INSCRIÇÕES ESGOTADAS
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO
O I Fórum Internacional: Novas Abordagens em saúde mental Vitória têm por objetivo promover um espaço de debates e trocas de experiências entre pessoas e organizações que vêm construindo novas práticas em saúde mental, visando o desenvolvimento da qualidade dos serviços em articulação com a comunidade.
A idealização desse Fórum advém de articulações entre profissionais de saúde, professores, da IMHCN (International Mental Health Collaboration Network), do CENAT (Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas), usuários e familiares.
Os objetivos do evento contemplam:
· Potencializar as parcerias entre trabalhadores, usuários dos serviços, suas famílias e comunidades;
· Implementar estratégias de desinstitucionalização com foco em recovery e inclusão;
· Criar oportunidades para troca de idéia e discussão de outras opções para o avanço no cuidado em saúde mental, incluindo examinar o uso de medicamento como condição do tratamento em saúde mental;
· Aumentar a conscientização de profissionais e trabalhadores da saúde sobre a importância de construir novas estratégias de abordagem em saúde mental, juntamente com os usuários dos serviços e suas famílias;
· Discutir e divulgar experiências inovadoras que vem produzindo mudanças significativas no campo da saúde mental no Brasil e em outros lugares do mundo.
TÓPICOS A SEREM DISCUTIDOS NO EVENTO
O objetivo é alcançar a saúde e bem-estar, independentemente do grau do transtorno mental ou angústia do indivíduo.
Isto requer uma mudança de paradigma no pensamento de patologia e doenças em direção à auto determinação, histórias de vida, forças humanas, esperanças e sonhos, apoio dos pares e de controle por parte do usuário, com apoio de profissionais como parceiros, mentores e defensores.
Diálogo Aberto:
Diálogo Aberto (Open Dialogue) na Finlândia, mostra como é possível tratar da esquizofrenia e das psicoses em geral, sem o uso de antipsicóticos, particularmente nos primeiros episódios agudos. A experiência finlandesa vem obtendo os melhores resultados em todo o mundo ocidental.
Na experiência na Finlândia, eles começaram a reforma do seu sistema de assistência em 1984, com as assim chamadas “reuniões de tratamento”nas quais a medicação fazia parte do que era discutido..
Princípios do Diálogo Aberto:
· Ajuda imediata (há algo decisivo nas vidas das pessoas a espera de ajuda)
· Rede Social (explorando os recursos disponíveis e os saberes dos atores)
· Flexibilidade e mobilidade (ver os pacientes em suas residências e em seu meio social)
· Responsabilidade (o mesmo médico acompanha todo o processo de tratamento, pois avalia-se que quando há vários profissionais envolvidos há, inevitavelmente, muitas medicações prescritas)
· Continuidade psicológica (a equipe acompanha todo o processo)
· Tolerância à incerteza (as dúvidas fazem parte do processo de cuidado, há o reconhecimento de uma construção coletiva em curso e de que não se tem de antemão as soluções)
.Com esses princípios, na prática clínica, a necessidade por medicamentos diminui muito significativamente.
Estratégia de enfrentamento Ouvir Vozes:
O princípio essencial da abordagem de ouvir vozes é que nós não estamos necessariamente tentando mudar as vozes, nem eliminá-las da vida da pessoa. O que estamos tentando fazer é explorar o seu relacionamento com o ouvinte.
Fazer este trabalho vai ajudar o indivíduo ganhar uma perspectiva diferente, sobre o que as vozes estão tentando dizer. Se a pessoa conseguir desenvolver uma atitude mais forte, então as vozes podem mudar. Nosso objetivo é fazer com que o seu relacionamento, com o ouvinte mais igualitária ajudando a pessoa retomar controle.
● Este método não se concentra nas vozes como um sintoma de uma "enfermidade" - nem se concentra em descobrir o que está "errado" com a pessoa.
● Oferece uma atitude neutra, mas forte em trabalhar com vozes, aceitação é o ponto central da abordagem.
● Ajuda a desenvolver maior consciência, objetividade e um relacionamento mais produtivo entre as vozes, o ouvinte e o profissional.
Gestão Autônoma da Medicação
A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é uma abordagem inovadora desenvolvida em parceria com usuários que fazem uso de medicação, considerando sua experiência subjetiva, se esforçando para colocar a pessoa no centro do tratamento farmacológico psiquiátrico, visando uma melhora no bem-estar e na qualidade de vida, criando oportunidades de expressão, diálogo e apoio entre as pessoas, os profissionais e seus próximos.
Este artigo, resulta de uma pesquisa que apresenta os princípios, as práticas e os principais impactos da GAM no modo como as pessoas se relacionam com seus medicamentos e com os médicos que as prescrevem.
Entre os principais efeitos observados, encontramos uma melhor compreensão da experiência, de seus direitos e do tratamento farmacológico; uma redução, ou eliminação das interrupções súbitas de tratamento e sem acompanhamento; uma percepção de maior controle sobre seu tratamento, sua experiência interior e sua vida; uma melhora no relacionamento entre profissionais com espaço para negociação; e mudanças nas prescrições, o que mostrou grande impacto no bem-estar, qualidade de vida na comunidade e restabelecimento (recovery).
Características importantes da GAM são também identificadas em outras abordagens, dando voz às pessoas que utilizam medicação.
Sentimentos suicidas na contemporaneidade:
Sentimentos suicidas são cercados por medo e incompreensão. As comunidades são frequentemente julgadoras e encorajadas a relatar sentimentos suicidas aos profissionais de saúde mental, enquanto o padrão de cuidados em saúde comportamental enfatiza a avaliação rápida de risco e a intervenção médica.
Essa abordagem profissionalizada realmente apoia as pessoas e previne o suicídio? Ou às vezes pode piorar as coisas? Quais são as novas maneiras de reagir e viver com sentimentos suicidas? Como pode a necessidade de prevenir o suicídio também abraçar uma perspectiva de direitos humanos?
Embora tenha a intenção de ajudar, a hospitalização forçada pode acabar causando mais danos. Muitas pessoas com medo de tratamentos forçados aprendem a esconder seus sentimentos suicidas.
Enik College: Centro para desenvolvimento e treinamento pessoal na Saúde mental
Enik Recovery College, Utrecht, Países Baixos
A Escola de Recovery Enik é um centro para desenvolvimento e treinamento pessoal. Além de vários cursos e treinamentos, há outros espaços para apoiar pessoas com problemas de saúde mental ou vícios.
Enik é um ambiente de aprendizado inspirador. Sem a intervenção dos provedores de cuidado em saúde mental, o usuário trabalha em seu próprio processo de recovery. Os vários cursos, treinamentos e grupos de recovery estão focados nisso.
Nos encontros, trocas acontecem entre pessoas que compartilham o mesmo modo de pensar (grupo de apoio). Atém do treinamento, moradia também é oferecida a estudantes baseado em um viver social.
Há um espaço de encontro social onde todos são convidados a se encontrar. Isto torna Enik Recovery College um conceito único.
Eles acreditam em empoderar participantes para dar forma a sua própria recovery e a de outros em um espaço compartilhado de aprendizado.
O Enik Recovery College usa uma abordagem educacional ao invés de um modelo terapêutico
• Apoiar pessoas no reconhecimento e uso de suas próprias habilidades e talentos
• Participantes encontram sua própria maneira de dar significado ao que tem acontecido com eles
• Participantes são reconhecidos como experts em decidirem que forma dar a sua própria vida
• Assistência é dada na identificação de talentos e no desenvolvimento de habilidades
• Participantes recebem apoio para alcançar desejos e metas pessoais
Políticas de Álcool e Droga:
PERFIL DO PÚBLICO ALVO
Trabalhadores e estudantes da área da saúde e saúde mental; usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares; pessoas que escutam vozes.
COMISSÃO ORGANIZADORA E APOIOS
CENAT
IMHCN (Rede Internacional de Colaboração em Saúde Mental)
PALESTRANTES
Palestrante: Martijn Kole (Holanda)
Currículo: Martijn é um dos fundadoras do Enik College na Holanda. Foi paciente dos serviços psiquiátricos na sua adolescência. Encontrou na criatividade sua forma de expressar e conseguir sua autonomia. Vêm trabalhando com abordagens inovadoras baseadas no ensino. Martijn formou no curso de treinadores da Abordagem Open Dialogue. Ele realizou palestra em vários países para falar sobre a abordagem inovadora do Enik College.
Palestrante: Carolina Mazel (EUA)
Currículo: Caroline Mazel-Carlton é uma sobrevivente de crise psiquiátrica diagnosticada como psicose, Diretora de Treinamento da Aliança Wildflower - Comunidade de Aprendizagem de Recuperação de Massachusetts Ocidental, Assistente Social e Instrutora de Apoio a Suicídios. Diretora de Treinamento da Comunidade de Aprendizagem de Recuperação do Oeste de Massachusetts (WMRLC), promovendo um espírito de autodeterminação e apoio mútuo em vários lugares do mundo. Ela tem o privilégio de ser um facilitador / treinador para a abordagem "Alternativas ao Suicídio" por mais de cinco anos, promovendo conversas e conexões sobre o atual paradigma da "avaliação de riscos".
Palestrante: Dr. Claudio Gruber Mann (IPUB/UFRJ)
Currículo: Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia (1995), Doutorado em Ciências pela ENSP da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ (2017) e Mestrado em Enfermagem pela UFRJ (1997). Especialização em Saúde Mental realizada no IPUB/UFRJ (1998) e Especialização em Gênero & Sexualidade realizada no Instituto de Medicina Social (IMS) da - UERJ (2011). Acumula experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde Mental e prevenção e assistência das DST/AIDS na Saúde Mental, estigma e pesquisa. Desde 1996 é Coordenador da "Oficina de Saúde e Sexualidade", do IPUB/UFRJ, tendo ganhado vários prêmios com este trabalho. Consultor do Programa Nacional de DST/AIDS - Ministério da Saúde, realizando de 2001 a 2007, capacitações em todo Brasil para profissionais de Saúde Mental. De 2002 a 2012 foi Coordenador das Intervenções do Projeto Interdisciplinar em Sexualidade, Saúde Mental e AIDS - PRISSMA, em parceria com o IPUB/UFRJ, ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), Secretaria Municipal de Saúde-RJ, HIV Center-NY e a Columbia University, Nova Iorque, com financiamento do National Instutute of Mental Health (NIMH), EUA; de dezembro de 2010 a fevereiro de 2013 fez parte da equipe de pesquisa da FIOCRUZ no estudo: "Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, DF, 9 regiões metropolitanas e Brasil", financiado pela SENAD, atuando como supervisor e, posteriormente, como entrevistador, do pólo do RJ.
Palestrante: Leonardo Duart (Campinas/SP)
Currículo: Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2008). Coordenador técnico/ psicólogo social - CARITAS ARQUIDIOCESANA DE CAMPINAS. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: População em situação de rua, dependência química e sua relação com cultura e sociedade. Conferencista sobre o tema de psicologia social, drogas, internação compulsória, direitos humanos e assistência social.
PROGRAMAÇÃO
Horário 23 de outubro
7:50 – 8:20 Credenciamento
8:20 – 8:30 Abertura do Fórum
8:30 - 10:00 Prevenção ao suicídio (Carolina)
10:00 -11:15 Ouvir Vozes não é sintoma de uma doença (Leonardo Duart)
11:15- 12:45 Sexualidade e saúde mental (Dr. Claudio Gruber)
12:45 – 14:00 Intervalo para Almoço
14:00 - 15:30 Introdução a abordagem Open Dialogue (Martijn Kole)
15:30-16:00 Microfone Aberto
INVESTIMENTO
INSCRIÇÕES ESGOTADAS
Lote Promocional 40 primeiros inscritos
Valor inscrição: R$ 50,00
1º Lote
Valor inscrição: R$ 60,00
2º Lote
Valor inscrição: R$ 70,00
3º Lote
Valor inscrição: R$ 80,00
*Vagas limitadas
Formas de pagamentos:
Cartão crédito em até 6 vezes (Com Juros)
Boleto
O que está incluso na inscrição:
Palestras
Tradução Inglês-Português
Brindes
Certificado com carga horária de 12 h
DATA E LOCAL
Data: 23 de outubro de 2019
Horário: 9:00h ás 18:00h
Local do Evento: Espaço Vitória; Av. Leitão da Silva, 2159 - Itararé, Vitória - ES
HOTEL OFICIAL DO EVENTO
A organização do Fórum em saúde mental em Vitória fechou uma parceria com o site
Booking.com.
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:
Posso cancelar a minha inscrição?
Sim! Em caso de arrependimento da compra, o reembolso do valor do ingresso somente será efetuado caso a solicitação seja feita no prazo de até 7 (sete) dias a contar da data da compra, e desde que realizado o pedido de devolução com, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência do horário de início do evento. Essa solicitação deve ser feita pelo titular da compra através do e-mail: [email protected]
Não recebeu o seu e-mail de confirmação?
Posso transferir minha inscrição?
Trocas de titularidade poderão ser realizadas pelo titular da compra; basta instalar o App da Sympla! Se você ainda não instalou, clique em uma das opções a seguir: symp.la/android | symp.la/ios . Após fazer o login, vá até a aba 'Ingressos', clique sobre o ingresso que deseja alterar e no menu 'Opções', selecione 'Editar participantes'. Siga os procedimentos indicados na tela e confira os dados preenchidos antes de confirmar a alteração! A troca pode ser realizada apenas uma vez por ingresso e a permissão para alterar estará disponível até 24 horas antes do início do evento. Se desejar obter mais informações sobre o procedimento, acesse este link: bit.ly/TrocaSelfService. No site da Sympla também é possível fazer a troca.
Como acessar o meu certificado?
Outras informações podem ser encontradas em nossa Central de Ajuda: bit.ly/AjudaSympla A Sympla e a organização do evento não se responsabilizam por ingressos adquiridos em pontos de venda não oficiais.