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O tambor e a voz - Problematizações psicanalíticas e antirracistas - Primeiro tempo

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O tambor e a voz - Problematizações psicanalíticas e antirracistas - Primeiro tempo

11 nov - 2024 • 20:00 > 02 dez - 2024 • 21:30

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11 nov - 2024 • 20:00 > 02 dez - 2024 • 21:30

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Descrição do evento

O tambor e a voz

Problematizações psicanalíticas e antirracistas - Primeiro tempo

 

Coordenadora: Nelma Cabral, psicanalista, membro do EBEP-Rio, trabalha o tema "Psicanálise, Raça e Gênero"

 

A possibilidade para o vivente humano advir enquanto um corpo-sujeito ou uma corpa sujeita no mundo e conquistar uma voz própria pressupõe primeiro um chamamento, um apelo do Outro, nos transmite o saber psicanalítico. Acolhendo este saber e revolvendo as ideias que levaram Lacan a encontrar no shofar o recurso para dar materialidade, substantivar uma das formas do do objeto a como voz e ligá-lo à invocação e ao desejo do Outro, uma questão se colocou.

 

Podemos pensar a pulsão invocante e o objeto voz na tradição brasileira, tal como Lacan se serviu da materialidade do shofar na tradição judaica para introduzir a voz como uma das modalidades do objeto a?

 

O recurso ao shofar e a sua música, encontrado nos estudos de Theodor Reik, interessa a Lacan, por este objeto da tradição judaica possibilitá-lo apresentar a voz em sua ligação com o desejo, a angústia e o gozo. Importa, para nós, problematizar a materialidade do objeto voz em sociedades e culturas em que esta tradição não foi a dominante como a cultura afrobrasleira.

 

Encontramos no próprio Lacan, em seu seminário que articula angústia e voz em suas funções de causa de desejo e de gozo, a possibilidade de considerar como recurso o tambor, e não o shofar. 

 

No âmbito das culturas originárias do continente africano, como o Brasil e outros países resultantes do colonialismo europeu, que transformou a população negra em seres abjetos, o som, o batuque, a voz e seus vários meios de elocuções foram fundamentais para resistência, recusa dessa insígnia, construção e formatação de outros modos viventes, que não se pautam pelos modos de subjetivações e gozo da cultura europeia.

 

No Brasil, os tambores têm função decisiva na formação subjetiva e nos modos de resistência e gozo dos sujeitos/as advindos de outros registros da voz e do corpo, como mostra a poeta, ensaísta, dramaturga e professora Leda Martins.

 

Considerado como um continente bailarino pelo filósofo congolês Fu-kiau, o continente africano impregnou muito mais a formação social e cultural brasileira do que gostariam muitos de nossos intelectuais e pensadores deste campo, que fascinados pela tradição musical européia, ficaram surdos a uma escuta fina do lugar do tambor e da voz nesta estruturação da sociedade.

 

Para Leda Martins, o poderoso trio - tamborilar, cantar e dançar - e a função dos tambores em vários registros do viver são constitutivos e fundamentais para tessitura da memória, da organização da população negra e da sociedade brasileira.

 

Pretendo problematizar a pulsão invocante e a voz como objeto a, entre angústia e gozo e o recurso ao tambor e a cultura do tambor para pensar a materialidade da objeto a, caminhando a partir do dispositivo da racialidade tal como concebido pela filósofa e escritora Sueli Carneiro e das eleborações sobre um real da raça, proposto pelo psicanalista Thamy Ayouch.


A bibliografia será fornecida no primeiro encontro.

 

Início: 4 de novembro 2024

Duração: 4 encontros, nas segundas-feiras de novembro, online pelo Zoom

Horário: 20h às 21h30

Calendário

11, 18 e 25/11 e 2/12/2024

 

ATENÇÃO: As inscrições realizadas após às 18h30 serão processadas no próximo dia útil.


                                                                                          

                                                                                              


                                                                                              

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Sobre o produtor

EBEP/Rio - Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos

O EBEP é uma instituição que se constitui através de uma rede de grupos de trabalho formada por psicanalistas e profissionais de outras áreas de conhecimento, e que está voltada para as questões nascidas das práticas psicanalíticas, enfatizando suas relações com a realidade brasileira. Seu objetivo é transmitir e divulgar o patrimônio cultural já adquirido pela psicanálise em todos os campos de sua prática, bem como produzir novos conhecimentos.

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