Manifesto
Caboclo é uma celebração a
alma brasileira contra o preconceito e a intolerância. O show exalta a força e
resistência de nossa miscigenada cultura tão vilipendiada nos últimos anos.
Anos de dias escuros vividos sob as fuligens de milhões de hectares de
florestas queimadas e as cinzas dos 18 milhões de artefatos consumidos pelo
fogo no trágico incêndio do Museu Nacional. Futuro e passado em chamas. Período
em que os cadáveres da intolerância, racismo, homofobia e de todo tipo de
preconceito saíram dos armários e ganharam as ruas feito zumbis enquanto uma
devastadora pandemia nos confinava dentro de casa. Manifesto Caboclo é também o
nome do novo álbum do cantor e compositor que no palco passeia por
diversos gêneros musicais para definir a pele cabocla como aquela que melhor representa a vestimenta de um corpo universal - "...tenda exposta às chibatas dos
ventos, epiderme de infinitas camadas, fluxo e filtro
identificador de tudo que é humano". - Cláudio Frêp abre o show em clima gótico
com a dramática “À Noiva Cadáver” usando o mito de Inês de Castro como mote
para fazer referência à nossa fase medieval. No esperançar de um renascimento,
aos poucos o palco ganha luzes com ritmos variados que de forma alegórica tocam em temas correntes
da atualidade como questões de gênero, violência, racismo, feminismo e guerra ideológica.
Revelando sua antiga relação com as artes cênicas, Cláudio Frêp relembra o
Teatro Opinião com uma releitura de “Carcará” de João do Vale e encerra sua
apresentação de forma lúdica e poética com músicas inspiradas no universo de
Clarice Lispector, Raul Bopp e Cora Coralina entre outros, sugerindo o início
de um novo tempo com mais empatia e brasilidade.
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