O minicurso será um espaço de discussão, via Zoom, que procurará expor alguns conceitos sobre corpo, política e sociedade, que auxiliarão os dançarinos a olharem criticamente para sua realidade e seu fazer artístico. Serão feitas provocações e exposições teóricas iniciais e um exercício prático em grupo será proposto. Os participantes são convidados a contribuir com suas próprias opiniões e vivências, construindo colaborativamente um espaço de troca de saberes. Para tanto, as turmas serão limitadas de modo a manter a fluidez do debate e garantir que todos se sintam confortáveis em participar.

1. Corpos múltiplos: diferentes concepções de corpo para a Antropologia

2. Corpo, poder e disciplina

3. Exercício prático e discussão

Quem vai dar este curso?
Carolina Paes de Barros é bailarina, pesquisadora e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo.

Como bailarina, formou-se com base no método Royal Academy of Dance no Núcleo de Dança Nice Leite – Ilara Lopes, e aperfeiçoou seus estudos em ballet clássico na Especial Academia de Ballet (Guivalde Almeida) e Centro de Danças Mavi Chiachietto, além de cursos livres nacionais e internacionais. Participou de festivais competitivos no Brasil, além do Festival Internacional Tanzolymp, em Berlim (2014). Participou de produções do Núcleo Tentáculo, de direção de Liliane de Grammont; da São Paulo Companhia de Dança, de direção de Inês Bogéa; do Coletivo de Sonhos, de João Pirahy; entre outros.

No Bacharelado em Ciências Sociais (FFLCH-USP), desenvolveu em 2016 uma Iniciação Científica sobre a performance de gênero na dança clássica, com orientação do Prof. Dr. John Cowart Dawsey, do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA), além de integrar as reuniões deste grupo de pesquisa e apresentar partes da pesquisa nos seminários Napedra em performance: criações, e SIICUSP. Em 2017, recebeu uma bolsa da Universidade de São Paulo para acompanhar a produção da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), então dirigida pelo Maestro Eduardo Monteiro.

Em 2019, foi pesquisadora junto ao Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Contribui voluntariamente como colunista no Portal MUD desde 2018, e desde 2020 é coordenadora e fundadora do Plano B.

Bibliografia (fica tranquilo: não precisa ler nada disso)
ALMEIDA, Miguel Vale de. O corpo na teoria antropológica. Revista de Comunicação e Linguagens, 33: 49-66. 2004.
BUTLER, Judith. Gender trouble: Feminism and the subversion of identity. Nova Iorque: Routledge, 1999.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete.
Petrópolis, Vozes, 1987.
LE BRETON, David. Antropologia do corpo e modernidade. Tradução: Fábio dos Santos Creder Lopes. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
MAUSS, M. As técnicas do corpo. In: Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify,
2003, p. 401-420.
SCHECHNER, Richard. Pontos de contato entre o pensamento antropológico e teatral. Cadernos de Campo (São Paulo, 1991), Brasil, v. 20, n. 20, p. 213-236, mar. 2011. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/36807/39529>. Acesso em: 05 Mai. 2015.
VIANNA, Klauss. A dança. São Paulo, Summus, 2005. 6ª edição.
WACQUANT, L. Corpo e Alma Notas Etnográficas de um Aprendiz de Boxe. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
WULFF, Helena. Experiencing the Ballet Body: Pleasure, Pain, Power. In: S.A. Reily(ed.) The Musical Human: Rethinking John Blacking's Ethnomusicology in the 21st Century. Aldershot: Ashgate Press, 2006.
_________. Ethereal expression: Paradoxes of ballet as a global physical culture. Revista Ethnography. 2008 SAGE Publications (Los Angeles, London, New Delhi, and Singapore) http://www.sagepublications.com Vol 9(4): 518–535.