CASA DO CHORO COMEMORA 10 ANOS COM SHOW DA ORQUESTRA FURIOSA
Dias 23 e 24 de abril, celebrando o Dia Nacional do Choro – aniversário de Pixinguinha – e o aniversário de 10 anos da Casa do Choro, receberemos a Orquestra Furiosa, que nasceu como uma prática de conjunto para os alunos da Escola Portátil de Música (EPM).
A "Furiosa" traz em seu nome um apelido recorrente das bandinhas do interior do Brasil – as “furiosas” – e levando adiante uma das tradições mais enraizadas da nossa música popular no país todo: os arranjos escritos para formações de sopros, como nos dois CDs gravados pelo conjunto, nos anos de 2008 (dividido com a Camerata Portátil) e 2014.
SOBRE A ESCOLA PORTÁTIL DE MÚSICA E CASA DO CHORO
Em 2000, a cavaquinista Luciana Rabello uniu forças com Mauricio Carrilho, mestre no violão e sobrinho do flautista Altamiro Carrilho, e assim nasce a Escola Portátil de Música (EPM) - com um corpo docente formado por grandes nomes como Cristóvão Bastos, Celsinho Silva, Pedro Amorim e Bia Paes Leme - que logo tornou-se um curso de extensão na graduação em Música da UNIRIO/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Mais de 30 mil pessoas passaram pelos bancos da EPM nestes 25 anos, tempo também de existência da Acari Records, primeira e única gravadora de choro do mundo, dirigida pela dupla e dona de um catálogo com mais de 80 títulos. Com a chancela de Entidade de Utilidade Pública recebida em 2016 (Lei 7288), o Instituto – que tem na diretoria, além da Luciana Rabello e Mauricio Carrilho, nomes como Jayme Vignoli, Paulo Aragão e Cesar Carrilho – já recebeu o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e foi tema de estudo de teses de mestrado e doutorado no Brasil e no exterior.
Há 10 anos a Casa do Choro - morada do mais brasileiro dos gêneros musicais - abriu suas portas para o público, e agora todo esse trabalho de memória, educação e produção musical encontram abrigo na Rua da Carioca, número 38. O sobrado histórico construído no início do século 20 – imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) – mantém a tradição de importante capítulo na história da música brasileira: nessa rua ficavam as principais “casas de música” da cidade nas primeiras décadas do século 20. Com oito salas de aula, um estúdio que leva o nome de Raphael Rabello (irmão de Luciana já falecido e um dos maiores violonistas do país), um teatro com 120 lugares, mais de 25 mil partituras (catalogadas e digitalizadas) e dois mil discos de 78 rotações e LPs, os números da Casa do Choro impressionam. Em torno de 5 mil músicos passaram por seu palco desde 2015 e 8 depoimentos foram registrados para a posteridade (Herminio Bello de Carvalho, Mauricio Carrilho, Paulo Cesar Pinheiro, Wilson das Neves, Izaias Bueno, Deo Rian, Zé da Velha, Cristovão Bastos, Celsinho Silva, Luciana Rabello e Mauricio Carrilho), realizados por uma cadeia profissional de 41 professores e 12 profissionais (coordenação/direção, produção e prestadores de serviço).
ORQUESTRA FURIOSA
Formada por alunos, ex-alunos e professores da Escola Portátil, a Furiosa traz a linguagem das bandas e dos regionais de choro, prestigiando o rico passado de nossa música e mostrando novos caminhos que ela vem percorrendo até os dias de hoje.
Entre professores, ex-alunos e alunos da Casa do Choro/EPM, a Furiosa Portátil conta com 18 músicos nesta apresentação: Tomaz Retz e Naomi Kumamoto (flautas), Lena Verani e Vitor Macedo (clarinetes), Rui Alvim, Denize Rodrigues, Vinicius Macedo e Diego Terra (saxofones), Aquiles Moraes, Nailson Simões e J. J. Simões (trompetes), Everson Moraes (trombone), Thiago Osório (tuba), Jayme Vignoli (cavaquinho), Paulo Aragão (violão e direção musical), Marcus Thadeu e Magno Júlio (percussão) e Pedro Aragão (regência).