06 nov - 2019 • 19:30 > 06 nov - 2019 • 22:00
Quantas cientistas você conhece? Já ouviu falar de Marie Curie (1867-1934), a primeira mulher a receber um Nobel e a única pessoa a receber dois prêmios Nobel em áreas diferentes (química e física)? Historicamente, a ciência sempre foi vista como uma atividade realizada por homens e foi somente após a segunda metade no século XX que ocorreram mudanças nesse quadro.
No Brasil, quase 51% da população é feminina. Exceto por casos em que fatores extremos de ordem cultural, legal ou social geram desvios, é seguro dizer que o número de mulheres e homens no mundo é praticamente igual. Podemos também afirmar que a capacidade cognitiva e intelectual da espécie humana é a mesma para os dois gêneros. Apesar desses fatores, a imensa maioria dos cargos de liderança e posições de destaque científico é ocupada por homens.
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A primeira obra mais detalhada sobre a participação e realização de mulheres na ciência foi Women in Science, escrita, em 1913, por H. J. Mozans, um padre católico. Segundo Schienbinger (2001) essa obra convidava "as mulheres a atuarem no empreendimento científico e desencadearem as energias de metade da população do planeta".
Recentemente, a cientista brasileira Celina Turchi ficou conhecida por descobrir e desenvolver pesquisas sobre a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. Por esse trabalho, Celina entrou para a lista de “100 personalidades mais importantes da ciência”, da revista Nature, em 2016. Segundo o Censo da Educação Superior (2016) apenas 0,04% dos docentes de pós-graduação no país são mulheres negras. Somando o número de mulheres pretas e pardas que possuem doutorado, o total não alcança os 3%.
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É notável o destaque e a relevância da sensibilidade feminina nas mais diferentes áreas da ciência e tecnologia. Juntamente com a força das mulheres empreendedoras, uma dessas áreas, que é a biotecnologia, desempenhará um papel crucial neste século 21. Este bate-papo aberto e totalmente interativo, contará com cientistas e empreendedoras contando um pouco sobre suas trajetórias, trocando experiências e apontando caminhos para o futuro da biotecnologia no Brasil.
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// SOBRE OS CONVIDADOS
Marcia Pinheiro Margis (UFRGS)
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Biologie Moleculaire Des Plantes - Universite de Strasbourg I - França (1993). Professor Titular do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
É membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Membro titular do Comitê de Assessoramento de Genética (CA-GE) do CNPq entre julho de 2011 e junho de 2014. Foi membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Genética (SBG), tendo sido primeira tesoureira, primeira secretária, vice-presidente, e presidente (2016 a 2018). Coordenadora dos Programas de Pós-Graduação em Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000-2001) e da Universidade Federal do Rio de Grande do Sul (2011 a 2015).
Editora do periódico Genetics and Molecular Biology, Presidente da International Genetics Federation (desde Setembro de 2018). Experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: respostas de defesa dos vegetais contra estresses abióticos, enzimas do metabolismo antioxidante e genômica funcional de plantas.
Anna
Carolina Alves Yendo (ARBOREA BIOTECH)
Possui graduação em Farmácia
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009), mestrado em Botânica
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012) e doutorado em Botânica
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2016).
Fez doutorado sanduíche no
Instituto de Higiene da Universidad de La Republica, na cidade de Montevidéu,
Uruguai. Tem experiência na área de metabolismo secundário de plantas, atuando
principalmente no isolamento de compostos naturais, com ênfase em saponinas triterpênicas
bioativas de Quillaja brasiliensis, elicitação e purificação de moléculas de interesse
biotecnológico, micropropagação por cultivo vegetal in vitro e desenvolvimento de
adjuvantes em vacinas.
Bibiana
Franzen Matte (NUCLEO VITRO)
Possui graduação em Odontologia (2010-2015) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutorado em Odontologia (2016-2019) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com ênfase em Patologia Bucal. Durante a graduação em Odontologia, realizou estágio sanduíche na University of Michigan (2012-2013) através da Bolsa de Graduação Sanduíche Ciência Sem Fronteiras pelo CNPq sob a orientação da Prof. Dr. Yvonne Kapila nos EUA e do Prof. Dr. Marcelo Lamers no Brasil. Possui Doutorado sanduíche na University of California San Diego (2017) sob co-orientação do Prof. Adam Engler no Departamento de Bioengenharia.
Agraciada com o Prêmio Jovem Pesquisador UFRGS 2015 pelo trabalho Análise do papel do peptídeo antimicrobiano nisina sobre a migração de células de câncer de boca.
Desenvolve modelos tridimensionais de cultivo celular com o uso de hidrogéis para modular condições fisiológicas e patológicas e possui registro de patente na área. É diretora da Núcleo Vitro, startup focada em desenvolver pele artificial.
MEDIAÇÃO
Miriã Antunes - Formada em Relações Públicas e fundadora e idealizadora do coletivo Minas de Propósito.
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REALIZAÇÃO
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