10 set - 2025 • 19:30 > 10 set - 2025 • 21:30
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A
escuta clínica da infância – especialmente da primeiríssima infância – tem
colocado em cena, desde o início da minha experiência clínica, a complexidade
da entrada do sujeito na linguagem e na ordem simbólica, bem como os desafios
que isso impõe à prática psicanalítica com infâncias. Em um cenário
contemporâneo, marcado por discursos normativos e avaliativos sobre o
desenvolvimento, a psicanálise me convoca, enquanto profissional, a propor um
deslocamento do olhar: da adaptação à
norma para a escuta da singularidade do sujeito.
A infância, nesse contexto (ou seja, pela psicanálise), não é concebida como um estágio linear, mas como um tempo marcado por inscrições simbólicas, pulsionais e discursivas, em que o corpo e a linguagem assumem centralidade na constituição do sujeito do inconsciente, tal como nos transmitiu Freud desde 1891. Diante disso, e considerando-se que, a partir das teorias freudiana e lacaniana, a criança precisa inscrever-se na ordem simbólica, por meio da linguagem e de um outro sujeito do inconsciente, para somente então sustentar-se como sujeito do discurso, o tema de nossa discussão surge a partir do conceito psicanalítico de transitivismo. Este foi proposto a partir da relação mãe-bebê pelos psicanalistas franceses Bergès e Balbo (2002).
No entanto, em nossa discussão, proponho pensarmos o transitivismo por meio da relação educadora-bebê no campo da escola de Educação Infantil (EEI). Trata-se de uma investigação que foi tema de minha dissertação de Mestrado, na qual busco contornar a possibilidade de inscrição simbólica do bebê, a partir da sua relação com o grande Outro, encarnado pela educadora no jogo de posições, uma vez que os autores Bergès e Balbo (2002, p. 12) sustentam, em sua teoria, que o professor pode transitivar com o aluno.
Sobre a palestrante: Luana Gallo I Psicóloga e Psicanalista; Membro da Escola de Estudos Psicanalíticos (EEP); Mestre em Psicanálise pelo Programa de Pós-Graduação em Clínica e Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Especialista em Psicanálise: Técnica e Teoria pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS); Coordenadora da “Pesquisa e Intervenção com Bebês em Sofrimento Psíquico” realizada nas escolas municipais de Educação Infantil de Porto Alegre/RS, vinculada a EEP e a SMED/POA. Realiza atendimento clínico no "Espaço Tempus" de Porto Alegre e Caxias do Sul.
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Associação Clínica Freudiana
A Associação Clínica Freudiana é uma instituição psicanalítica que há mais de 30 anos desenvolve na cidade de São Leopoldo – RS, atendimento clínico, supervisão e atividades de ensino pesquisa, em espaços de transmissão e interlocução de textos freudianos à luz do retorno a Freud promovido por Jacques Lacan. Constitui-se como importante vetor para lidarmos com questões sobre a direção de tratamento psicanalítico face às diversas formas de sofrimento psíquico na atualidade.
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