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Dar FIM à Representação Moderna: Introdução a Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney

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Dar FIM à Representação Moderna: Introdução a Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney

26 ago - 2025 • 19:00 > 04 set - 2025 • 21:00

Evento Online via Zoom
Evento encerrado

Dar FIM à Representação Moderna: Introdução a Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney

26 ago - 2025 • 19:00 > 04 set - 2025 • 21:00

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Descrição do evento

SOBRE:

“Como levar ao Fim a representação do Mundo Ordenado, no qual a separação de Subjectum e Mundus justifica o reino da violência, aquela desde a/na qual a dialética racial faz sentido?”

- Denise Ferreira da Silva, A Dívida Impagável, 2019.


O presente curso tem como objetivo fornecer uma introdução ao pensamento de Denise Ferreira da Silva, Fred Moten e Stefano Harney, apresentando-os como uma crítica da representação moderna.


No que consiste a representação moderna? Quais são suas condições de emergência, suas ferramentas e pilares que sustentam seus palcos e suas encenações? E qual o papel da violência racial na sustentação da produtividade letal que a representação moderna exerce sobre o mundo e a matéria?


Para dar conta de questões como essa, Denise, Moten e Harney não só mobilizam a negridade, mas a recuperam de sua determinação pelas ferramentas sócio-científicas do pensamento moderno – aquelas fabricadas pela Ciência do Homem – e dos processos de individuação racializada, que produz identidades fixas e demarcadas no espaço e no tempo para aprimorar a logística do Capital Global e do Estado. Ou seja, são estudos que buscam retirar a negridade das garras da transparência.


Com esse gesto de recusa, es autories nos fornecem uma compreensão da negridade aquém, além e contra os efeitos de significação da representação moderna, nos lembrando da incompletude compartilhada ou da implicação que cada existente partilha com todos os demais. E, com isso, nos fornecem também uma outra maneira de compreender a subjugação racial e seu papel constitutivo da modernidade.


De maneira acertada, Jota Mombaça e Musa Mattiuzzi definiram a tarefa de tal crítica da representação da seguinte maneira: “Como descolonizar a matéria?”, ou ainda como descolonizar a matéria colonizada? Algo que passa, inevitavelmente, como nos lembra Denise, por uma mudança radical no modo como abordamos matéria e forma, pela tarefa de “soltura da matéria com relação à forma”. E o que acontece quando a negridade é pensada como referindo-se à matéria? Que materialismo e projeto de descolonização emergem daí? E o que isso nos diz sobre aquilo que a representação moderna busca ocluir, obliterar, e que, entretanto, sustenta o funcionamento do mundo moderno?


São com tais questões que buscaremos traçar nosso percurso, que dividiremos em quatro encontros, sendo os dois primeiros dedicados ao pensamento de Denise Ferreira da Silva.


- Do Mundo Ordenado ao excesso do Mundo Implicado: O pensamento de Denise Ferreira da Silva


1º Encontro: O foco do primeiro encontro é expor como Denise Ferreira da Silva compreende a representação moderna e o papel do racial na sua (re)produção:


a) Apresentação des autories e suas obras;

 b) a crítica da representação moderna; 

c) os limites da sócio-lógica da exclusão e a poética feminista negra;

d) a analítica da racialidade: Eu transparente e Eu afetável;

e) as condições de emergência da racialidade e os pilares ontoepistemológicos.


2º Encontro: No segundo encontro,  trata-se de pensarmos como a Denise prossegue sua crítica da representação moderna, expondo sua dependência da violência total autorizada pelo racial e que sustenta a acumulação do Capital Global, o funcionamento do Estado e do Cispatriarcado. Para isso, Denise parte de uma “contra-ontologia” que encontramos em seu “materialismo cru”.


a) O evento Racial;

 b) A Corpa Ferida na Cena da Subjugação; 

c) O materialismo cru e a dívida impagável;

d) O Excesso


- Poética e Negridade: da logística à hapticabilidade, o pensamento de Fred Moten e Stefano Harney


3º Encontro: Neste encontro, vamos explorar como Fred Moten e Stefano Harney oferecem a noção de negridade como uma poética social que excede as tentativas modernas de apreensão e representação. Eles nos mostram como a negridade, em sua capacidade recusatória, resiste à circularidade neurótica da logística — entendida aqui como uma ciência branca a serviço do colonial-capitalismo — e cria novos horizontes de socialidade e amizade. Moten e Harney descrevem a negridade não como um lugar fixo, mas como um "deslocamento de lugar", onde a fuga e a recusa revelam uma potência geradora de práticas que visam o fim deste mundo tal como o conhecemos. Eles chamam isso de "uma poética social do nada” como aquilo que com e através do toque, da proximidade e da partilha reconfiguram as relações de poder.


a) A logística como ciência branca e a logiscalidade

b) A propriedade como aprimoramento e transparência

c) Subcomum e hapticabilidade

d)Poética/Negridade e socialidade negra


4º Encontro: Conclusão do conteúdo do curso, retomada e conversa.



IDEALIZAÇÃO E FACILITAÇÃO:

Bruno da Silva Amorim é assistente social e tradutor. Integra o Núcleo de Estudos e Pesquisa Mabel Assis (FAPSS), o coletivo Bibliopreta e o laboratório Manguezal: filosofias e poéticas afrodiaspóricas. Em sua pesquisa "Sinto falta de apenas ensaiar o balançar da existência" investiga o que há de produtivo + destituinte nas socialidades negras. Como psicanalista, recorre aos black studies para repensar a foraclusão da raça no campo teórico & na clínica.


Agnes de Oliveira Costa, Mestra em Filosofia (USP) com pesquisa sobre a obra Capitalismo e Esquizofrenia de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Doutoranda em Ética e Filosofia Política pela UFRN, na qual tenho me dedicado a pensar a relação entre capital, guerra e biopolítica a partir do processo mundial de encarceramento em massa.



INFORMAÇÕES:

Datas: 26/08 + 28/08 + 02/09 + 04/09, das 19h às 21h


Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!

Opção 01 - Mínimo: R$80

Opção 02 - Intermediario: R$120

Opção 03 - Ideal: R$160


BOLSA INTEGRAL/PARCIAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande a sua solicitação de bolsa através do seguinte formulário: https://docs.google.com/forms/d/1PgC3ZiV1l3Xba7KJ_0z8rSakIdkPLdLT5E2AMDs0Ksg/preview


Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom

Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)

Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.


Classificação indicativa: 18 anos

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Sobre o produtor

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BRAVA

Um espaço de construção de comunidades a partir do compartilhamento de conhecimentos e à produção de saberes contra-hegemônicos. Os caminhos desenhados pela Brava passam por cursos, oficinas, aulões, rodas de conversa e outras iniciativas educacionais, centradas em discussões sobre raça, classe, sexualidade, gênero, colonialidade e pela formação de um pensamento crítico no geral, idealizadas e facilitadas por sujeites que moldam suas vozes a partir do enfrentamento à esses sistemas.

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