É, menino, a hora de ver a Milkshakes no palco, tocando as pedras do “Wanderlust” (Máquina Voadora Label/2019) chegou! O primeiro evento da Máquina, em parceria com o Montana Records e com apoio da Caatinga Rocks e do coletivo L1vr3, já tem data marcada e vai ser uma noite pra ninguém esquecer. MILKSHAKES NA MÁQUINA VOADORA, lá no palco do Rex Jazz Bar, às 22h do dia 24 de agosto, que vai ser o sábado mais gostoso do mês. A azul azul, depois de alguns meses sem tocar ao vivo, nos quais eles se dedicaram quase que diariamente a finalizar o EP, que tá quase pronto, e a Um Quarto Pensante uma das novidades do circuito musical de Maceió, são as bandas que vão abrir a noite.

MILKSHAKES
Formada em 2015, a partir de composições de Duda Bertho, o frontman do projeto, a Milkshakes é uma banda de indie rock e rock psicodélico de Maceió, Alagoas. Neste mesmo ano, o grupo composto por Duda Bertho, Fellipe Pereira, Lucas Mello, João Paulo Lamenha e Robson Cavalcante lançou o EP de cinco faixas Technicolor, primeiro registro do som dreamy do projeto. Este álbum rendeu à banda uma série de críticas positivas em importantes portais de jornalismo cultural do Brasil, fazendo-a figurar, inclusive, na lista de melhores discos de 2015 do portal Rockinpress, além de shows em várias cidades do Nordeste.

WANDERLUST – O ÁLBUM

“Wanderlust” dá sequência à vibe do indie psicodélico do trabalho anterior, mas de uma maneira bem mais incisiva e profunda: o pop permanece colorido, mas ganha tons mais tristes; as referências do “Technicolor” permanecem, mas parecem muito melhor trabalhadas e compreendidas; e mesmo as baladas do disco ganham doses de experimentalismo bem encaixadas.

As canções, como “Wanderlust”, que abre o álbum, remetem, mesmo que às vezes em poucos momentos, à onda pós-De Marco que inunda neste exato momento o indie rock do mundo todo. A psicodelia permanece, mas com novos tons: há um distanciamento melancólico na maneira em que muitas das canções se constroem. E há, ainda, belas surpresas: como “Highway”, uma clássica faixa pós-punk, misturada a todas essas referências anteriores, que pariu bandas muito relevantes nos anos 2000, como DIIV e Wild Nothing, que, mesmo de maneira acidental, tornam-se também nortes estéticos importantes para este trabalho de oito faixas.

azul azul
É um projeto de dreampop, indie rock e surfgaze formado em 2018 por Lucas Marques e Fellipe Pereira, da Troco em Bala, Igor Cavalcante e Mateus Magalhães, da Pacamã, e João Gomes. Às vésperas de lançar seu primeiro EP, o grupo já se apresentou com artistas de destaque como Wado e participou do projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato. Influenciados pela vasta sonoridade de guitarras dos anos 90, com timbres que remetem de Smashing Pumpkins a Pavement e Radiohead, pela sonoridade relaxada do indie contemporâneo pós-DeMarco, e por bandas como Wild Nothing e DIIV, eles avisam que o hype é real.

Um Quarto Pensante
Com influências de Boogarins e Jorge Ben, e uma pegada de rap nas letras e na voz, a Um Quarto Pensante é uma das novidades do circuito de música independente de Alagoas. Na ativa desde o final de 2018, eles estão empenhados na gravação do seu primeiro disco, que está quase pronto. Eles encabeçam, junto com a Tropibrau Records, uma série de eventos chamada "Na praça tem som", a qual tem por proposta ocupar espaços públicos da cidade com música e ativismo cultural. Eles trazem na sua bagagem rima, psicodelia, tropicalismo e cultura de rua.