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Minicurso teórico-prático: As ciências dos tambores no século XXI

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Minicurso teórico-prático: As ciências dos tambores no século XXI

10 ago - 2020 • 19:00 > 21 ago - 2020 • 20:00

Evento Online  
Evento encerrado

Minicurso teórico-prático: As ciências dos tambores no século XXI

10 ago - 2020 • 19:00 > 21 ago - 2020 • 20:00

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Descrição do evento

Minicurso teórico-prático: As ciências dos tambores no século XXI.


Minicurso de 11 (onze) aulas teórico-práticas de tambores afro-brasileiros, com 1h de duração cada aula, via Google Meet. Dias 10, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 de agosto, de segunda à sexta, das 19h às 20h. Público: Pessoas, maiores de 15 anos, interessadas em música negra, com ou sem formação inicial.


Professores/Formadores: Salloma Salomão, Fernando Alabê e Tiago Sonho.


Apresentação

Um nível perturbador de disseminação/assimilação de diferentes sons por via das tecnologias digitais contemporâneas (produção, captura, industrialização e difusão musical massiva) e também aquela do passado recente desenvolvidas ao longo do século XX. Não necessariamente tais tecnologias nos tornam mais ou menos capazes de reter conteúdos sonoros por um tempo expressivo da vida. Mas em alguma medida as tecnologias sonoras capturam nossas sensibilidade para referências especificas de musicalidades.

Nas sociedades de consumo, de um lado, a noção de gosto próprio e, de outro, a imposição constante de determinadas frequências, batidas, sequências melódicas e modulações tonais. As ondas de consumo musical, sobretudo no meio urbano, alteraram de forma definitiva as relações individuais e coletivas com a música. Os ouvintes resistentes, artistas inquietos e os estudantes 'anticonvencionais' de artes e música representam um campo criativo a ser explorado como passível de construção de uma nova relação com os saberes musicais constituídos dentro de outras lógicas, que não fossem tão somente o mercado de consumo musical, representados pelo espetáculo, rádio, cinema, tv e rede mundial de computadores.

 As células rítmicas são efetivos códigos sonoros elaborados em um outro tempo das culturas musicais em todas a sociedades humanas e especialmente nas sociedades africanas que povoaram o Brasil. Apesar da tendência de resumo e padronização ainda é possível acessar pessoas-músicas portadoras-guardiãs de saberes ancestrais, dispostas a repartir esse legado com outros sujeitxs/musicais.   


Salloma, Fernando e Thiago são artistas afrodescendentes, estudiosos e praticantes de música a partir de São Paulo ligados a cena de música, dança, teatro e performance. Suas experiências combinam saberes tradicionais de matrizes africanas e conhecimentos  escolares convencionais, teóricos e práticos na criação, produção, veiculação e pesquisa musicais. Nesse minicurso, construíram uma abordagem totalmente inovadora com objetivo de trazer um conteúdo acessível para educadores/as de escola formal, músicos iniciantes, arteducadores/as e interessados/as em geral. São aulas dialógicas breves com 1 (uma) hora de duração, contabilizando ao todo 11 (onze) horas. Aulas expositivas e "rodas" de conversa a distância, com utilização de instrumentos musicais, vídeos e gravações musicais digitais.


Formadores:

Fernando Camilo David, Alabê

Percussionista, compositor, educador, diretor artístico e musical realizou estudos em percussão popular e erudita entre a antiga ULM, Conservatório Souza Lima e Liceu de artes Municipal de Taboão da Serra. Fundador, vice-presidente, diretor artístico-musical e mestre de bateria do Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã. Integrante do Coletivo Frente 3 de Fevereiro na trilogia Zumbi Somos Nós. Diretor artístico e musical da Cia Brasilidança de Danças e Ritmos Populares, concepção e trilha musical no EtnoDoc-IPHAN Eu tenho a Palavra. Atuando desde 1996 em bandas e projetos como Jualê, Guerreiros de Zumbi, Banda Luzia, Grupo Classe (Gravadora Regata), Cora- Orquestra de Grooves Afro-brasileiros, Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (Encontros Notáveis e Orfeu Mestiço), Tony Tornado, entre outros. Como educador acumula experiência em Fundação CASA, Instituo Criança Cidadã, UNAS-Heliópolis e Instituo Alana, fundador da ONG Instituto Ketlen Leticia (Instituto Kelé).

 

Thiago sonho 

Baterista, percussionista e Beatmaker. Acompanha artistas como Mano Brown (Boogie Naipe), DJ Hum, Tony Tornado entre muitos outros. Pesquisador de música mandingue, integrou o grupo Afro Koteban por 10 anos. É também diretor de bateria no Bloco Afro afirmativo Ilu Inã.

 

Salloma Salomão

Possui graduação (1997), Mestrado (2000) e Doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005) com estágio no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.  É musico e pesquisador. Atuando principalmente nos seguintes temas: Culturas musicais de origem africanas; Dramaturgia e teatro negros; Políticas e práticas culturais negras no século XIX e XX; Identidades étnicas e movimentos negros urbanos; Sociabilidades negras em São Paulo; e Musicalidades africanas. Suas produções mais recentes tratam de Dramaturgias e teatros Negros no Brasil em parcerias com os Grupos Coletivo Negro e Cia Capulanas de Arte Negras.Músico e professor, pesquisador de Cultura Negras, Afrodiaspóricas e História da África. 6 CDs gravados, 3 DVDs, dois livros autorais e colaborador de revistas e grupos de pesquisa acadêmica e artísticos sobre culturas musicais africanas e afro-brasileiras, dramaturgia e teatro negros. Produz e executa eventos artísticos de temática negra e afrodiaspórica.

 

 

FORMADOR/DATA/AULA

CONTEÚDO

MATERIAIS

Salloma, Tiago e Alabê

Abertura

Aula 1 (segunda-feira,  10/Ago, das 19h às 20h)

Apresentação dos formadores, do conteúdo e do método. 

Celular/Computador; Caderno de anotações

Salloma

Aula 2 (terça-feira, 11/Ago, das 19h às 20h)

Culturas musical dos tambores afro diaspóricos, nas suas origens étnicas.

Celular/Computador; Caderno de anotações

Alabê

Aula 3 (quarta-feiram, 12/Ago, das 19h às 20h)

Ritmos afro brasileiros, oriundos de terreiros, que inspiraram ou compuseram formas e musicalidades presentes nas ruas, palcos, mercado fonográfico e diversas produções culturais. Demostrando os ritmos os ritmos ijexá e samba, com algumas de suas diversas variantes.

Celular/Computador; Caderno de anotações; Instrumentos de percussão, preferencialmente um para prática no curso, por ritmo abordado (combinado na 1ª aula com o grupo todo, para que cada um(a) disponha do seu nos encontros seguintes).

Thiago

Aula 4 (quinta-feira, 13/Ago, das 19h às 20h)


Percepção rítmica e leitura básica

Desenvolvimento de conceitos de pulso, contratempo e divisões usadas em estilos de música afro-brasileira, e leitura rítmica aplicada.

Folha com e sem pauta musical; Caneta, lápis e borracha.

Salloma

Aula 5 (sexta-feira, 14 Ago, das 19h às 20h)

Congados, Moçambiques, Catopês, Jongos, Candombes, Batuques e Ticumbis. Visão panorâmica histórica das várias culturas musicais associadas às Irmandades de pretos/as e devoções às deidades centro africanas como Sambas,

Celular/Computador; Caderno de anotações.

Alabê

Aula 6 (segunda-feira,  17/Ago, das 19h as 20h)

Aula prática (online) de percussão afro brasileira, abordando os ritmos ijexá, suas formas, bases, técnicas e adaptações para ruas, palcos, gravações e demais fins artístico-culturais.

Celular/Computador; Caderno de anotações; Instrumentos de percussão, preferencialmente um para prática no curso. Estes são:

Tambores de mão, como atabaques ou congas, agogôs, xequerês, afoxés, caxixis.

Thiago

Aula 7 (terça-feira, 18/Ago, das 19h às 20h).

A Diáspora africana e o Funk Soul

Pesquisa sobre elementos musicais africanos e todo o seu trajeto na história da diáspora em terras americanas; Relações rítmicas com o Jazz, o Blues e o surgimento do Soul e Funk; Principais artistas, discos, em uma abordagem de análise musical e estudo histórico.

Folhas com e sem pauta musical; Caneta, lápis e borracha.

Salloma

Aula 8 (quarta-feira, 19/Ago, das 19h às 20h)

Dinâmicas sócio culturais desencadeadas pela modernização reacionária e formação de novos repertórios advindos da urbanização-marginalização social pós- abolição; Culturas musicais negras no cinema, teatro e televisão e rede-web; Descarte, desconhecimento, expropriação e recriação de culturas musicais negras no século XXI.

Celular/Computador; Caderno de anotações

Alabê

Aula 9 (quinta-feira, 20/Ago, das 19h às 20h)

Samba e seus acentos; ritmos outros que se fizeram base para a construção do samba urbano, principalmente localizado em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Celular/Computador; Caderno de anotações; Instrumentos de percussão, preferencialmente um para prática no curso. Estes são:

Tambores de mão, como atabaques ou congas, metálicos, como agogôs, de fricção, como, chocalhos, ganzás, xequerês, afoxés, caxixis, tambores agudos de baquetas, como tamborins, repeniques e caixas ou malacachetas, graves como surdos de escola de samba.

Thiago

Aula 10 (sexta-feira, 21/ Ago, das 19h às 20h)

O Movimento Black Rio - análise social e musical

O Movimento Black Rio, seu surgimento social; os principais artistas de que absorveram a sonoridade americana e a trouxeram para o Brasil; uma análise musical da fusão do Funk Soul com ritmos brasileiros; o reflexo social e histórico dos movimentos na atual musica brasileira.

Folha com e sem pauta musical; Caneta, lápis e borracha.

Encerramento

Aula 11 (sábado, 22/Ago, das 19h às 20h)

Pequena "roda" coletiva (30 min);

Avaliação do curso e troca de ideias.

Instrumentos musicais

 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, Oneyda. Babassuê. Registros Sonoros de Folclore Musical. IV. Discos FM39 e FM 51. São Paulo: Discoteca Pública Municipal, 1950.

ALTUNA, Padre Raul ruiz de Asúa. Cultura Tradicional banto. Luanda: Secretariado arquidiocesano de pastoral, 1985.

ANDRADE, Mario de. Dicionário Musical Brasileiro. São Paulo: IEB-USP, Belo Horizonte: Itatitaia, 1989.

ASSELINEAU, Michel; BËREL, Eugène and HAI, Trân Quang. Music of the world. France: editions J.M FUZEAU S. A.

BECK, John H. Encyclopedia of percussion. Second Edition. Eastman School of Music. New York:Taylor and Francis, 2004.

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CANIZARES, Raul. Cuban Santeria: Walking with the night. Rochester/Vermont : Iner Tradicional International, 1999.

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CHARTERS, Samuel B. and KUNSTADT, Leonard. A História do jazz nos palcos de Nova York. Rio de janeiro: Editora Lidador, 1964.

CHERNOFF, John. African Ritm and African Sensibilitiy. Chicago: University of Chicago Press, 1979.

CHESI, Gert. Voodoo: Africa’s secret power. Wörgl, Austria: Perlinger-Verlag Ges, 1980.

CORREIA, João Cornélio Gomes. Atlas dos instrumentos tradicionais da Guiné Bissau. Schakuilstraaat, Overasselt: Fundação Bartolomu Simoes Perreira Neerlandês, 1997.

DIAS, Jorge. Os macondes de Moçambique: aspectos históricos e econónomicos. 2 Edição Lisboa: Comissão nacional para as Comemorações dos descobrimentos Portugueses, 1998.

DORING, Katharina. ( org.) A cartilha do Samba chula. Sem editora. Sd.
DUARTE, Maria da luz Teixeira.

CATÁLOGO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS DE MOÇAMBIQUE. Maputo: Tipografia de Noticias, 1980.

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FERNANDES, Nelson Nobrega. Escola sde Samba: Sujeitos celebrantes e objetos celebrados, Rio de Janeiro 1928-1949. Rio de Janeiro: Secretaria das Culturas, 2001.

FERREIRA, Luis. Los tambores del Candombe. Montivideo: Colihue Sepé Ediciones: Organizacion Mundo Afro, 1997.

FREEDEMANN, Nina S. de and CROSS, Richard. Ma Gombe, guerreiros y ganaderos en Palenque. Bogotá: Carlos Valencia , 1979.

GANDRA, Edir. Jongo da Serrinha, da senzala aos palcos. Rio de Janeiro: Giorgio Gráfica e Editora ltda./UNI-RIO, 1985.

GIRARDELLI, Élsie da costa. Ternos de congo Atibaia. Rio de Janeiro: Funarte: Instituto Nacional do Folclore. 1981.

GOMES, Núbia Ferreira de Magalhães e PEREIRA, Edimilson de Almeida. Negras raízes mineiras: os Arturos.

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Sobre o produtor

organizer

*Salloma Salomão Jovino da Silva.

Desde 1985 é educador. Á partir de 1993 ingressou na rede pública estadual de educação. Em 1997 passou a atuar com formação continuada de professores/as pela Unifesp, CEERT, CUFSA, Fundação Perseu, Instituto Paulo Freire, UFSCAR, Fundação Perseu Abramo e Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Doutorado em História pela PUC-SP, com estágio na Universidade de Lisboa. Pesquisas realizadas no Brasil, Portugal, Senegal e EUA.

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