Gepom e Tripoli Cultural Apresentam: Islamofobia na Europa: Alemanha, Polônia e Hungria

Ementa

A guerra civil da Síria (2011-2019) ocasionou, além de uma enorme quantidade de perdas de vidas, o deslocamento de milhões se seres humanos. A maioria dos refugiados sírios se direcionaram aos países vizinhos, como a Turquia e o Líbano, entretanto, parte expressiva desses refugiados se arriscaram partir   rumo a um destino mais distante: à estabilidade da União Europeia. Ao atravessarem à fronteira com a Turquia se deparavam, à princípio, com uma barreira de arame farpado que os impedia de avançarem para o território de alguns países do Leste da Europa, entre eles, a Hungria e a Polônia. Ambos os países são atualmente governados por partidos políticos e lideranças de extrema-direita populista, cuja retórica inclui a defesa de uma política anti migratória, principalmente anti muçulmana. Para os integrantes e simpatizantes desses movimentos, a suposta “invasão” de imigrantes muçulmanos em território europeu  ameaçaria à identidade cristã e democrática de todo o continente. O aumento da procura pelo exílio europeu acirrou manifestações hostis ante a entrada de refugiados sírios na Europa e alguns movimentos e grupos supremacistas foram inaugurados. Embora, nessa ocasião, a Alemanha tenha sido o país europeu que mais acolheu refugiados da guerra da Síria, o governo alemão não conseguiu evitar diversas demonstrações racistas e islamofóbicas na cena pública. Apesar disso, o governo alemão, representado pela então ministra Angela Merkel, conseguiu aprovar uma série de políticas públicas em benefício da integração social, cultural e econômica de milhares de refugiados. Essa proposta de curso, por sua vez, tem por objetivo primordial apresentar o gradual fortalecimento de grupos e partidos políticos de extrema direita populista que passaram a atuarem na esfera pública europeia à partir de 2015, em decorrência, sobretudo da crise na Síria.

COMBO: Veja as condições para o combo Islamofobia na Europa + Cleópatra. Veja as condições especiais.

No mês da mulher vamos discutir a figura de Cleópatra VII, a  "rainha" Egípcia tão polêmica, que ainda suscita interesse e curiosidade  em historiadores, arqueólogos, jornalistas e inspira escritores, roteiristas e  dramaturgos. Última rainha da dinastia Ptolomaica, a última do Egito Antigo, que chegou ao Egito com a conquista de Alexandre, O Grande e governou por três séculos. A história dessa enigmática rainha, que atravessa séculos, nos chegou pelas fontes gregas e romanas. A aula única "Cleópatra, A Rainha do Egito", no dia 9/3, com a profa. Muna Omran, pretende debater as representações desta rainha nas iconografias, no cinema e no teatro e os eventos que a imortalizaram na história.

Cronograma:

. 1a aula – A retórica xenófoba e islamofóbia dos partidos Fidesz da Hungria e Lei e Justiça (PiS) da

Polônia diante da chamada “crise dos refugiados” na Europa à partir de 2015.

. 2a aula – O fortalecimento do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) e o surgimento do

movimento PEGIDA – Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente, durante o período de

entrada de refugiados da guerra síria em território alemão.

      Sobre a professora Luciana Garcia: 

Graduada em Direito pela PUC-Campinas, Pós-graduação em Políticas e Relações Internacionais pela FESP.Mestre no Programa de Estudos Judaicos e Árabes do Departamento de Letras Orientais da USP.     Atualmente tem se dedicado a temas relacionados à presença do Islã e de comunidades muçulmanas no Brasil, EUA e Europa, com ênfase no processo de conversão/reversão, integração, extremismo e islamofobia.