O mundo da escrita é selvagem e perigoso para nós, mulheres. Quais são os mergulhos necessários para encontrar uma voz literária e, ao mesmo tempo, um espaço para que ela ecoe dentro do mercado editorial? Não há resposta exata, mas há caminhos que se abrem como frestas em meio às trocas e à escuta.

Afirmar-se escritora é uma construção que pode levar anos para uma mulher. Um processo lento, cercado de angústias, pausas, interdições e exaustão. Mas nós seguimos escrevendo, pois é preciso e urgente.

Criamos esse mergulho profundo, “Palavras de fogo”, pensando em um encontro intenso por e para mulheres escritoras. Durante um sábado, dentro de uma livraria, com comidinhas e muita conversa, vamos submergir no mundo da escrita. Afinal, nós acreditamos que “o mundo muda quando uma mulher escreve uma (sua) história”. Então, vem com a gente?

Quando: 20 de maio, sábado

Onde: Tapera Taperá (Galeria Metrópole: Av. São Luís, 187 - 2º andar, loja 29 - República, São Paulo)

Encontro presencial

Horário: 9h às 19h

Valor: R$497 + 10% taxa do Sympla (comidinhas ao longo do dia inclusas, exceto almoço)

Vagas limitadas (cinco bolsas integrais para mulheres não brancas e/ou trans)

Mimo: Um livro-presente a ser escolhido no dia

8h30 - Chegada

9h - Café com Tainã Bispo, editora-fundadora da Claraboia/Paraquedas: Uma conversa sobre caminhos e possibilidades para se movimentar no mercado editorial brasileiro e construir uma carreira literária

10h30 - Café com pausa

11h - Inícios: uma conversa com as autoras Ana Paula Moreira, de “Pedra antiga da tristeza” e Dani Floresani, de “Meu caminho de volta para casa”

12h30 - Almoço para papear. Autoras presentes: Tatiana Lazzarotto, de “Quando as árvores morrem”; Camila Lourenço, de “O percurso da pedra”; e Ana Paula Moreira, de “Pedra antiga da tristeza”

14h - Tatiana Lazzarotto: A escrita como coragem. Autora de "Quando as árvores morrem" e pesquisadora da EACH-USP em Estudos Culturais, Tatiana Lazzarotto fala sobre os caminhos da escrita independente, que passam por afetos, parceria e, sobretudo, coragem.

15h30 - Maria Carolina Casati: A escrita como escrevivência. Professora, doutoranda e escritora, Carol está interessada nas histórias que as pessoas têm a compartilhar e estuda a narrativa de mulheres pretas. Nesta conversa, refletirá sobre escrevivência, ancestralidade e legado.

17h - Café com a presença da Abhiyana, escritora de livros eróticos e criadora do projeto Textos Putos

17h30 - Geruza: A escrita como fogo. Autora de “A escrita curativa. Ou de como voar com asas quebradas”, doutora em Teoria Literária e esquizoanalista, Geruza arde. E ardendo chama a palavra, o fogo, a cinza e o corpo para uma conversa sobre criação – da obra, mas, sobretudo, da vida como obra de arte.