Você já parou para pensar que, na saúde suplementar, o produto é mais do que um plano?

Ele é a promessa de cuidado, o motivo pelo qual alguém escolhe — ou abandona — uma operadora.

E é exatamente por isso que fazer gestão de produtos não é opcional: é vital.

A gestão de produtos na saúde suplementar é fundamental porque influencia diretamente a sustentabilidade da operadora, a qualidade percebida pelo beneficiário e a capacidade de competir em um mercado altamente regulado. Em outras palavras, sem uma boa gestão de produtos, a operadora corre o risco de oferecer planos defasados, com custos imprevisíveis e baixa atratividade.

Principais motivos que tornam essa gestão indispensável:

1. Alinhamento entre preço, risco e cobertura

Cada produto tem um perfil de risco específico (faixa etária, carteira, região, sinistralidade histórica). Sem gestão: preços podem ficar defasados; o produto pode se tornar deficitário; a operadora perde sustentabilidade. Com gestão: há coerência entre precificação, segmentação e custos médicos; evita-se desequilíbrio financeiro e aumento abrupto da sinistralidade.

2. Conformidade regulatória e redução de passivos

A ANS exige que produtos estejam atualizados conforme regras de: Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde; Segmentação assistencial adequada; Garantia de atendimento; Regras de portabilidade, coparticipação e reajustes. Uma má gestão pode gerar autos de infração, multas, notificações de investigação preliminar (NIPs) e perda de credibilidade com o regulador.

3. Competitividade em um mercado dinâmico

O comportamento do consumidor mudou: ele quer produtos mais personalizados, flexíveis, digitais e com boa relação custo-benefício. A gestão de produtos permite: analisar concorrência; ajustar portfólio; criar produtos inovadores (como produtos regionais, coparticipativos, ambulatoriais, cashback, telemedicina etc.); posicionar corretamente a operadora no mercado.

4. Sustentabilidade econômica da carteira

Um produto mal estruturado pode gerar: alta sinistralidade; evasão; inadimplência; desequilíbrio no fluxo financeiro da operadora. Gestão de produtos garante: monitoramento contínuo da performance de cada plano; ajustes de rede, preço, coparticipações e incentivos; decisões baseadas em dados.

5. Qualidade da experiência do beneficiário

Produto bem gerido entrega valor: rede compatível com a necessidade do público; coberturas alinhadas ao perfil de uso; processos claros e transparentes; menor índice de reclamações e judicializações. Na saúde suplementar, o produto é a interface central entre operadora e cliente. Se o produto gera frustração, toda a jornada é comprometida.

6. Estratégia e posicionamento da marca

O portfólio traduz quem a operadora é: regional, segmentada, premium, popular, corporativa? inovadora ou tradicional? Uma gestão estratégica fortalece a reputação, amplia a presença de mercado e consolida diferenciais frente a concorrentes.

7. Mensuração de resultados e tomada de decisão

Com gestão de produtos é possível: identificar quais produtos geram lucro ou prejuízo; avaliar impacto de reajustes e mudanças na rede; antecipar tendências e riscos; sustentar decisões perante a Diretoria, o Conselho e a ANS.

CONTEUDO PROGRAMÁTICO

• Aspectos gerais de precificação de planos de saúde;
• Limites de valores de comercialização;
• Adoção de tabelas comerciais com preços regionalizados
• Atualização periódica da NTRP
• Requisitos para obtenção do registro de produtos
• Vinculação de redes assistenciais nos produtos das operadoras
• Concessão do registro de produtos
• Classificação de status de produtos
• Manutenção do registro de produtos
• Cancelamento de registro de produtos
• Alterações permitidas no registro de produtos

FACILITADOR:

Kaique Sampaio Santos - Sócio consultor na Regulamentar Saúde

REGULAMENTAR SAÚDE

CNPJ N° 48.822.230/0001-62