Serviço

O Policial que Ri

03, 04 e 05 de maio de 2024

20h

Espaço Multicultural Casa dos 4

Asa Norte

Brasília

Sinopse

A estigmatização das instituições militares colabora para um cenário em que o isolamento e o distanciamento entre sociedade e polícia tornam-se um aspecto constante, conforme defendem Freitas, Peres e Filho (UFPR, 2015). E complementam ainda que durante várias décadas, não se falava dessa instituição, na sua dimensão humana. Esses fatos foram formando, na população, a visão de que os militares (inclusive os policiais) eram pessoas que “não tinham coração, não tinham humanidade.”

Desse ponto, surge o espetáculo “O Policial que Ri”, que conta a história de Paulo, um policial desestimulado com sua profissão, que além de criticar e defender a condição humana do policial na peça e demonstra as contradições dessa tarefa de ser agente público militar.

A polícia militar, como corporação, existe apenas em alguns países da américa. A peça resgata a história e discute a existência de uma corporação, em ,pleno séc XXI, que tem como principal função ser um aparato repressivo do estado contra seus cidadãos em nome da ordem. Conforme Leonel Radde, policial civil do Rio Grande do Sul, em artigo para a revista Carta Capital,  “Esse é um dos principais motivos pelos quais o militarismo é mantido em instituições policiais. São servidores públicos muito mais fáceis de serem explorados e colocados na linha de frente para a sustentação institucional dos políticos, principalmente quando a população começa a reagir frente aos abusos e perdas de direitos básicos.”

A polícia foi desenvolvida para proteger essa pequena classe dominante, da grande classe de excluídos, sendo que foi nessa perspectiva seu desenvolvimento histórico. Uma polícia para servir de barreira física entre os ditos "bons" e "maus" da sociedade, que precisava somente de vigor físico e da coragem inconsequente e atuava com grande influência de estigmas e de preconceitos. Como afirma Bengochea, Guimarães, Gomes e Abreu (2014).

Release

Paulo é um oficial da polícia militar que ri, ri de tudo que se passa. 

O cinismo e a desesperança tomaram conta das suas entranhas e só lhe resta o riso trincado, num olhar desesperado do dia-a-dia brutal de um policial militar servidor do Estado. Solo do ator Vinícius Facó, dirigido por Fernando de Carvalho, a peça relata a situação de um policial fictício que entra em contradição com as relações de poder na corporação.