31 out - 2025 • 09:00 > 02 nov - 2025 • 16:30
31 out - 2025 • 09:00 > 02 nov - 2025 • 16:30
Ingressos para o evento ONLINE. Para participar do presencial, acesse: https://bit.ly/IIIENUVA
ENUVA 2025: AMAZÔNIA EM FOCO
O FUTURO É VEGETAL.
NÃO HÁ JUSTIÇA CLIMÁTICA COM EXPLORAÇÃO ANIMAL.
De 31 de outubro a 2 de novembro de 2025, Belém do Pará será o palco do ENUVA – Encontro Nacional da União Vegana Antiespecista. Realizado às vésperas da COP30, o evento reunirá militantes do veganismo popular, indígenas e quilombolas, pesquisadores da região, organizações e movimentos sociais e populares da Pan-Amazônia e do Brasil para articular soluções concretas frente à crise climática — com foco na transição dos sistemas alimentares ricos em vegetais e na defesa da soberania alimentar.
Com o tema “Amazônia em foco: colapso climático e impacto do agronegócio”, será discutido o especismo, a exploração animal e as principais consequências socioambientais decorrentes do agronegócio, que aprofundam as desigualdades sociais no Brasil. Como estratégia, contra esse modelo destruidor da vida, o diálogo será feito coletivamente com os movimentos sociais, comunidades e povos tradicionais, que travam lutas em defesa dos seus território e contras as injustiças socioambientais, a partir de uma perspectiva Amazônica.
O objetivo é enfrentar a principal causa do colapso ambiental no Brasil — a agropecuária.
IMPACTOS CRÍTICOS DA PECUÁRIA NO BRASIL:
97% do desmatamento no país tem origem na agropecuária. (MapBiomas, 2024)
74% das emissões de gases de efeito estufa vêm do setor agropecuário. (Seeg)
O Pará lidera o desmatamento no Brasil entre 2019 e 2024, com 2 milhões de hectares derrubados (MapBiomas).
Em 2024, na Amazônia, 7 árvores foram derrubadas por segundo.
A área de pastagem na Amazônia cresceu mais de 360% em menos de 40 anos.(Observatório do Clima)
84% da água consumida no Brasil vai para a agropecuária (ANA).
77% das terras agricultáveis do mundo são usadas para produção animal, mas geram menos de 15% das calorias consumidas.
O custo ambiental da pecuária bovina no Brasil é 371% maior que sua receita (CEBDS).
Mais de 50% dos agrotóxicos vão para a monocultura de soja — usada para alimentar animais (Atlas do Agrotóxico, Embrapa, 2023).
Em 2024, o Brasil bateu recordes de abate: mais de 6,5 bilhões de indivíduos foram mortos apenas em 2024 para consumo. 39,27 milhões de bovinos, 57,86 milhões de suínos e 6,46 bilhões de frangos (IBGE).
UMA CRISE QUE VAI ALÉM DO MEIO AMBIENTE:
A cadeia da carne está diretamente ligada à grilagem de terras e à violência contra povos indígenas.
Segundo o observatório De Olho nos Ruralistas, há 1.692 fazendas de agropecuária sobrepostas a terras indígenas, totalizando 1,18 milhão de hectares — uma área maior que o Líbano.
Nessas áreas, 55,6% são pastagens e 34,6% são usadas para soja.
46,9 mil hectares foram desmatados em territórios indígenas invadidos (2008–2021).
A exploração animal está no centro da atual ameaça pandêmica: o vírus da Gripe aviária (H5N1) já foi detectado em granjas industriais no Brasil.
Todos os anos, cerca de 6 bilhões de animais terrestres são mortos no Brasil sob um sistema de extrema exploração, sofrimento e mercantilização da vida.
O QUE PROPÕE O ENUVA?
Durante 3 dias, o evento irá promover:
Debates e mesas temáticas organizadas em 3 eixos centrais:
1. Agronegócio, colapso climático e justiça climática no contexto da Amazônia
2. Antiespecismo como ferramenta de descolonização e o papel do Veganismo Popular na luta por justiça alimentar
3. Avançar a luta antiespecista: da Amazônia para o mundo
Oficinas, rodas de conversa, articulações populares e formação política com base em quatro pilares:
Agroecologia
Veganismo Popular
Reforma Agrária
Justiça Climática e Social
O ENUVA também denuncia falsas soluções como a chamada “pecuária regenerativa” — que disfarça com marketing o mesmo modelo de destruição ambiental e opressão sistêmica.
PROGRAMAÇÃO
31/10
Abertura do ENUVA - 9h-10H15
Veganismo Popular: quem somos e a que viemos
VEM + UVA
Mesa 1: 10h30-11h45
Amazônia e veganismo popular: bases para uma ecologia política antiespecista
Palestrantes: Marcela Vecchione (UFPA), Beatriz Luz (MST)
Mediação: Michelle Muriel (Coletivo VEM – Belém)
Mesa 2: 14h-15h15
Alimentação vegetal e resistência: fortalecer as periferias diante do colapso climático
Palestrantes: Eduardo e Leonardo Santos (Vegano Periférico), Karen Furbino (União Vegana Feminista), Chavoso da USP
Mediação: Renato Libardi (ANTAR)
Mesa 3 – 15h30-16h45
Carne sustentável e pecuária regenerativa: é possível comer carne sem devorar o planeta?
Palestrante: Samanta Fabbris (IDEC), Gabriel Lúcius (Clima Ácido),
Mediação: Nanda Cury (UVA)
01/11
Mesa 4 – 9h-10h15
Antiespecismo e anticolonialismo: descolonizar a mesa e as práticas
Palestrantes: Vanuza do Abacatal (Quilombo do Abacatal – Belém), Weena Tikuna (nutricionista e liderança indígena), Bruna Crioula (Crioula Curadoria)
Mediação: Sandra Guimarães (UVA)
Mesa 5 – 10h30-11h45
Ecocídio e genocídio: na Amazônia como na Palestina
Palestrantes: Sandra Guimarães (UVA), Anne Paq (fotojornalista coletivo ActiveStills)
Mediação: Chavoso da USP
Mesa 6 – 14h-15h15
Justiça climática: construir um sistema alimentar sem exploração animal
Palestrantes: Bruna Crioula (nutricionista e militante do movimento negro), Deyse Abreu (Coletiva Caboca – PA), Neto Onirê (Teia dos Povos / MST)
Mediação: Bárbara Bastos (AVEG / UVA/ Comsea Recife)
Roda de conversa: 15h30-16h45
Veganismo popular: o que temos a perder, o que temos a ganhar
Litz Gouvea, Gabriel Lúcius, Chavoso da USP, Bruna Crioula, Michelle Muriel
CULTURAL - FESTA DO VEGANISMO POPULAR
02/11 –
CAFÉ DA MANHÃ / Espaço Comidas da Amazônia
Mesa 7 - 10h30-11h45
Resistências e lutas dos movimentos sociais na Amazônia no contexto de COP30
Participantes: Will (resistência), Lívia Duarte (Primavera), Larissa Pontes (VEM), Lorena Coelho (VEM) e Marcos Jobson (UP/VEM)
Mediação: Chavoso da USP
Plenária / DECLARAÇÃO DE BELÉM - 14h-15h30
CULTURAL DE ENCERRAMENTO - 16h-18h
Sobre as edições anteriores
O I ENUVA aconteceu em 2019, em Recife (PE), reunindo cerca de 300 pessoas engajadas no veganismo popular. Nesse evento foi criada a Declaração do Recife (disponível aqui), que estabelece os princípios e diretrizes da UVA. As palestras foram posteriormente disponibilizadas no canal da UVA no YouTube e já somam quase 2.000 visualizações.
O II ENUVA ocorreu em 2021, no formato online, alcançando mais de 15.000 visualizações em parceria com a Xepa Ativismo (@xepaativismo), perfil de ativismo alimentar da Mídia Ninja (@midianinja) – um dos maiores grupos de jornalismo independente do país, com 4,6 milhões de seguidores apenas no Instagram. O evento contou com palestrantes nacionais e internacionais, com tradução simultânea, e teve financiamento da VegFund e do The Pollination Project.
Sobre a UVA
A União Vegana Antiespecista – UVA (anteriormente chamada União Vegana de Ativismo) foi fundada em outubro de 2018, a partir da necessidade de afirmar o veganismo como um movimento social em defesa da consideração moral de todos os animais, humanos e não humanos. Acreditamos que o veganismo popular deve se articular a outras lutas por justiça social e ser disseminado de forma acessível e inclusiva.
A UVA é uma rede que tem como objetivos articular, dar visibilidade e apoiar militantes e grupos locais, nacionais e internacionais que praticam e difundem o veganismo popular.
Nossas práticas se baseiam em relações horizontais e democráticas, sempre buscando o consenso como forma mais adequada de tomada de decisões. Consideramos fundamental manter uma prática reflexiva constante, desafiando nossa militância a desconstruir preceitos arraigados em nossa sociedade.
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
Saiba mais sobre o cancelamentoVocê poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
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União Vegana Antiespecista
Criada em outubro de 2018, entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais, a União Vegana Antiespecista (UVA) vai contra a apropriação do veganismo pelo capitalismo e atua em sintonia com a justiça social.
Os dados sensíveis são criptografados e não serão salvos em nossos servidores.

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