15 out - 2022 • 11:00 > 16 out - 2022 • 13:00
15 out - 2022 • 11:00 > 16 out - 2022 • 13:00
SOBRE:
Por muito tempo, as identidades lésbicas e sapatônicas foram apagadas dentro do movimento LGBT e precisaram criar espaços autônomos em busca da representatividade em diferentes esferas, incluindo as produções cinematográficas. The L Word e The L Word Generation Q surgem, em suas respectivas épocas, como um dos poucos seriados centrados nessas narrativas. Separados por um intervalo de cerca de dez anos, cada um possui seus próprios modos de endereçamento no retrato das sapatonices presentes entre as personagens lésbicas, bissexuais, transgêneras e até mesmo heterossexuais.
São esses modos de endereçamento que dão pistas das visões dos produtores e da sociedade sobre as características e as atitudes que podem cativar e ilustrar o funcionamento e a disposição de certas populações subalternas.
Dessa forma, algumas realidades ganham mais destaque do que outras, influenciando diferentes gerações. Esse projeto consiste em analisar, pois, os modos de endereçamento sapatônicos presentes em ambos os seriados, em uma tentativa de levantamento de práticas e comportamentos que conquistam e influenciam as sapas de diversas identidades, contextos socioeconômicos e idades que circulam pelo país e mundo afora.
Tópicos das aulas:
-“Vadia e sapatão, de dia pega as lady, de noite, as caminhão” - estudos de gênero, epistemologia hegemônica e sapatonices
-Quem esta série pensa que você é? - produções artísticas e alcance das subjetividades
-O Quadro revisitado dez anos depois: The L Word (2004) e The L Word Generation Q - rubuceteios e alianças (2019)
-“It’s the way that we live and love” - intensidades e ser "emocionada.o.e"
-‘O que é isso? Algum tipo de arma?’ - dildotectônica, práticas sexuais e relações com o prazer-saber
-‘Juntem os braços, movam-se para a esquerda’ - multidões queer, movimentos sociais e participação na vida de amizades
-‘You’re looking very Shane today’ - estética sapatão, masculinidades fracassadas
-Próximas sapatas - sapatonices futuras, ciborgues, utopias possíveis, imaginários
FACILITADORIE:
@inhuquinho
Julia é estudante do Bacharelado em Ciência e Tecnologia e Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica na Universidade Federal do ABC (UFABC). De tanto se frustrar e falhar nas matérias de Cálculo, entrou para o mundo da filosofia e da educação na tentativa de compreender melhor este mundo – e tantos outros. Desde 2017, produz iniciações científicas voltadas para os estudos queer, investigando os fluxos entre afetos, demandas identitárias e movimentos sociais. Já foi pesquisadora-bolsista, já foi professora e hoje é analista de prevenção a fraudes e voluntária na diretoria de Impacto da Todxs. Fã em excesso de Deleuze e Guattari, provavelmente já levou todos os Mil Platôs na cara, pois não consegue aceitar os estratos e é míope para o plano de imanência. Pessoa não binária em descontrole de gênero. Entre viagens filosóficas e códigos que não funcionam, dispõe seu tempo colocando sachê para a gata Haru, que muitas vezes contribui para os erros ortográficos de suas produções acadêmicas.
INFORMAÇÕES:
Data: 15/10 + 16/10, horário 11h-13h
INSCRIÇÕES GRATUITAS
Opção de contribuição voluntária (fortalece o corre da bravaaaa)
Opção 01 - R$15
Opção 02 - R$30
Opção 03 - R$45
Opção 04 - R$60
Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom
Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)
Emissão de certificado de participação de curso livre para quem assistir às aulas ao vivo.
Bibliografia
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Fernanda Siqueira Miguens (Trad.). 3ª edição.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
CORNEJO, Giancarlo. Por uma pedagogia queer da amizade. Áskesis, v. 4, n. 1, p. 130-142, 2015.
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Editora Escuta, 1998.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – Capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 1. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2011.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – Capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 5. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1997.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – Capitalismo e esquizofrenia 2. Vol 3. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2012a.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – Capitalismo e esquizofrenia 2. Vol 4. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2012b.
ELLSWORTH, Elizabeth. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa de educação também. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Nunca fomos humanos– nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
FOUCAULT, Michel. Da amizade como modo de vida. Journal Gai Pied, v. 25, p. 38-39, 1981.
GARRIDO, Anahi Russo. Tortilleras Negotiating Intimacy: Love, Friendship, and Sex in Queer Mexico City. Rutgers University Press, 2020.
HALBERSTAM, Jack. A arte queer do fracasso. Trad. Bhuvi Libanio. Recife: Cepe Editora, 2020.
HUR, Domenico Uhng. Poder e potência em Deleuze: forças e resistência. Mnemosine, v. 12, n. 1, 2016.
HUR, Domenico Uhng. Cartografia das intensidades: pesquisa e método em esquizoanálise. Práxis Educacional, v. 17, n. 46, p. 1-18, 2021.
PRECIADO, Beatriz. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Estudos Feministas, vol. 39, n. 1, p. 11 – 20., janeiro-abril 2011.
PRECIADO, Paul B. Manifesto Contrassexual. 2ª edição. São Paulo: N-1 Edições, 2017.
PRECIADO, Paul B. Testo Junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: Transformações contemporâneas do desejo. 2ª edição. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2014.
ROLNIK, SUELY. Esferas da Insurreição: Notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
VIDARTE, Paco. Ética Bixa: Proclamações libertárias para uma militância LGBT. 1ª edição. São Paulo: N-1 Edições, 2019.
WITTIG, Monique. The straight mind. Feminist Issues, v. 1, n. 1, p. 103-111, 1980
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