12 nov - 2024 • 20:00 > 03 dez - 2024 • 22:00
12 nov - 2024 • 20:00 > 03 dez - 2024 • 22:00
QUANDO ACONTECEM AS AULAS?
As aulas do curso acontecerão entre os dias 14/11 e 03/12, às terças e quintas às 20:00.
Caso não seja possível comparecer, as aulas ficarão gravadas e disponíveis para todos os alunos.
QUEM PODE FAZER ESSE CURSO?
O conteúdo do curso é voltado para todos aqueles que tem curiosidade em entender e discutir as dinâmicas de formação do chamado "identitarismo" e suas consequências políticas para o mundo contemporâneo, mantendo o rigor científico e criterioso das aulas e garantindo uma abordagem didática e leve para o aprendizado e para o debate geral.
TEM CERTIFICADO?
Sim, o curso terá emissão de certificado no total de 12 (doze) horas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Aula 1
Identidade e o sujeito moderno: o que não é identitarismo?
Identidade, sujeito e indivíduo.
Objetivo da aula: explorar os conceitos fundamentais de sujeito, identidade e indivíduo. A partir disso, realizar uma abordagem histórica da formação dos sujeitos, contextualizando a formação do contrato social capitalista, a emergência do indivíduo como locus social e a produção do sujeito moderno.
Aula 2
O sujeito colonizado e a contra história do colonialismo
Objetivo: apresentar a base da formação social colonial a partir das leituras de Fanon e o contexto social dos anos 50, os processos de lutas anticoloniais e as lutas populares da classe trabalhadora dos países capitalistas centrais e periféricos, além dos debates sobre encarceramento em massa, democracia, políticas ausentes e afins.
Aula 3
Políticas da identidade
Objetivo: falar sobre o avanço das marcações de identidade e sua relação com o Maio de 68, que formou uma nova onda de lutas marcadas pela ascensão dos estudos de coloniais e a emergência de novas pautas e sujeitos de luta – além do surgimento embrionário de elementos do que viria a se tornar o “identitarismo”.
Aula 4
A cooptação neoliberal das lutas por identidade
Objetivo: oferecer a compreensão de como as classes dominantes se articularam para capturar as políticas da identidade e dialogar com o avanço de uma cultura individualista, a partir da figura do empreendedor de si, do acionista ou do CEO, que está em paralelo com a atomização dos sujeitos e destruição de espaços coletivos fora do eixo de compreensão capitalista a partir de ideias vindas do mais-gozar, sujeito-mercado e o realismo capitalista.
Aula 5
Políticas do "eu" e os novos significados do sujeito
Objetivo: mostrar como o advento de redes digitais de comunicação e o avanço da financeirização do capital junto com o desenvolvimento das Big Techs, levam à pulverização social que se torna elemento importante na formação de nichos de mercado identitários, que reforçam a atomização dos sujeitos e despolitiza a esfera comum em prol de uma “política” do “eu”.
Aula 6
O que é identitarismo, como combatê-lo e como vencê-lo?
Dialogar com a perspectiva histórica de lutas por reconhecimento que vão sendo desarticuladas de um sentido político coletivo e universal para um sentido meramente individualista e formal. Ou seja, como retomar concepções de políticas de identidade que sejam universalistas?
BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
ADORNO, Theodor. Ensaio sobre psicologia social e psicanálise. Trad. Verlaine Freitas. 1ª Ed. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
ANDRADE, Érico. Sobre losers: fracasso, impotência e afetos no capitalismo contemporâneo. Curitiba: CRV, 2019.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. 1ª Ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2017.
C. B. Macpherson. A teoria política do individualismo possessivo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. 1ª Ed. Portugal, Lisboa: Sé da Costa Editora, 1978.
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. 1ª Ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
DEAN, Jodi. Camarada: um ensaio sobre pertencimento político. São Paulo: Boitempo, 2021.
FANON, Frantz. Os condenados da Terra. Minas Gerais: Editora UFJF, 2010.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Bahia: Editora Edufba, 2008.
FISHER, Mark. Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? – Trad. Rodrigo Gonçalves; Jorge Adeodato; Maikel da Silveira. 1ª Ed. São Paulo: Autonomia Literária, 2020.
FOUCAULT, Michel. Historia da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
HAIDER, Asad. Armadilhas da identidade: raça e classe nos dias de hoje. São Paulo: Veneta, 2019.
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. 7ª Ed. Belo Horizonte: Editora Âyime, 2020.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. 2ª Ed. São Paulo: Editora 34, 2009.
MARX, Karl. A questão judaica. In: https://www.marxists.org/portugues/marx/1843/questaojudaica.htm
SAFATLE, Vladimir; DUNKER, Christian; Silva Jr., Nelson da. Patologias do social: Arqueologias do sofrimento psíquico. 1ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.
SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. 1ª Ed. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
ZIZEK, Slavoj. Violência: seis reflexões laterais. São Paulo, Boitempo, 2014.
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Gustavo Nassar Gaiofato
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