Em março deste ano, o Passinho, dança criada nos bailes funk das comunidades cariocas, foi reconhecido como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. No dia 30 de abril, às 18h, vira tema de bate-papo virtual, organizado pelo Museu do Pontal, com a presença da dançarina Celly IDD, do gestor cultural e artista da dança Hugo Oliveira e do cineasta Emilio Domingos. 

Nascido nos anos 2000, o Passinho apresenta uma mistura de break, frevo, samba e capoeira. Em 2018, virou patrimônio cultural da capital fluminense. E, este ano, ganhou o reconhecimento do estado, com o objetivo de divulgar as expressões artísticas de jovens periféricos, contribuindo para a diminuição do preconceito.  

A live Passinho oficial: expressão artística criada nos bailes funk é reconhecida como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio procura discutir a importância do movimento, de seu reconhecimento e um pouco de sua história.  

O encontro, que será transmitido pelo canal da instituição no Youtube (@MuseudoPontalOficial), faz parte do programa Arte e Cultura Popular em Rede, realizado com apoio do Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM. 

SOBRE OS CONVIDADOS: 

Celly IDD  - O talento e a coragem para enfrentar a hegemonia masculina nas batalhas de passinho fizeram de Celly IDD referência feminina na dança. Conhecida como Imperatriz da Dança, ela vai dos bailes do Morro dos Macacos às batalhas de dança em Nova York. Também atua como consultora de arte, coreógrafa, DJ, MC e beatmaker. E é fundadora, diretora artística e geral do Grupo Core, uma das primeiras companhias de passinho.   

Hugo Oliveira  - Cria do Morro da Providência, artista da dança, educador, pesquisador, gestor cultural e doutorando em Comunicação Social pela UERJ. Tem experiência em gestão de projetos, com foco em educação, dança, juventude, favela e desenvolvimento social em instituições como Instituto Pereira Passos, Secretaria Estadual de Cultura, Redes da Maré e Museu de Arte do Rio. É autor do livro “Vem Ni Mim Que Eu Sou Passinho”, fruto da sua dissertação de mestrado na UFF, idealizador da Galeria Providência, do coletivo Bonde do Jack  e um dos coordenadores do Pré-Vestibular Marielle Franco.  

Emilio Domingos  - Cineasta, antropólogo, pesquisador, roteirista e produtor. Como diretor, realizou os documentários “Black Rio!Black Power!” (2023), “Favela é Moda” (2019), “Deixa na Régua” (2016), “A Batalha do Passinho” (2012) e “L.A.P.A.” (2008). Para a TV, foi diretor geral do documentário “Chic Show” (2023), e da série “Enigma da Energia Escura” (2021), com Emicida. Enquanto roteirista, além de seus filmes, escreveu “Anitta: Made in Honório” (2020) e “Viajando com os Gil” (2023). É também membro da Academy of Motion Pictures Arts and Sciences (Oscar).