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CURSO HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DE CANUDOS

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CURSO HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DE CANUDOS

28 jan - 2025 • 18:30 > 27 fev - 2025 • 20:30

 
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Evento encerrado

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28 jan - 2025 • 18:30 > 27 fev - 2025 • 20:30

 
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Descrição do evento

INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA
CURSO SOBRE HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DE CANUDOS
TEMAS: UMA INTRODUÇÃO À GUERRA DE CANUDOS & A PARTICIPAÇÃO DA
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA NA GUERRA DE CANUDOS
Modalidade: Online

Datas: 28 e 30 de janeiro; 04 e 06 de fevereiro; 11 e 13 de fevereiro; 18 e 20 de fevereiro; 11 e 13 de março.
Carga Horária: 20 horas

Valor da Inscrição: 30 reais 
Público-alvo: estudantes e profissionais das ciências humanas e demais interessados no tema.

Ministrante: Prof. Marcos Roberto Brito dos Santos – É doutor e mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduado em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com especialização em História do Brasil pela Universidade Cândido Mendes e Teoria da História e Historiografia pela Faculdade Metropolitana. Atualmente cursa a Especialização em História da
Bahia, na Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Nos últimos seis anos, vem se dedicando, em especial, ao estudo dos discursos e das narrativas históricas e literárias construídas sobre o Arraial do Belo Monte e a Guerra de Canudos, assim como à reflexão sobre as suas fontes documentais. Interessa-se ainda por temáticas transversais relativas à escrita da história e ao contexto histórico da Guerra de Canudos como: memória e historiografia
no século XIX; transição da Monarquia à República; Republicanismo e Anti-republicanismo na segunda metade do século XIX; primeiros governos republicanos (de Deodoro da Fonseca a Prudente de Morais). Atualmente encontra-se vinculado como pesquisador ao Laboratório de Pesquisas em Teoria da História e Interdisciplinaridades (LAPETHI) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).


SOBRE O CURSO
Neste curso, iremos realizar uma introdução aprofundada (discutindo a história, a historiografia e as fontes) sobre o tema da Guerra de Canudos, apresentar uma reflexão em torno da participação da Faculdade de Medicina da Bahia na referida guerra e discutir uma importante obra produzida ainda no século XIX sobre o acontecimento: o livro Descripção de uma viagem a Canudos, do acadêmico de medicina Alvim Martins Horcades.
Faremos uma caminhada panorâmica sobre a trajetória de Antônio Conselheiro e sua fixação no arraial de Canudos, abordaremos as quatro expedições militares contra o Belo Monte e, por fim, falaremos sobre a inserção da Faculdade de Medicina neste tão importante
evento histórico para a história da Bahia e do Brasil.

Durante nosso itinerário iremos nos deparar ainda com à atuação de membros das elites baianas como Luiz Vianna, Nina Rodrigues, Luis Anselmo da Fonseca, Rodrigues Lima, o Barão de Jeremoabo, entre outros. Para tornar nosso percurso de aprendizado mais lúdico, serão apresentados ainda, músicas, cordéis, quadrinhos, documentos históricos de época, charges, imagens de monumentos, fotografia de artefatos museológicos e resquícios arqueológicos referentes à Guerra de Canudos.

O curso visa atender ao interesse cada vez maior do público sobre a temática. A Guerra de Canudos foi imortalizada e tornou-se um grande tema da fundação da nacionalidade brasileira através da monumental obra de Euclides da Cunha, o livro Os Sertões. Apesar desta importância, a Guerra de Canudos ainda é um episódio pouco conhecido não apenas do grande público, ou seja, do cidadão médio brasileiro, mas até mesmo de grande parte dos
estudiosos das ciências humanas não dedicados ao tema. Assim, buscaremos, com o curso, não apenas suprir esta lacuna, como fazer isso de uma forma especial: problematizando a produção sobre o tema e compreendendo as diversas interpretações sobre a Guerra de Canudos ao longo do tempo.

RESUMO 
Segundo a historiografia que se consolidou sobre o tema, Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro, cearense de Quixeramobim, fundou o arraial do Belo Monte, na Bahia, no ano de 1893, nas terras da antiga Fazenda Canudos, após longa peregrinação no Sertão nordestino e atuação sócio-religiosa (arregimentação de uma multidão de seguidores, pregações, missões, reforma e/ou construção de açudes, muros, cemitérios, igrejas), que
levaram a tensões e conflitos com algumas autoridades eclesiásticas, policiais, governamentais, fazendeiros e políticos da região. Após sua fixação naquelas terras, juntamente com seus seguidores, as autoridades políticas e religiosas realizaram tentativas de dissolução do agrupamento, como o envio ao arraial, em 1895, de missionários capuchinhos, em uma tentativa frustrada de convencer a população a se dissipar.

Em fins de 1896, novo conflito dá início à Guerra com o envio de uma 1a expedição militar, sob o comando do Tenente Pires Ferreira. Após derrota desta e de mais duas expedições, organiza-se uma 4a, sob o comando do general Arthur Oscar, que, enfim, sairá vitoriosa em outubro de 1897. Exuma-se o corpo de Antonio Conselheiro e seu crânio é enviado a Salvador para análise médica do Dr. Nina Rodrigues, professor da Faculdade de Medicina do
Terreiro de Jesus.

Os primeiros registros da participação da Faculdade de Medicina da Bahia na Guerra de Canudos remonta a março de 1897, após a derrota da 3a Expedição Militar à Canudos, sob o comando do General Antônio Moreira César. Porém, somente em julho daquele ano, a Faculdade de Medicina da Bahia resolve entrar decisivamente no episódio, com a criação de hospitais provisórios na capital baiana (na própria sede da Faculdade de Medicina da Bahia, no Mosteiro de São Bento, no Arsenal de Guerra e no Forte da Jequitaia), assim como através do envio de duas turmas de estudantes (em 27 de julho e 03 de agosto de 1897, respectivamente) para o centro de operações militares no Sertão da Bahia.

O acadêmico de medicina Alvim Martins Horcades é um dos estudantes que se dirige ao local do conflito junto à primeira turma. Ao retornar, ele trouxe, entre outros butins de guerra, a chave da Igreja de Santo Antônio, também chamada Igreja Velha, e procurou narrar sua experiência em livro intitulado Descripção de uma viagem a Canudos, publicado em 1899, dois anos depois de findado o acontecimento.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BARRETO, Dantas. Ultima expedição a Canudos. Porto Alegre: Franco & Irmão, 1898.
BARROS, Olívio. Os jagunços: novella sertaneja. São Paulo: O Commercio de São Paulo, 1898.
BENÍCIO, Manuel. O Rei dos Jagunços. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, 1899.

BOAVENTURA, Edivaldo. O Parque Estadual de Canudos. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo, 1997.
CALASANS, José. Cartografia de Canudos. 2a edição. Salvador: ALBA/IGHB, s/d.
CALASANS, José. O Estado-maior de Antonio Conselheiro (quase biografias de jagunços). São Paulo: Edições GDR, 2000.
CUNHA, Euclides. Os Sertões: Campanha de Canudos. São Paulo: SESI-SP, 2018.
DANTAS, Paulo. Quem foi Antonio Conselheiro? São Paulo: Empresa Gráfica Carioca, 1966.
DINIZ, André. A Revolta de Canudos. São Paulo: Escala Educacional, 2008 (Coleção História do Brasil em Quadrinhos).
GALVÃO, Walnice. No calor da hora: a guerra de Canudos nos jornais (4a Expedição). Recife: CEPE, 2019.
GAUDENZI, Tripoli. Memorial de Canudos. Salvador: Secretaria da cultura e Turismo, 1996.

HORCADES, Avim Martins. Descripção de uma viagem a Canudos. Salvador: Litho-Typographia Tourinho, 1899.
MANGABEIRA, Francisco. Tragédia Épica: guerra de Canudos. Salvador: Assembleia Legislativa, 2017.
MELLO, Frederico Pernambucano de. A guerra total de Canudos. São Paulo: Escrituras Editora, 2014.
MONIZ, Edmundo. Canudos: a luta pela terra. São Paulo: Global, 2001.
NASCIMENTO, José Gonçalves. Canudos: uma vila florescente e rica. São Paulo: Lura Editorial, 2017.
NOGUEIRA, Ataliba. Antonio Conselheiro e Canudos: revisão histórica. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974.
OLIVEIRA, Xavier. Reminiscencias da Guerra de Canudos. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. No 68, 1942.
________________. Reminiscencias da Guerra de Canudos (conclusão). Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. No 69, 1943.
RODRIGUES, Nina. A Loucura Epidêmica de Canudos. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, 1897.
SAMPAIO, Consuelo Novais. Canudos: cartas para o Barão. São Paulo: Edusp, 2001.
SANTOS, Marcos Roberto Brito. Uma chave para Canudos: Horcades, o IGHB e a Guerra. Rev.
IGHB, Salvador, v. 118, p. 333-377, jan/dez 2023.
TORRES, Octavio. Esboço histórico dos acontecimentos mais importantes da Faculdade de Medicina da Bahia (1808-1946). Salvador: Imprensa Vitória, 1946.
VASCONCELLOS, Pedro Lima. Antonio Conselheiro por ele mesmo. São Paulo: É Realizações, 2017.
VETILLO, Walter. A Saga de Canudos em Quadrinhos. São Paulo: Elementar, 2012.
VILLA, Marco Antonio. Canudos: o povo da terra. São Paulo: Editora Ática, 1995.

*Informações sobre o curso de responsabilidade do instrutor.

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Sobre o produtor

INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA

Fundado em 13 de maio de 1894, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia é a entidade cultural mais antiga do Estado, com 127 anos de funcionamento ininterrupto. É qualificado como organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), sem fins lucrativos, conforme a Lei Federal nº 9.790, de 23 de março de 1999. Tem como finalidade a promoção de estudos, do desenvolvimento e difusão dos conhecimentos de Geografia, de História e Ciências afins, além da defesa e conservação do patrimôn

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