Olhar e voz na escuta psicanalítica

Nelma Cabral

Como o olhar e a voz se fizeram presentes na escuta psicanalítica, nos tempos de Freud e Lacan, e como o olhar e a voz se fazem presentes na escuta psicanalítica de nossos tempos?

Entre a sideração do olhar e da voz e seus cruzamentos, a transferência tornou o visível do sintoma histérico audível, e pôs em cena o sintoma social presente nesta forma de sofrimento, denunciando a violência de uma moral sexual civilizada. A concepção freudiana de que no começo encontra-se o amor implicou admitir que o sofrimento neurótico, advém de outro regime em que poder e saber incidem sobre os(as) sujeitos(as) fora da causalidade médica. Daí, a centralidade da transferência no ofício de uma psicanálise.

A articulação entre transferência, olhar e voz, desde os primórdios da psicanálise, nos convoca a problematizar a pulsão escópica e a pulsão invocante nos tempos que correm, em que raça e gênero se apresentam na linha de frente.

Temos como tarefa repensar a escuta psicanalítica junto as vozes que buscam pensar o ofício de psicanalisar em uma perspectiva decolonial.

O propósito deste curso é partir de um mapeamento do olhar e da voz na histeria, na neurose obsessiva, na psicose, no autismo e pensar os efeitos do esquema epidérmico racial (Fanon) e da generificação nos sofrimentos psíquicos e sociais, e como eles se apresentam ao psicanalista nos tempos que correm.

Duração: 7 encontros semanais

Horário: Segundas-feiras, 19h30 às 21h

Calendário:

17, 24 e 31/03 e 07, 14, 21 e 28/04

AÇÕES AFIRMATIVAS: Oferecemos 9 vagas por ações afirmativas. Solicitamos que envie e-mail para [email protected] justificando a solicitação da inscrição.  As vagas serão ocupadas conforme ordem de inscrição.

Bibliografia: fornecida no primeiro encontro.

Atenção: as inscrições realizadas após às 18h30 somente serão processadas no próximo dia útil