Cuidar de nossa memória audiovisual

Num tempo de desastres anunciados no acervo da cinemateca brasileira, que sofreu um incêndio no último mês de julho, e de outros desafios de preservação da memória do cinema nacional, torna-se imperativo não só abordar tais temas como também, para alunos e professores, escutar especialistas da área de preservação. Como a boa historiografia ensina, um país que não compreende devidamente seu passado está condenado a repetir velhos erros e corre o risco de condenar o seu próprio futuro. A memória audiovisual do país faz parte desse esforço de compreensão e construção de horizontes possíveis. Portanto, ninguém mais apropriado para escutar nesses tempos que uma profissional que coordenou a cinemateca durante mais de 3 décadas, participou de uma série de políticas importantes na área e, além disso, deixou como legado os seus próprios filmes. Mais do que necessária, uma conversa com Olga Futemma carrega consigo um enorme sentido pedagógico para os alunos e alunas em formação na UNIAESO.