HISTÓRIAS DE CHUVA MARCA REABERTURA DA CASA DA GIOCONDA.

O proprietário de uma loja, conhecido como “o guardador de histórias de chuva”, recebe os personagens dispostos a guardarem suas mais belas, trágicas e transformadoras histórias de dias chuvosos. Suas memórias ficam literalmente encapsuladas e guardadas como gotas de chuva, que são reveladas nos momentos mais saudosos, regeneradores e mágicos durante a narrativa. O fio condutor é desenhado pelas lembranças de uma adolescente, criada pelo pai policial com o auxílio de sua cuidadora que busca desvendar seus questionamentos pelo abandono da mãe, com a ajuda do velho guardador de memórias.

Todas as histórias contidas nessa espécie de “biblioteca da memória”, vão sendo apresentadas por diferentes e misteriosos personagens com características fantásticas como: “o homem molhado” que é obsessivo pela memória de uma “mulher vestida de chuva”; o “homem de impermeável”, que nunca tomou chuva; um “jockey” que ganhou uma única corrida em sua vida e depois foi rejeitado pelos cavalos; “a plantonista” que é obcecada pela morte. E, escrito especialmente para essa nova versão do texto, surge o personagem “o homem bem vestido 1, 2 e 3”, fugindo de sua identidade e inventando diversas versões de si mesmo. Todos eles, costuram a encenação alterando a lógica linear, sobrepondo ações e mostrando universos que coexistem simultaneamente, alterando seus caminhos de busca ao reencontro de suas memórias de chuva.