O lançamento do CD Jogo de Peteca, com Paulo Dorfman, ao piano, e Pedrinho Figueiredo, na flauta e no sax soprano, levará ao palco do Teatro do Centro Histórico Cultural da Santa Casa, no dia 22 de agosto, às 20h, as composições do pianista do gênero choro, registradas em sessões gravadas “ao vivo” no teatro da Reitoria da UFRGS, no verão de 2020.

O projeto foi contemplado com o edital do Fumproarte para a realização do CD Jogo de Peteca e a criação do site (disponível a partir de 08 de agosto) onde os áudios e as partituras das músicas poderão ser acessados. Neste endereço virtual encontra-se também um vídeo onde Paulo Dorfman conversa com Pedrinho Figueiredo sobre algumas técnicas abordadas nas composições e histórias que envolvem as criações.  As sessões de gravação tiveram como técnico de áudio o violonista e compositor Hilton Vaccari (integrante do Quartchêto) e registros fotográficos de Cláudio Etges. A criação gráfica é de Emily Borghetti e ela também assina a filmagem e edição de vídeo e animação junto com Rafael Costa.

Paulo Dorfman é, na atualidade, o compositor de música instrumental com o maior número de interpretações de suas obras. Podemos encontrar suas músicas nos discos de Jorginho do Trompete, Claudio Sander, James Liberato (em três cds do guitarrista), Pedrinho Figueiredo, Quebra-Cabeça (grupo que trazia Marcelo Delacroix, Simone Rasslan e Kiti Santos), Paulinho Fagundes (nos dois cds lançados) e em coletâneas organizadas pela Sec. Municipal de Cultura - O Choro em Porto Alegre (1996) e pela Secretaria Estadual de Cultura, em cd lançado pela Casa de Cultura Mario Quintana. Constam obras suas também em concertos da OSPA, da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e da Unisinos, da Orquestra de Sopros do Cerrado (MS) e da OPPA (extinta big band Orquestra Popular de Porto Alegre), além de várias interpretações em espetáculos de artistas renomados da cena sul rio-grandense, como Renato Borghetti, Ana Lonardi, Victor Hugo e Alegre Corrêa.

Na realização dos festivais de jazz de Canoas e na primeira edição do Fest in Jazz, em Porto Alegre, seu nome foi lembrado para abertura dos eventos, por tratar-se de referência na área. Assim, também encontramos outras importantes participações como o concerto com o Luiz Eça Trio, no Theatro S. Pedro, a composição da trilha e regência no Festival de Cinema de Gramado, em várias edições e, associado à arte do cinema, é simbólico destacar que já em 1972, Paulo Dorfman assinou a trilha do filme “Sete Provas”, de Teixeirinha.

Embora o seu nome seja constantemente associado ao estilo do jazz, Paulo Dorfman transita em vários gêneros musicais. Neste projeto, organizado por Pedrinho Figueiredo, foi dada ênfase ao choro, incluindo os lentos, mais sentidos e “chorados”, aos mais movidos e alegres.

Pedrinho Figueiredo é o produtor do projeto e intérprete, ao lado de Paulo Dorfman. Tem uma longa história de parcerias e projetos musicais com o pianista. Integrou orquestras regidas e lideradas por Paulo Dorfman, foi solista em concerto da OSPA com arranjos especialmente criados pelo compositor e integrou o quarteto Tom Brasileiro que além do duo contava com as participações de Kiko Freitas e Everson Vargas.

São mais de 30 anos de convivência musical e o público poderá desfrutar dessa cumplicidade musical em um show sensível e virtuosístico.