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Dar FIM à Representação Moderna

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Dar FIM à Representação Moderna

10 fev - 2025 • 19:00 > 13 fev - 2025 • 21:00

Evento Online via Zoom
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Descrição do evento

Dar FIM à Representação Moderna: Introdução ao pensamento de Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney


SOBRE:

“Como levar ao Fim a representação do Mundo Ordenado, no qual a separação de Subjectum e Mundus justifica o reino da violência, aquela desde a/na qual a dialética racial faz sentido?”

- Denise Ferreira da Silva, A Dívida Impagável, 2019.



O presente curso tem como objetivo fornecer uma introdução ao pensamento de Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney, apresentando-os como uma crítica da representação moderna.


No que consiste a representação moderna? Quais são suas condições de emergência, suas ferramentas e pilares que sustentam seus palcos e suas encenações? E qual o papel da violência racial na sustentação da produtividade letal que a representação moderna exerce sobre o mundo e a matéria?


Para dar conta de questões como essa, Denise, Moten e Harney não só mobilizam a negridade, mas a recuperam de sua determinação pelas ferramentas sócio-científicas do pensamento moderno – aquelas fabricadas pela Ciência do Homem – e dos processos de individuação racializada, que produz identidades fixas e demarcadas no espaço e no tempo para aprimorar a logística do Capital Global e do Estado. Ou seja, são estudos que buscam retirar a negridade das garras da transparência.


Com esse gesto de recusa, es autories nos fornecem uma compreensão da negridade aquém, além e contra os efeitos de significação da representação moderna, nos lembrando da incompletude compartilhada ou da implicação que cada existente partilha com todos os demais. E, com isso, nos fornecem também uma outra maneira de compreender a subjugação racial e seu papel constitutivo da modernidade.


De maneira acertada, Jota Mombaça e Musa Mattiuzzi definiram a tarefa de tal crítica da representação da seguinte maneira: “Como descolonizar a matéria?”, ou ainda como descolonizar a matéria colonizada? Algo que passa, inevitavelmente, como nos lembra Denise, por uma mudança radical no modo como abordamos matéria e forma, pela tarefa de “soltura da matéria com relação à forma”. E o que acontece quando a negridade é pensada como referindo-se à matéria? Que materialismo e projeto de descolonização emergem daí? E o que isso nos diz sobre aquilo que a representação moderna busca ocluir, obliterar, e que, entretanto, sustenta o funcionamento do mundo moderno?


São com tais questões que buscaremos traçar nosso percurso, que dividiremos em quatro encontros, sendo os dois primeiros dedicados ao pensamento de Denise Ferreira da Silva.


- Do Mundo Ordenado ao excesso do Mundo Implicado: O pensamento de Denise Ferreira da Silva


1º Encontro: O foco do primeiro encontro é expor como Denise Ferreira da Silva compreende a representação moderna e o papel do racial na sua (re)produção:


a) Apresentação des autories e suas obras;

b) a crítica da representação moderna; 

c) os limites da sócio-lógica da exclusão e a poética feminista negra;

d) a analítica da racialidade: Eu transparente e Eu afetável;

e) as condições de emergência da racialidade e os pilares ontoepistemológicos.


2º Encontro: No segundo encontro,  trata-se de pensarmos como a Denise prossegue sua crítica da representação moderna, expondo sua dependência da violência total autorizada pelo racial e que sustenta a acumulação do Capital Global, o funcionamento do Estado e do Cispatriarcado. Para isso, Denise parte de uma “contra-ontologia” que encontramos em seu “materialismo cru”.


a) O evento Racial;

b) A Corpa Ferida na Cena da Subjugação; 

c) O materialismo cru e a dívida impagável;

d) O Excesso


- Poética e Negridade: da logística à hapticabilidade, o pensamento de Fred Moten e Stefano Harney


3º Encontro: Neste encontro, vamos explorar como Fred Moten e Stefano Harney oferecem a noção de negridade como uma poética social que excede as tentativas modernas de apreensão e representação. Eles nos mostram como a negridade, em sua capacidade recusatória, resiste à circularidade neurótica da logística — entendida aqui como uma ciência branca a serviço do colonial-capitalismo — e cria novos horizontes de socialidade e amizade. Moten e Harney descrevem a negridade não como um lugar fixo, mas como um "deslocamento de lugar", onde a fuga e a recusa revelam uma potência geradora de práticas que visam o fim deste mundo tal como o conhecemos. Eles chamam isso de "uma poética social do nada” como aquilo que com e através do toque, da proximidade e da partilha reconfiguram as relações de poder.


a) A logística como ciência branca e a logiscalidade

b) A propriedade como aprimoramento e transparência

c) Subcomum e hapticabilidade

d)Poética/Negridade e socialidade negra


4º Encontro: Conclusão do conteúdo do curso, retomada e conversa.


IDEALIZAÇÃO E FACILITAÇÃO:

Agnes de Oliveira Costa, mestra em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) com pesquisa sobre a obra Capitalismo e Esquizofrenia de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Doutoranda em Ética e Filosofia Política pela UFRN, na qual tenho me dedicado a pensar a relação entre capital, guerra e biopolítica diante do fenômeno do encarceramento em massa.


Bruno da Silva Amorim é assistente social e psicanalista em formação e integra a escola livre Bibliopreta, onde colabora com iniciativas voltadas para a educação popular, arquivos e livros. Faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisa Mabel Assis da FAPSS (Faculdade Paulista de Serviço Social), onde se dedica à pesquisa sobre as relações étnico-raciais no Brasil com seu projeto intitulado Sinto falta de apenas ensaiar o balançar da existência: Modernidade, representação e a recusa na socialidade negra radical.É cotradutor da obra Mais uma vez, subcomuns: poética e hapticalidade, de Fred Moten e Stefano Harney, publicada pela GLAC Edições em 2024.



INFORMAÇÕES:

Datas: 10/02 + 11/02 + 12/02 + 13/02, das 19h às 21h


Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!

Opção 01 - Mínimo: R$80

Opção 02 - Intermediario: R$115

Opção 03 - Ideal: R$150


Metade do valor arrecado pela facilitação será doado à Teia dos Povos


Você pode realizar a inscrição e adquirir os livros de Fred Moten e Stefano Harney com desconto de 20% promovido pela publicadora GLAC Edições

Combo 01- Curso (valor mínimo) + Mais uma vez, Subocmuns:  R$ 119.

Combo 02 - Curso (valor mínimo) + Mais uma vez, Subcomuns + Tudo Incompleto: R$ 170


BOLSA INTEGRAL/PARCIAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande a sua solicitação de bolsa através do seguinte formulário: https://docs.google.com/forms/d/1PgC3ZiV1l3Xba7KJ_0z8rSakIdkPLdLT5E2AMDs0Ksg/preview


Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom

Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)

Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.


Esse curso é realizado em parceria com a GLAC Edições


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Sobre o produtor

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BRAVA

Um espaço de construção de comunidades a partir do compartilhamento de conhecimentos e à produção de saberes contra-hegemônicos. Os caminhos desenhados pela Brava passam por cursos, oficinas, aulões, rodas de conversa e outras iniciativas educacionais, centradas em discussões sobre raça, classe, sexualidade, gênero, colonialidade e pela formação de um pensamento crítico no geral, idealizadas e facilitadas por sujeites que moldam suas vozes a partir do enfrentamento à esses sistemas.

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