Açores (Portugal); prof. Lélia Pereira Nunes – escritora, socióloga, estudiosa e investigadora da cultura catarinense;- arquiteta Lilian Mendonça; mediação do prof. Salomão Mattos Sobrinho, vice-presidente da FloripAmanhã.