28 jun - 2021 • 20:00 > 4 jul - 2021 • 21:00 Ver datas e horários
Videoconferência via Sympla Streaming
Refletindo sobre a construção da figura masculina em diáspora e suas relações com a urbanidade, a vídeo performance de Flip Couto apresenta um corpo que desfila uma masculinidade e se transforma em diálogo com as coreografias sociais presentes nos territórios por onde caminha. Com direção de Malu Avelar e fotografia de Afrop, o trabalho gravado* nos entornos dos terminais rodoviários do Jabaquara, Cachoeirinha e Lapa e inspirado no pensamento de Beatriz Nascimento, mapeia corpos que se fundem com os espaços públicos revelando subjetividades esquecidas nos trânsitos transatlânticos, expandindo a ideia da performance de gênero através de um olhar plural e sensível.
“Ocó” é um termo usado por mulheres trans e travestis para se referir ao “Homem” no “Pajubá”, linguagem inspirada no idioma "Iorubá'' e utilizada por pessoas da comunidade LGBTQIA+ para se comunicarem sem ser percebida em espaços públicos.
"A articulação para que isso transcendesse foi um exercício de fé na sua mais pura imaginação do que isso poderia vir a ser. No que você acredita? Para além das constelações imensas que nós somos, o exercício filosófico, conceitual que se desenvolveu em dança, voz, imagem, designer, sonoridade, tecido, escrita e nas infinitas produções do coletivo e dos indivíduos desse projeto." - Malu Avelar
Programação da temproada de estréia
28/06 atividade: bate papo com a equipe de criação (Estréia)
29/06 atividade: papo de Alex Ratts
30/06 atividade: papo de Lam Matos
01/07 atividade: papo de Gal MArtins
02/07 atividade: papo de Fênix Zion
03/067atividade: Dj set com Felinto
04/07 atividade: Dj set Flip Couto (Encerramento da temporada)
O processo de criação do projeto aconteceu de forma colaborativa entre artistas LGBTQIA+ de diferentes linguagens que compartilharam visões sobre a identidade masculina criando diálogos através de suas diferentes estéticas artísticas. E com a escassez de debates sobre perspectivas da masculinidade com o cruzamento racial, de identidade e orientação sexual, as vozes do projeto pretendem ampliar a discussão gerando novos espaços de encontro e possibilitando um olhar para as diferentes subjetividades de um corpo, seja ele masculinizado ou não.
O Projeto Okó incluí além da vídeo performance, o podcast Radio Okó, gravado nos equipamentos da SMC e com cinco convidados especiais (Neon Cunha, Viny Rodrigues, Formigão, Caru de Paula e Pedro Guimarães) que vão bater um papo sobre masculinidades plurais, racialidades e performatividades; e Okó Zine, publicação com textos e organização do zineiro e poeta Rudá Terra Boa e com ilustrações da artista visual Guilhermina Giusti, traz reflexões sensíveis sobre a identidade masculina falando sobre afeto, prazer, cuidado, ancestralidade e memória.
Equipe Criativa
Concepção e Performance: Flip Couto
Direção: Malu Avelar
Direção musical: Felinto
Visagismo e figurino: Gil Oliveira
Zine e poesias: Rudá Terra Boa
Poesias e orientação de pesquisa: Alex Ratts
Preparação Corporal: Félix Pimenta
Treinamento funcional: Juliana Ramos
Identidade visual: Guilhermina Augusti
Direção de Fotografia e Operação de Câmera: Pedro Jorge Afrop
Edição e Coloração de vídeo: Ferrerin
Produção: Preto Téo Realização: A.Voadoras
Assessoria de imprensa: Griot Assessoria
Apoio: adidas Brasil
Agradecemos a Beatriz Nascimento (1942-1995) por ter inspirado nossas caminhadas poéticas e subjetivas durante o processo de criação do projeto e na vida.
Projeto contemplado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc da Cidade de São Paulo.
*Todas as gravações foram feitas de acordo com as medidas preventivas do COVID-19
A temporada de estréia de Okó apoia a cirurgia de retirada das mamas do nosso produtor odara Preto Téo
"Sabe, com o corpo de hoje, ainda de seios grandes, evito correr por qualquer motivo que seja. Não vou na piscina nem convidado de graça, sofro na praia, evito toques da minha companheira, odeio esbarrar nas coisas, escolho cada roupa avaliando centímetros de volume, uso compressores que me causam dor todos esses anos. E todo esse processo é bastante doloroso, angustiante, cansativo, e já dura há tempos! Então, é muito além de estética, é liberdade. Por isso, sim, simples assim. A sua contribuição alimenta a minha liberdade."
- Preto Téo
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Acesse: www.avoadoras.com/oko
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
A.Voadoras
Agência criativa especializada em soluções e fomento à troca de saberes entre artistas, clientes e instituições. Contamos com especialistas em desenvolvimento e execução de ideias, atuando para gerar engajamento e transformações sociais através do protagonismo de pessoas negras, trans e outras existências não hegemônicas, que questionam a normalidade em busca de novas visões para um mundo plural.