31 ago - 2020 • 19:00 > 20:15
Videoconferência via Sympla Streaming
De 29 de agosto a 31 de Agosto
Sábado às 21h00, Domingo às 16h00 e segunda às 19h00.
Duração: 70 minutos
Classificação: 14 anos
Ingressos: a partir de R$ 20,00.
No sábado os ingressos são gratuitos.
Garanta seu ingresso em:
Venda ingressos e acesso à transmissão:
Sábado: https://www.sympla.com.br/fossil---smc__949132
Domingo: https://www.sympla.com.br/fossil__949325
Segunda: https://www.sympla.com.br/fossil---3108---19h__950157
Especificação técnica: baixar o aplicativo Zoom, preferencialmente no PC ou notebook. Também é possível assistir por tablet, celular ou emparelhamento com Smart TV.
Uma cineasta busca, em uma grande distribuidora de gás, recursos para realização de seu filme sobre a Revolução de Rojava, onde nasce um processo radical de democracia participativa com forte atuação das mulheres curdas. Durante a apresentação do projeto, ela é atravessada pelo passado recente da nossa história e se defronta com as contradições de ter sua obra patrocinada.
A peça se passa dentro da sala de Luiz Henrique (Nelson Baskerville), diretor da maior empresa de gás liquefeito de petróleo. Anna (Rita Pisano), uma jovem cineasta, vai ao seu encontro em busca de recursos para a realização de um filme sobre a Revolução de Rojava, no norte da Síria.
A cineasta narra o roteiro de seu filme e a importância político-social deste, cruzando histórias de mulheres curdas torturadas da Síria com memórias de mulheres na ditadura brasileira de 64. “Ao olhar para nós à luz dessa revolução, vemos as mulheres que nos geraram, e antes delas, as que geraram nossas mães, e antes delas, as outras, e as outras, e as outras e todas nós. Ao olhar para nós à luz da Revolução de Rojava, sabemos que queremos e que podemos acreditar em utopias por meio de um trabalho diário que deixe nascer outras formas mais justas e libertárias de se pensar e viver. ” Complementa a dramaturga Marina Corazza.
A tensão entre os dois personagens vai crescendo durante o espetáculo. Luiz, que viu Anna crescer, tem um olhar paternal para com ela e conforme a cineasta conta sobre o seu projeto e a importância da luta curda, relações dúbias de opressão e falta de escuta são estabelecidas. Em um plano que atravessa o presente, a jovem cineasta fala de sua mãe, presa política na ditadura de 64. O papel contraditório de financiamento das artes por grandes empresas também perpassa toda a peça. Abre-se com isso mais uma camada crítica na peça a respeito da política cultural e as contradições que incluem valores éticos e morais para a realização de um produto altamente desvalorizado no mercado atual.
A encenação de Sandra Corveloni propõe um encontro entre teatro e audiovisual tendo projeções sensitivas e trilha sonora original, criando um clima de sala de cinema, para falar da Revolução de Rojava ou Confederalismo Democrático do Norte da Síria. “Fóssil possui uma dramaturgia bastante profunda, com camadas de informações e sentimentos que aparecem à medida em que o texto avança. A montagem que é ao mesmo tempo teatral e cinematográfica, nos leva a refletir sobre questões como os direitos das mulheres, a democracia, as fronteiras e a arte”, comenta a diretora.
“Ao alternar uma negociação repleta de desconforto de uma artista com seu projeto e os donos do dinheiro, a peça oferece espaços poéticos tendo como cenário o deserto esvaziado da região e a exuberância do céu estrelado” – Leando Nunes (Estadão)
“O espetáculo envolve os espectadores desde a cena inicial. Mesmo que a história do povo de Curdistão seja pouco conhecida da maioria dos brasileiros, a trama emociona por associar a opressão do povo curdo com a luta das mulheres por seus direitos.” – Mauricio Mellonge (Favo do Mellone)
“O drama se sustenta pela crueza dos relatos e pela força dos diálogos. [...] uma peça que faz um convite para o espectador pensar em pontos relevantes como a globalização, o imperialismo, a intolerância, a exclusão. Se a história é construída pelos opressores, da mesma forma pode ser desconstruída pelos oprimidos.” – Edgar Olimpio (Revista Estravaganza)
FICHA TÉCNICA
Idealização: Natalia Gonsales
Dramaturgia: Marina Corazza
Direção: Sandra Corveloni
Com: Rita Pisano e Nelson Baskerville
Música Original: Marcelo Pellegrini
Desenho de Luz: Aline Santini
Figurino: Leopoldo Pacheco
Cenário: Carol Bucek
Videografismo e Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Voz canção curda: Rojda
Produção musical: Surdina
Mãe de Anna: Clara Cury
Assistência de Direção: Felipe Samorano
Assistência e Operação de Luz: Pajeú Oliveira
Operação de som: Pedro Ricco
Projecionista: André Grynwask
Assessoria de Mídias Sociais: Barbara Berta
Fotos de Divulgação: Ronaldo Gutierrez e Haroldo Miklos
Fotos do Espetáculo: Ronaldo Gutierrez e Matheus José Maria
Registros fotográficos do Curdistão: Alexandre Auler, Fabio Braga e Virginia Benedetto
Imagens aéreas (drone) de Kobani: Gabriel Chaim
Aulas sobre os conflitos do Oriente Médio: Reginaldo Nasser
Realização: Bem Casado Produções Artísticas
Direção de Produção: Leticia Gonzalez e Contorno Produções
Produção Executiva: Leticia Gonzalez
Assistente de projetos e comunicação: Bianca Bertolotto
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
Teatro Aliança Francesa
Com o objetivo de oferecer ao público uma programação cultural de qualidade, o Teatro Aliança Francesa nos últimos anos vem realizando uma programação constante e diversificada. Além da programação teatral, de abrangência nacional e internacional, elegida pelo Comitê de Programação, outras linguagens artísticas e atividades integram a programação do Teatro. Debates, sessões de cinema, concertos musicais e palestras levam em frente a ideia de oferecer um ponto de encontro artístico e intercultura