II Semana Teológica FTRB - História, Teologia, Igreja e Sociedade

Justificativa

Em razão dos quinhentos anos da Reforma Protestante, a Segunda Semana Teológica da FTRB abrangerá vários temas e subtemas que farão pontes necessárias entre o marco protestante e a dinâmica da vida e sociedade, com uma interdisciplinaridade partindo de uma cosmovisão cristã.

Na palestra “Sociedade (Cristianismo, Estado e Educação)”, o Mestre e Procurador da República Guilherme Schelb tratará das dinâmicas políticas, jurídicas e educacionais no Brasil no tocante às ideologias de gênero. Gary DeMar nos alerta que “as pessoas não cristãs não têm problemas para secularizar o direito, a economia, a ética, a educação e outros ramos. O triste é que muitos cristãos creem que a constante secularização das áreas da vida é inevitável e que os cristãos não deveriam se envolver na cristianização dessas áreas. Portanto, temos testemunhado o constante declínio da família, politica, educação e do direito[1]”. Assim sendo, qual deve ser o ponto de partida para as famílias cristãs se orientarem e não cederem ao controle estatal? Gary DelMar citando o Herbert Schlossberg, diz que o “sistema educacional é uma das ferramentas mais úteis na busca pelo poder.”

Na plenária “História (Reforma Protestante e Brasil)”, o Dr. Wilson Santana não se prenderá ao debate da soteriologia, mas abordará “o sistema de pensamento, desenvolvimento social e politico dos povos, numa perspectiva multidimensional a partir do marco protestante[2]”. Desta feita, a plenária partirá da seguinte indagação: como podemos tratar do marco cristão protestante, mas reconstituindo a história buscando temas esquecidos?

No subtema “Igreja (Ministério, Academia)”, a pergunta de Tertuliano precisa voltar à tona: "O que tem a ver Atenas com Jerusalém" O que a academia com a igreja[3]?" Ele dizia no contexto da relação entre filosofia e teologia, mas hoje poderíamos dizer acerca da relação da teologia e os demais ramos de conhecimento, guardados os devidos limites da cosmovisão cristã, como ponto de partida. Sendo assim, em que medida podemos viver o ministério, sem deixarmos de ser acadêmicos? Em que medida podemos ser acadêmicos sem nos tornamos autônomos do Deus Trino e de sua Palavra?

A expectativa da Faculdade Teológica Reformada de Brasília neste encontro, é que haja uma reflexão partindo de numa cosmovisão cristã, com aspectos reformacionais, buscando fazer pontes para os temas atuais, com o resgate de temas teológicos que precisam ser trabalhados na atual conjuntura brasileira.

Preletores

Notas Bibliográficas

DEMAR, Gary. Quem controla a escola governa o mundo. Brasília: Editora Monergismo, 2017, p. 62.

SANTANA, Wilson. A Reforma Protestante e o Brasil. Memorial 500 anos: Uma Nova Biblio-Historiografia. Goiânia: Editora Cruz, 2017, p. 19-20.

GONZÁLEZ, Justo L; PÉREZ, Zaida M. Introdução à Teologia Cristã. São Paulo: Editora Hagnos, 2008, p. 28.

[1]DEMAR, Gary. Quem controla a escola governa o mundo. Brasília: Editora Monergismo, 2017, p. 62.

[2]SANTANA, Wilson. A Reforma Protestante e o Brasil. Memorial 500 anos: Uma Nova Biblio-Historiografia. Goiânia: Editora Cruz, 2017, p. 19-20.

[3]GONZÁLEZ, Justo L; PÉREZ, Zaida M. Introdução à Teologia Cristã. São Paulo: Editora Hagnos, 2008, p. 28.