25 set - 2019 • 19:30 > 25 set - 2019 • 20:30
A partir de pesquisa imersiva no Scruff, aplicativo móvel voltado para
interação amorosa/sexual entre homens, será abordado como essas relações têm se
constituído nas redes digitais, percebendo de que maneira as transformações
macroestruturais (direitos e visibilidade das homossexualidades) impactam a
vida privada, orientam a composição de perfis e regulam as trocas dentro do
aplicativo.
Atentando ainda para as consequências subjetivas das mudanças ocorridas
na esfera econômica e do mundo do trabalho, acreditando que estas áreas têm
emprestado um vocabulário para o campo das relações íntimas, compondo um léxico
que se expressa na composição dos perfis dos usuários. Acumular capital sexual
pode potencializar experiências que permitirão que se tenha mais sucesso e,
desejavelmente, menos sofrimento em um mercado competitivo, regido por uma
economia libidinal que tenho chamado de “toyotista” em alusão ao sistema de
organização do mundo do trabalho, de reestruturação produtiva e acumulação
flexível.
A maioria dos usuários dos aplicativos tem orientado suas buscas
baseados em uma lógica algorítmica e pela lógica do descarte, o que torna a
escolha um fim em si mesmo. Esse processo faz de cada usuário um empreendedor
de si. Gestão do seu tempo, maximização dos investimentos e a minimização do
desperdício se expressam nos textos que apresentam diversos perfis explorados,
fornecendo-nos um mapa de como os afetos estão sendo produzidos em tempos de
aplicativos.
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