Tem dois álbuns lançados na década de 90: “BONSAI MACHINE” (Núcleo Contemporâneo), que conta com uma constelação de convidados ilustres (Paulo Moura, Roberto Sion, Paulo Belinatti, Toninho Ferragutti, Swami Jr., Mário Manga, além das cantoras Vírginia Rosa e Ana Amélia), foi considerado pela crítica um dos melhores lançamentos do ano de 97.
No segundo álbum , “DESDOBRADURAS”(Maritaca), o trio parte para mais um mergulho sonoro, tendo sempre como referência maior a presença da Tradição da Música Popular Brasileira, sem entretanto perder o interesse pela espontaneidade e inventividade do jazz. Duas releituras integram o repertório, “Pro Zeca” do saxofonista Victor Assis Brasil, e “Jongo” do violonista Paulo Belinati, além de temas de Paulo Braga, Mané Silveira e Guello.
Em 99 o trio participa com enorme sucesso do “Festival Internacional de Percussiones”, na Cidade do México, para o qual Guello foi convidado.
O trio já foi solista da “Orquestra Jazz Sinfônica” do Estado de São Paulo, interpretando seu próprio repertório. Depois de um intervalo, retorna em suas atividades trazendo além das músicas dos dois álbuns algumas composições novas, sempre trazendo a identidade que marca a história deste importante grupo da música instrumental brasileira.
Mané Silveira
Saxofonista, flautista e compositor, tem sua trajetória ligada a grandes nomes da Música Instrumental Brasileira. Tem participado desde 1980 ativamente de vários grupos importantes ligados à criação musical como Arrigo Barnabé e Banda Sabor de Veneno, Pé Ante Pé, Freelarmônica, Sax sob as Árvores, Trio Bonsai, Orquestra Popular de Câmara, assim como convidado de projetos e grupos como "Um Sopro de Brasil", grupo "Pau Brasil", Nelson Ayres Trio, Roberto Sion ,Raul de Souza e grupo Dr. Cipó , "Chico Saraiva e Guinga" ,Swami Jr., Virada Cultural, Banda Brasil Instrumental do "Festival Brasil Instrumental" do Conservatório de Tatuí, entre outros. Em 2009 toca com o pianista dinamarques Thomas Clausen, um dos grandes nomes do jazz europeu,apresentando-se na Dinamarca e Suécia. Em 2010 lança um novo trabalho, “Mané Silveira Quinteto”,pelo selo Kalamata e participa da big band brasileira conduzida pela compositora e arranjadora Maria Schneider, no Auditório Ibirapuera.
Luiz Guello
Solista reconhecido por sua enorme versatilidade em transitar entre as mais variadas formações, desde as mais tradicionais como o choro e a bigband às mais inusitadas como o Trio Bonsai (piano, sax e percussão) e o Grupo de Zizi Possi nos anos 90 (dois pianos e percussão).
Gravou com alguns dos mais importantes nomes da música brasileira como Paulo Moura, Mônica Salmaso, Joyce, Marco Pereira, Toninho Carrasqueira, Renato Bráz, Grupo Pau Brasil, Grupo Moderna Tradição,Guinga, Hands”On Somble, Celso Viáfora,ToninhoFerragutti, Banda Mantiqueira, Orquestra Popular de Câmara, Carioca Trio ( Dimos Goudaroulis cello e Carioca Freitas violão e composições) sempre com originalidade e sem limitar-se aos parâmetros da tradição.
Iniciou sua formação musical dentro do samba, tendo como mestre Osvaldinho da Cuíca e participou ativamente do movimento Virada Paulista no Teatro Lira Paulistana. Neste contexto de efervescência da nova música popular formou o Grupo Livre Percussão, pesquisando e compondo peças com base em ritmos brasileiros.
Guello é professor de percussão da Emesp – Escola de Música do Estado de São Paulo e juntamente com Paulo Braga (piano) e Mané Silveira (sax e flauta) integra o trio Bonsai e o Dueto de Percussão formado por Carlos Stasi e Guello “DUO ELLO, integrante da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e faz parte do Grupo que acompanha a cantora Zizi Possi.
Paulo Braga
Paulo Braga desenvolve intenso trabalho de pesquisa sobre o piano no Jazz e na MPB, bem como suas fusões com a música de vanguarda. Músico requisitado da cena musical, é integrante do QuartaD, do Trio Bonsai, do Trio 3-63 e Duo com o guitarrista Lupa Santiago, e desde 1988, é parceiro de Arrigo Barnabé em diversos projetos.
Paulo é jundiaiense, formado em piano pelo Conservatório de Tatuí e foi o responsável pela criação do Departamento de Música Popular, que coordenou até 1994. Foi professor da UNICAMP e exerceu a função de Coordenador Artístico e Pedagógico na EMESP – Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo) de 2009 até 2023. Como professor, já participou de festivais em Tatuí, Curitiba e Ourinhos e ministrou workshops na Juilliard School em NYC, se apresentando na programação do Carnegie Hall.
Braga também atua como curador, tendo participado do Prêmio Visa Instrumental, Itaú – Rumos, Jam SESC, Festival Brasil Instrumental, Mostra de Piano na Casa de Francisca, IlhaBela in Jazz, Festival Moacir Santos. Atuou como solista frente algumas importantes orquestras e grupos, dentre eles a Banda Sinfônica e Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, a Royal Philarmonic Concert Orchestra, a Camerata Villa Lobos, a Camerata Antiqua de Curitiba, e a Orquestra Sinfônica e Camerata de Cordas de Tatuí, Quarteto de Cordas da OSESP, Orquestra Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica de Jundiaí.
Em 2023 lança álbum FAROL com o Paulo Braga Piano Trio, formado com Edu Ribeiro-bateria e Bruno Migotto-contrabaixo
Ouça alguns trechos do álbum DESDOBRADURAS no site Maritaca: http://www.maritaca.art.br/bonsai+cd_02.html