Mínima Cena Mostra SESI de Cenas Curtas - 18/09/2021 - 28º ENCONTRO SESI DE ARTES CÊNICAS

28º ENCONTRO SESI DE ARTES CÊNICAS - CONECTANDO NOVOS PALCOS

Em sua 28ª Edição o ESAC – ENCONTRO SESI DE ARTES CÊNICAS reafirma o seu objetivo de conectar e interação. Resistindo ao momento pandêmico, respeitando protocolos e a necessidade de isolamento, aposta junto com os patrocinadores da edição, a Usina Santo Ângelo, a Valmont e a Usina Uberaba, também os artistas e profissionais da arte envolvidos, nas diversas possibilidades presenciais e da linguagem audiovisual para dar ao público acesso a seus espetáculos e oficinas.

O palco sempre será a primeira casa de um espetáculo, mas abraçando essas novas linguagens e indo além com programação de cinema, o ESAC traz a proposta “Conectando novos palcos” com o objetivo de proporcionar uma conexão afetuosa entre o público e as Artes Cênicas do Teatro SESIMINAS Uberaba e de outros palcos, agora também com a experiência online. As conexões antes e sempre realizadas presencialmente no Festival hoje acontecerão de forma híbrida sem deixar de lado a qualidade e o contato afetuoso com o público.  

Foi também dessa forma que surgiram trabalhos em diversos formatos, desde gravações em casa ou em espaços alternativos, lives em teatros e casas de shows e espetáculos que mergulham no hibridismo possibilitando a interação online do espectador. 

Para além da experiência online o Festival amplia para o formato drive-in, trazendo de volta experiências presenciais e atentando para os cuidados com o distanciamento e segurança do público. É uma maneira de retornar e manter viva a experiência ao vivo presencial, reconhecendo as necessidades impostas pelo momento de pandemia, porém, insistindo na importância e na alegria do encontro com o público e das trocas advindas de tantas novidades nas Artes Cênicas.

Conectar novos palcos é pensar as diversas formas de tonar esse encontro possível.

‘Mínima Cena – Mostra SESI de Cenas Curtas’ (teatro) | Vários Artistas e Grupos | 19h | Teatro Sesiminas Uberaba 

A Mínima Cena – Mostra SESI de Cenas Curtas chega a sua oitava edição e tem como objetivo estimular a criatividade e a produção teatral, bem como a qualidade de vida através do teatro e das expressões artísticas. Tem promovido trabalhos de artistas da área de artes cênicas e fomentando a formação de público. Igualmente, a Mostra visa revelar novos talentos com foco na indústria criativa, entre eles: atores, dramaturgos, produtores, diretores, dentre outros. E, ainda, consolidar a produção teatral na região do Vale do Rio Grande, Minas Gerais. Pela primeira vez a mostra fará parte da programação do 28º Encontro SESI de Artes Cênicas. 

Equipe Técnica: Renato Calheiros e Tony Reis | Produção: EXP | Apoio: Dora Ferreira e Gabriella Venâncio | Gerência: Karla Bittar | Coordenação: Luiz Hozumi | Realização: Centro Cultural Sesiminas Uberaba 

CENA 01 

Celeste os causos e o boi

Dramaturgia que chega inspirada em uma pesquisa, feita com mulheres pretas, mulheres estas, que deram e dão norte em nossa formação, força, crenças e afetos, principalmente o afeto. As entrevistadas vivenciaram os tempos das comitivas de boiadeiro; e através dos seus “causos”, contos, rezas e suas experiências, deram inspiração para criar uma cena rica, divertida e aconchegante. Uma homenagem escancarada às mulheres da minha vida, e por consequência a todas as mulheres pretas que nos encantam, inspiram e embalam nosso imaginário.

Atrizes: Aline Rosa, Barbara Gabriela, Camila Manoela, Pretta Moreno | Arranjadora Musical e musicista: Maraisa Bisinoto | Preparador Vocal: Carlo Arruda | Luz: Kalel | Dramaturgia e Direção: Pretta Moreno | Figurinos: Pretta Moreno

CENA 02 

Intempéries – Tradução Ofélias 

Traduzir: expressar-se ou se manifestar; ser a reprodução, a interpretação ou expressão; passar um texto de uma para outra língua. Como traduzir o medo? Obstáculo? Barreira? Dificuldade? Intempéries é um experimento cênico cujo objetivo é utilizar da tradução como ferramenta de criação. Tradução das obras de Carlos Drummond de Andrade, Petra Costa e Grace Passô. “Talvez, pelo vidro, eles, os peixes, é que consigam ver o quanto é minúsculo nosso aquário, quanto é triste nossa filosofia, quanto é medrosa nossa carne, diante disso, disso que não se traduz”.

Direção e atuação: Júlia Regina Fonseca | Dramaturgia: Grace Passô (em processo colaborativo com o grupo Espanca!) e Carlos Drummond de Andrade | Vídeo: Petra Costa | Assistência de direção e filmagem: Jussara Regina Fonseca

CENA 03

Cotidiano Veríssimo 

Dois atores em quarentena começam a misturar o seu cotidiano com os personagens das crônicas de Luís Fernando Verissimo, em meio ao cárcere forçado pela pandemia mundial de Covid-19 os atores dialogam sobre sua condição de artista e como são afetados pelos seus personagens. Nesse processo os artistas se perguntam até que ponto a arte os salvam? Arte é um caminho para resolver os conflitos da realidade ou apenas uma abstração do cotidiano, outra realidade possível? Junto a essas incertezas metafisicas e estéticas, buscamos a união entre o teatro e o cinema, buscando uma linguagem hibrida que traduza esteticamente a nossa condição de seres humanos encarcerados pela pandemia e artistas em busca de expressividade.

Concepção, direção, atuação: Mayron Engel e Rodrigo Chagas

CENA 04

O contrabaixo 

Um artista à espera, impossibilitado de tocar o seu instrumento. Um instrumento à espera, impossibilitado de vibrar aos ouvidos dos apaixonados. Um músico esquecido e entulhado em meio aos móveis empoeirados de seu estúdio usando a sua única saída, tocar as cordas vibráteis de sua memória para reconstruir o motivo de continuar sendo artista depois de tanto silêncio e esquecimento. 

Atuação: Mário Cortês | Direção: Mário Cortês | Sonoplastia e instrumento: Rosana Caetano | Figurino: Aline Gonçalves | Cenografia: Mário Cortês e Aline Gonçalves | Filmagem: Aline Gonçalves