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Fotografia GordE de Resistência

18 abr - 2022 • 19:00 > 25 abr - 2022 • 21:00 Ver datas e horários

Videoconferência via Sympla Streaming

Descrição

Fotografia GordE de Resistência 


Vivemos em uma sociedade midiática que produz e consome fotografias em um ritmo desenfreado. Somos bombardeades por imagens carregadas de significados intrínsecos que muitas vezes não sabemos identificar e interpretar. Por vezes reproduzimos valores que não identificamos por estarem em um plano fotográfico, instantâneo e efemêro. 

A oficina Fotografia GordE de Resistência propõe que em três encontros nos dias 18, 20 e 25 de abril das 19hs as 21hs (horário de Brasília) o aluno seja apresentado a elementos técnicos de leitura e produção de fotografias a fim de ampliar nosso entendimento da linguagem fotográfica, trazendo relatos e processos poéticos tanto do ponto de vista de quem está atrás das câmeras quanto de quem está na frente delas. 

Pensar e fazer corpas dissidentes na fotografia é um exercício e uma prática de resistência. A história da fotografia que comumente acessamos é pautada em valores coloniais e olhares misóginos. Os mecanismos das redes sociais escolhem e preterem fotografias pautados em valores mercadológicos excludentes. Ao invés de interpretar essas questões enquanto limites para o não ser, encontramos na potência da linguagem um caminho de enfrentamento, resistência e existência.

A Fotografia GordE de Resistência propõe uma prática que subverte o padrão vigente, legítima corporalidades, expõe possibilidades e expande os valores estéticos.



INSCRIÇÕES

As inscrições serão realizadas pelo SYMPLA e estarão disponíveis entre os dias 18 de março a 15 de abril de 2022.


ONDE

Curso 100% Online pela plataforma Zoom disponibilizada pelo SYMPLA.

 

QUANDO

Dias 18, 20, e 25 de abril de 2022, das 19hs às 21hs


COMO

Em 3 aulas de 2 horas cada. Uma pesquisadora artivista das corporalidades gordes @malujimenez_ e uma artista visual @paulasmmello_com que utilizam a fotografia enquanto ferramenta de resistência, apresentarão relatos, elementos técnicos e poéticos para se repensar o fazer fotográfico.


QUEM PODE FAZER

Artistas, profissionais, estudantes, pesquisadores e ativistas que tenham interesse nas áreas de da Fotografia, Comunicação, Imagem, Cultura Visual, Filosofia, Ciências Sociais, Jornalismo, Mídias Sociais, ou ainda qualquer pessoa que esteja interessada na discussão sobre representação e representatividade de corpas dissidentes, corporalidades gordes e arte enquanto ferramenta de resistência e enfrentamento. Não é necessário conhecimento técnico prévio em fotografia. O material a ser produzido durante a oficina poderá ser feito através de celulares. 



Aula 1 - Representação de corpas gordEs na fotografia: caminhos para resistir

Apresentação de conceitos da história da arte e da fotografia que formam nosso olhar e nosso entendimento estético do mundo. Problematização dos valores que carregam, como criar novos campos de criação. Desaprendendo a fotografar: como pensar o ato fotográfico sob uma perspectiva decolonial. 

Debate sobre a produção desenfreada de imagens na contemporaneidade, sua difusão nas redes sociais e como os algoritmos reproduzem padrões. Desejo e abjeção se realizam no mesmo rigor técnico. Como ver além? 

Elementos da linguagem fotográfica: quais são, como utilizá-los, como criar narrativas através de imagens alinhando ideias e conteúdo. 


Aula 2 -  Fotoperformance na fotografia gordE


Performar na fotografia como CORPA GORDA dissidente,  é construir um discurso próprio do corpo como poética da imagem.  A fotoperformance pode ser um exercício que nos proponha a pensar, e construir nossa maneira de estar no mundo através da problematização da imagem com autonomia na construção de perguntas, como:

  • O que queremos transmitir? 

  • Como construir esse discurso no nosso corpo? 

  • O que fazemos da nossa imagem?

  • Como nos colocamos no mundo?

  • O que minha corpa representa?

  • O que minha corpa GordE provoca?


A  fotoperformance  está  vinculada  à  arte  como  uma  rede  de  trocas, pautadas  não  apenas  pelo  sentido  da  representação  cênica,  mas  na  aproximação  entre  vida,  teatro, política, artivismo e filosofia.



-Proposta de exercício: elaboração de uma imagem que apresente para e alune  a Fotografia gordE de Resistência. Com qualquer tipo de câmera, podendo ser inclusive através de outras imagens, utilizando colagem, montagens, recursos que sentirem vontade.


Aula 3 - Ocupação gordE na fotografia enquanto resistência


Análise e retorno sobre os exercícios práticos des alunes. Quais elementos da linguagem fotográfica foram utilizados? Quais ideias e ideais foram transmitidos? 

Como construir e desconstruir noções de imaginário. 

Debate final: quem é seu feed? Você consome quais imagens? Você produz para que(m)? Como re-existir enquanto corpo gordE através da fotografia?


Referências Bibliográficas

ANZALDÚA, Glória. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. ESTUDOS FEMINISTAS, 2020. Pgs. 229-236.

AZOULAY, Ariella. Desaprendendo as origens da fotografia. Revista ZUM. Publicado em 29 de outubro de 2019. Disponível em: https://revistazum.com.br/revista-zum-17/desaprendendo-origens-fotografia/. Acesso em 16/03/2022. 

BENJAMIN, Walter. Obra de arte na época de suas técnicas de reprodução, A. Tradução de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os pensadores). v. XLVIII – Benjamin, Horkheimer, Adorno e Habermas.

BUTLER, Judith; TAYLOR, Sunaura. Examined Life. [https://www.youtube.com/watch?v=k0HZaPkF6qE] Acesso em 16/03/2022. 

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_____. Isto não é um cachimbo.5 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1998.


_____. O pensamento do exterior. IN: Ditos e Escritos III. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.


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LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, v. 22, n. 3, 2014. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755/28577>. 


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PRECIADO, Paul. Manifiesto Contrasexual. Prácticas subversivas de identidad sexual, 2000.


QUIJANO, Anibal. Colonialidad y modernidade/racionalidade, 1992.

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SANTOS, Boaventura de Sousa. Descolonizar el saber, reinventar o poder. Montevideo: Trilce, 2010.


Facilitadoras


Malu Jimenez @malujimenez_ é filósofa, feminista, artivista, pesquisa gordofobia desde 2014, propõe uma FILOSOFIA GORDA dentro de uma proposta de mudança de paradigma sobre corporalidades dissidentes, com uma revisão epistemológica sobre o discurso soberano de saúde, em uma perspectiva das corporalidades gordas. Professora pesquisadora, doutora em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, autora do livro “lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”. Fundadora do PESQUISA GORDA – Grupo de Estudos transdisciplinares das corporalidades gordas no Brasil, idealizadora do projeto lute como uma gorda.  Pós doutoranda em Psicossociologia na UFRJ. Palestrante, ministra cursos, workshops, rodas de conversa e oficinas sobre corporalidades gordas, escritas afectivas e performance fotográficas de resistência.


Paula Mello @paulasmmello_com é fotógrafa, artista visual, bacharela em Filosofia e pós-graduada em Gestão Cultural. É curadora da exposição internacional de arte de rua ColaAqui!StickHere! Foi artista residente na Fundação Sanskriti Kendra em Nova Deli, Índia; coordenadora de pesquisa no projeto "Alimento, Ritual e Oferenda" de curadoria de Regina Carmona, via edital de intercâmbio do Ministério da Cultura e participou da exposição coletiva "Ofrendas a la Pachamama" no Museu de Arte Contemporânea de Cuzco, Peru - 2016.

Entre as exposições individuais, destacam-se: “Do Tempo Vivido em Silêncio” em Beja/Portugal - 2014; “In ter mi tên cia s” no Sesc Uberlândia/MG - 2015 e no Sesc Ribeirão Preto/SP - 2017 e “young americans” no Senac Marília/SP - 2018. Em 2020 teve a série "30 anos e 30 dias" premiada no edital "Arte como Respiro" do Instituto Itaú Cultural. 


Termos e políticas

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Sobre o organizador

Fotografia GordE de Resistência

Malu Jimenez

Malu Jimenez é gorda, filósofa feminista, artivista faz arte na escritura propondo um novo olhar sobre os corpos gordos, doutora em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, PHD em gordofobia, autora do livro “lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”. Coordenadorado Grupo de Estudos Transdisciplinares do Corpo Gordo no Brasil – PESQUISA GORDA, idealizadora do projeto lute como uma gorda, coordena as redes sociais @estudosdocorpogordo.

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