10 mar - 2023 • 19:56 > 19 mar - 2023 • 20:55
Performance teatral lança novos olhares sobre a Semana de 22
“Futuro do Passado” estreia no Museu Nacional da República. Unindo teatro, dança, música e artes visuais, a mais nova montagem do grupo ATA provoca uma viagem crítica ao modernismo brasileiro
No dia 14 de março, a Agrupação Teatral Amacaca estreia o seu mais novo projeto cênico, intitulado “Futuro do Passado”. Lançada em memória ao premiado diretor Hugo Rodas, a montagem revisita criticamente o nascimento da Arte Moderna brasileira e de seus cânones, em formato de performance-instalação festiva. O Museu Nacional da República será o palco futurista desse atemporal carnaval manifesto, que seguirá em cartaz até o dia 19 de março, com sessões teatrais sempre às 20h e com exposição fixa de 9h às 18h30.
“Futuro do Passado” trabalha com o hibridismo das linguagens do teatro, da dança, da música e das artes visuais, celebrando a potência artística da identidade cultural brasileira. No cenário da moderna semi-esfera do Museu Nacional da República, propõe uma performance artística em forma de instalação viva, disponível para apreciação e interação de um público itinerante. Todas as sessões serão seguidas de fanfarras carnavalescas.
Nesta mais nova montagem, a Agrupação Teatral Amacaca segue o legado inovador e experimentalista do diretor Hugo Rodas, integrando múltiplos aspectos que marcaram rupturas significativas nas artes cênicas e visuais nos últimos cem anos. Ao mesmo tempo em que apresenta o inegável legado histórico da Semana de Arte Moderna de 22 e do período de ascensão do modernismo brasileiro, suscita uma reflexão crítica sobre o lugar da arte e da cultura no Brasil contemporâneo, olhando para a invenção de novos futuros.
Mais que revisitar o modernismo, “Futuro do Passado” nasce para reconhecer a potencialidade artística do nosso povo e das nossas lutas: “Pensar, celebrar e criar inspirados nesse marco é tarefa incontornável. A relevância do tema é incontestável nesse momento em que a negação de conhecimentos consolidados, de conquistas culturais, sociais e políticas se infiltra no tecido social, na tentativa de restaurar hegemonias de pensamento há tempos contestadas”, afirma Márcia Duarte, coordenadora geral e atriz da agrupação.
A companhia
A ATA – Agrupação Teatral Amacaca iniciou sua pesquisa em 2009, por meio da disciplina “Técnicas Experimentais em Artes Cênicas”, ofertada à comunidade pela Universidade de Brasília e ministrada pelo professor, diretor e encenador Hugo Rodas. Seu principal foco é descobrir e experimentar formas de dramaturgia por meio da exploração vocal, muscular e gestual, além do estudo de instrumentos musicais e ritmos em cena. Em 2011, o coletivo de artistas se tornou um grupo de pesquisa fechado, sob a condução de Hugo Rodas.
Desde seu trabalho de estreia, o espetáculo “Ensaio Geral” (2012), a ATA acumula diversos prêmios e indicações teatrais, com temporadas aclamadas nos principais palcos do Distrito Federal e com passagens pelos maiores festivais da capital. A companhia sempre investe na criação de novos espetáculos e soma em seu repertório “Punaré & Baraúna” (2015), a remontagem da versão setentista de Hugo Rodas de “Os Saltimbancos” (2019), “O Rinoceronte” (2019) e o espetáculo virtual “Poema-Confinado” (2020), criado em meio à pandemia e que ganhará versão presencial em 2024.
Um espetáculo dedicado à memória de Hugo Rodas
Nascido no Uruguai e radicado há 40 anos no Brasil, Hugo Rodas (1939-2022) firmou-se como um dos mais talentosos e importantes artistas de teatro de seu tempo. Foi ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro. Constantemente premiado, assinou alguns dos maiores sucessos de público e crítica da história do teatro e da dança de Brasília. É um alicerce incontestável na construção da cena teatral e cultural contemporânea de Brasília e referência mundial para a pesquisa da linguagem teatral.
Inquieto, inovador e inspirado pela sua juventude, Hugo permaneceu por anos no ambiente universitário, dedicando-se à formação, investigação e criação artística. É nesse ambiente que abriu caminhos para o surgimento da ATA. Dirigiu e encenou espetáculos em várias outras cidades brasileiras e sua trajetória sempre esteve ligada aos coletivos e parcerias com os quais trabalhou, desde o Grupo Pitú, nas décadas de 70 e 80 – quando também ocorrem as primeiras experiências com Antônio Abujamra, no Teatro Brasileiro de Comédia - TBC), e com José Celso Martinez Corrêa, no Teatro Oficina – passando pelo Teatro Universitário Candango - TUCAN (anos 90 e 2000) e pela Companhia dos Sonhos.
Sinopse da montagem
Futuro do Passado – como a arte reflete as centenas de anos de um país ainda em gestação? Nessa performance-instalação festiva, a Agrupação Teatral Amacaca revisita criticamente, come e celebra o nascimento da Arte Moderna brasileira e seus cânones. Não sem olhar para o invento Brasília e seus habitantes fazedores de cultura. O Museu Nacional da República, essa semi-esfera futurista de Niemeyer, será palco de um carnaval símeo, flertando com nossas orígens, deglutindo nosso passado e tentando imaginar um futuro possível em meio a esse caos miscigenado. Tragam suas fantasias, trombetas e manifestos, vamos em cortejo, com corpo quente, dançar nossas mortes, sangrar nossas lutas! Porque como diria Oswald – “Alegria é a prova dos 9!”.
1922
2022
2122
COME
COMO
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22
COMO?
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Uma criação dedicada à memória de Hugo Rodas.
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Guilherme Angelim
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