02 set - 2022 • 19:30 > 03 fev - 2023 • 22:30
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Em sua terceira oferta, no Segundo tempo da Formação em Psicanálise da EFP-ID, da SBDp-ID, os Seminários de Daseinspsicanálise, II. Fundamentos teóricos e clínicos tratarão da problemática do diagnóstico diferencial das estruturas psíquicas a partir de suas matrizes fundamentais. A saber: Édipo, Narciso e Antinarciso.
Considerando a ampla divulgação da matriz edípica desde a elaboração do assim chamado Complexo de Édipo por Freud, estudaremos essa matriz em confronto com a matriz narcísica, que, pouco a pouco delineada a partir da segunda metade do século XX, joga luz nas problemáticas narcisistas, as quais, segundo André Green, em seu Complexo da mãe morta, se apresentam sob a superfície dos conflitos edípicos, especialmente os neuróticos. Caso em que muitos conflitos que se mostram na superfície do aparelho psíquico como edípicos consistem mais propriamente em uma problemática narcísica (narcisista ou antinarcisista); o que pode ser exemplificado na Depressão de transferência e no Transtorno de Personalidade Borderline, quando emerge a necessidade de uma elaboração diferenciada do próprio aparelho psíquico que se forja no âmbito das problemáticas narcísicas na medida em que elas se distinguem estruturalmente dos conflitos especificamente edípicos. Situação que também se aplica ao Antinarciso, cujo fenômeno clínico se situa ainda mais abaixo das problemáticas narcísicas e que diz respeito, antes de tudo, a uma fratura da identidade pessoal, íntima, do sujeito na sua relação consigo mesmo; o que ganha sentido a partir do que nos propomos a designar como Complexo de Ulisses, aqui tanto na figura do herói/anti-herói grego, considerado um antinarciso tanto por Plotino quanto por Pierre Hadot, quanto na figura de Leopold Bloom, este Antinarciso moderno, o personagem que protagoniza ou, antes, "antiprotagoniza" o Ulysses de James Joyce .
O Antinarciso é aquele que foge de sua própria imagem; aquele que, diante do espelho, na formação da função de seu Eu (de seu sujeito do inconsciente), se mantém na extimidade, na fratura de sua identidade pessoal. Com isso, para aquém da famigerada clivagem do sujeito (em consciente e inconsciente), o Antinarciso nos interpela, como psicanalistas, a lidar com uma fratura exposta e, portanto, à mostra, a saber: a fratura originária do próprio inconsciente, então encravado; esse cuja formação padece de uma perda irreparável, a daquele inconsciente (materno) que o forjou em seus lineamentos não-verbais e pré-verbais essenciais, mas que, em parte também devido a algo como a sedução generalizada, se perdera nas brumas do tempo entre o nascimento e a aquisição da linguagem. Em vista disso, o Antinarciso permanece fixado no momento da perda do primeiro objeto de satisfação, o objeto total, e, assim, nos limites da pulsão primária, que aqui designamos religância ao ser, a qual, por seu turno, se detém nos limites de sua não-satisfação real.
Se você chegou até aqui e ainda não é psicanalista, mas deseja formar-se numa instituição reconhecida pela International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS) [estamos em processo de filiação], e ao mesmo tempo pluralista (na teoria) e ortodoxa (na clínica), inscreva-se hoje mesmo no Édipo, Narciso e Antinarciso: Introdução ao diagnóstico diferencial das estruturas psíquicas (que compõe um dos seminários do Segundo tempo de nossa formação neste semestre). Entre em contato para saber mais sobre os seminários clínicos e teóricos, assim como sobre a análise didática e a supervisão.
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Manuel Moreira da Silva
Membro fundador e Coordenador Geral da Sociedade Brasileira de Daseinspsicanálise - Instituto de Daseinspsicanálise (SBDp-ID), Manuel Moreira da Silva é Psicanalista, Docente, Analista Didata e Supervisor membro da Sociedade Psicanalítica do Paraná (SPP), Doutor em Filosofia pela Unicamp, Professor do Departamento de Filosofia da Unicentro/PR e Diretor da Escola de Formação em Psicanálise - Instituto de Daseinspsicanálise (EFP-ID) desde 2016, quando esta se denominava KaPhiPsi.
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