SOBRE:

O que significa negar a monogamia — politicamente, afetivamente, cotidianamente? O que nasce do não? Quais potências, aberturas e limites a negação nos impõe?

Este aulão, aberto e gratuito, parte destas provocações centrais, convocando-nos a pensar o que significa negar a monogamia. A partir dessas perguntas, vamos explorar os sentidos políticos e práticos da negação da monogamia, entendendo a não-monogamia não como destino ou identidade, mas como um movimento experimental e contraditório.

A não-monogamia não é um modelo, tampouco deveria se propor como um novo script afetivo. Ela não possui estrutura própria, nem estabilidade normativa. Ao contrário da monogamia, que se sustenta como instituição, a não-monogamia é um gesto de oposição — um tensionamento constante que, ao definir-se em negação, dialoga inescapavelmente com aquilo que nega. Não se trata de “sair” da monogamia, mas de enfrentá-la - em nós, nas nossas relações e no mundo.

Discutiremos também as implicações de entender a não-monogamia como um processo que não supera a monogamia, mas que só existe em relação a ela — como crítica, como recusa, como tentativa de construir outra coisa. Algo que ainda não tem nome, porque talvez só possa existir plenamente em outra sociedade, mas que será produzido pelo que construímos hoje - e somente se o fizermos.

A estrutura do aulão será expositiva, com interações via Menti, em linguagem acessível a quem não possui (ou possui pouco) acúmulo teórico e/ou acadêmico sobre o tema. O objetivo é fortalecer reflexões e experiências pessoais e coletivas — não produzir um novo manual, mas abrir espaço para o que ainda não sabemos.

Este aulão é parte do pseudo-projeto “Des-manual não-monogâmico”, idealizado por Amanda Palha, que se propõe à contribuição para o deslocamento das discussões sobre não-monogamia dos manuais de comportamento e das fórmulas de autoajuda para um campo de experimentação crítica, política, coletiva e antissistêmica. Em vez de oferecer respostas, aposta na produção de boas perguntas — aquelas que nos desestabilizam, nos provocam a re-pensar e nos estimulam à experiência.

IDEALIZAÇÃO E FACILTAÇÃO:

Amanda Palha, 37, é travesti, bissexual, mãe e vive anti-monogamicamente há mais de 10 anos, mobilizando perspectivas de não-monogamia e anarquia relacional como parte de um projeto político antissistêmico. Anticapitalista e transfeminista materialista, é autora nos campos de Família, Gênero e Sexualidade e Trv. em Epistemologias Travesti pelo Instituto Latinoamericano de Bosh - título auto-concedido porque sim.

INFORMAÇÕES:

Datas e horários: 12/06 das 19h às 21h

INSCRIÇÕES GRATUITAS, com opção de contribuição voluntária.

Opção 01 - Inscrição gratuita

Opção 02 - Colaboração voluntária: R$10

Opção 03 - Colaboração voluntária: R$20

Opção 04 - Colaboração voluntária: R$30

Opção 05 - Colaboração voluntária: R$40

Curso online e ao vivo.

Aula gravada e diponibilizada para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)

Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.

A sua contribuição voluntária é essencial para sustentar a estrutura, remunerar colaboradories e garantir as aula gratuitas e acessiveis para todes. Cada valor oferecido ajuda a cobrir custos de produção, pagamento justo para quem idealiza e facilita os cursos, além de permitir que continuemos oferecendo formações críticas, acessíveis e comprometidas com a transformações radicais

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