28 set - 2020 • 15:00 > 13 nov - 2020 • 17:00
Evento Online
Entre setembro e outubro de 2020 o Teatro Máquina dispara um movimento de encontros, conglomerados de 04 ciclos de pensamento e experimentação para discutir, confrontar e vivenciar ideias e desejos. Corpo, arte, política e escrita na instauração de laboratórios de invenção e partilha, fazendo colidir e vibrar nossas existências no mundo. Hoje e amanhã. Sobre e além.
De 12 de outubro a 13 de novembro
Três ciclos de 10h/a cada
Sempre das 15h às 17h
Primeiro ciclo: 12 a 16 de outubro
Morfologia de corpos em janelas
Educação e condicionamento político-poético do corpo.
com Márcio Medeiros
Segundo ciclo: 26 a 30 de outubro
Língua em rumor
Movimento e expansão das naturezas e pluralidades vocais.
com Loreta Dialla
Terceiro ciclo: 09 a 13 de novembro
Um chão é um rastro
Experiência de investigação das relações entre corpos e escritas
com Ana Luiza Rios
Quarto ciclo: adiado. Novas datas em breve!
Ação política e teatro comum:
Filosofia e política para uma prática em teatro.
com Levy Mota
Valores:
Inscrição individual para cada ciclo: R$60,00
Ciclo completo: R$220,00
Se você gostaria de participar dos nossos ciclos, mas no momento não pode pagar os valores de inscrição, envie um email para [email protected] com seu nome, o(s) ciclo(s) que deseja fazer e uma breve carta de interesse para concorrer a uma bolsa integral. Nós responderemos seu email em até 7 dias antes do final do prazo das inscrições.
Conheça um pouco sobre cada ciclo e seus condutores
Morfologia de Corpos em Janelas
Educação e condicionamento político-poético do corpo.
com Márcio Medeiros
Estes encontros virtuais pretendem desenvolver práticas democráticas de organização, direção e administração do corpo e dele comportado na sociedade.
Através das janelas/telas dos computadores, celulares e tablets vamos descobrir maneiras de trabalhar o corpo. E esse processo se dará de maneira bem cautelar e cuidadosa em vários sentidos. Avançaremos em descobertas sempre que for preciso, mas antes de tudo precisamos redescobrir essa maneira de comunicação.
O cuidar, o preparar e o manter o corpo ativo para o trabalho ou para o dia a dia é a premissa a ser conquistada.
Vamos pensar um corpo pedagógico-autônomo, a fim de que com essas práticas possamos deixar o corpo íntegro e honesto, tanto para ações cênicas como para ações do cotidiano.
Todos os corpos são bem vindos. Todos os corpos são possíveis.
Márcio Medeiros é ator e bailarino, diretor e professor de teatro e dança contemporânea. Atua nas artes desde 1993. Formado pelo Curso de Artes Dramática da Universidade Federal do Ceará, pelo Colégio de Direção Teatral do Instituto Dragão do Mar e pelo Curso Técnico em Dança do Porto Iracema das Artes.
Língua em rumor
Movimento e expansão das naturezas e pluralidades vocais
com Loreta Dialla
Uma experiência de escuta e agitação do corpo como fonte sonora para revelar vibrações e inscrições vocais. Este breve ciclo de encontros pretende realizar um estudo panorâmico na investigação de potências e singularidades da voz a partir de reflexões teóricas e práticas de invenção em campo virtual de experimentação.
Serão lançadas pistas, noções e princípios de trabalho para navegarmos por estados performativos, espaços de escuta, qualidades de presença e materialidades sonoras na exploração de dinâmicas, freqüências, texturas e ritmos que movam zonas subjetivas nas poéticas da voz e da palavra.
Abordaremos questões para também pensar e exercitar práticas políticas que movam zonas de autoconhecimento, alteridade, sentidos de coletividade e idéias de autogestão em condições múltiplas de criação.
Guias norteadores / Campos de interesse
- Yoga e meditação;
- Respiração e silêncio;.
- Anatomia e fisiologia vocal
- Oralidade e vocalidade;
- Ressonância;
- Presença e performatividade;
- Poesia sonora;
- Inventário vocal.
Loreta Dialla é atriz, performer e pesquisadora com atuação transversal em diversas linguagens. Atua nas artes desde 1993 e integra o grupo Teatro Máquina desde 2010. É licenciada em Teatro pelo IFCE e formada pelo Curso Técnico em Arte Dramática da UFC. Atualmente investiga performatividades e dramaturgias expandidas do corpo na cena; o corpo como fonte de materialidades sonoras vocais e suas relações com imagem, palavra e presença em zonas múltiplas de criação nos campos do teatro, performance, audiovisual e música.
Experiência de investigação entre corpos e escritas
com Ana Luiza Rios
Experiência de investigação para a criação de possíveis topografias entre corporeidades e escritas.
Autoficção; escrita como gesto; narrativas de si e do outro; memória; movimento; invenção; exercício do imaginário performativo de contar, intervir e transformar, sendo corpo no mundo.
Compartilharemos experiências a respeito do que conhecemos e, sobretudo, do que não conhecemos sobre nós, sobre o outro e sobre o mundo, através de exercícios de engajamento de sensorialidades e subjetividades em escritas espontâneas, investigando poéticas de expressão e criação.
A proposta é jogarmos com nossas sensorialidades, memórias e imaginários numa prática generosa e criativa de percepção e corporificação de nossas escritas em atos de afirmação, questionamento, desconstrução dos desconhecidos/ estranhos/ estrangeiros/ passageiros/ muitos/ diferentes/ outros que nos habitam.
Ana Luiza Rios é artista e pesquisadora, formada em Artes Cênicas e Mestre em Artes. Atriz, performer, leitora, escritora, trabalha com teatro, cinema e literatura desde 2004. Integra o Teatro Máquina desde 2008. Tem experimentado caminhos em linguagens múltiplas para redescobrir sua trajetória como artista e mulher. Investiga atualmente as relações entre corpos escritas; ficção; narrativas e poesia como gesto entre ser, imagem e palavra.
Ação política e teatro comum:
Filosofia e política para uma prática em teatro.
com Levy Mota
Com o isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, percebemos mais claramente – pela sua ausência – a potência dos encontros corpo-a-corpo, cara-a-cara, olho-no-olho. Este breve ciclo de encontros pretende refletir sobre o teatro como instância singularmente política das relações humanas, principalmente no que concerne à possibilidade que o teatro oferece para a partilha do comum, de uma ideia de comunidade.
Buscaremos identificar as possibilidades de ação política do teatro na contemporaneidade, delineando os traços deste teatro comum, através da aproximação entre pensadores do teatro, como Jerzy Grotowski, Tadeuz Kantor, Jorge Dubatti e Denis Guenoun, com outros da filosofia, como Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Hannah Arendt e Judith Butler.
Cinco rasgos, fendas de pensamento, para orientar os cinco encontros: ação, contradispositivo, experiência, comunidade e vulnerabilidade.
Levy Mota é artista de teatro. É também fotógrafo, designer e produtor cultural. Graduado em Artes Cênicas pelo IFCE e Mestre em Artes pela UFC. Este ciclo é fruto de sua pesquisa de mestrado, intitulada "Rasgos para um teatro comum", que concatena ideias articuladas entre pensamento político e prática teatral (ou entre uma prática política e um pensamento sobre o teatro).
O organizador ainda não definiu como este evento será disponibilizado aos participantes.
Teatro Máquina
Teatro Máquina é um grupo de teatro de Fortaleza, em atividade desde 2003. Nosso trabalho prima por desenvolver processos criativos intensos, com princípios de criação e objetos de investigação escolhidos a partir do entendimento do teatro como lugar de encontro, de risco, de crise, de desnorteamento e de invenção de realidades. A linguagem teatral é nosso principal motor investigativo, é pelo teatro que falamos, é com o teatro que operamos.