Estão abertas as inscrições para o segundo encontro do projeto  PARA CUIDAR DE NÓS!

O tema escolhido foi  "COMO NOSSAS MÃES..." : Quebrando ciclos a partir do Realinhamento Ancestral e Sistêmico  

e traz como proposta uma roda on-line de mulheres - mães, filhas -  que respeitosamente e protegidamente poderão olhar com mais consciência e maturidade para sua ancestralidade, sua árvore genealógica, suas heranças. 

Essa análise transgeracional é importante para podermos compreender, acolher e transformar a mulher/mãe que nos tornamos a partir das mulheres que vieram antes e suas histórias. 

Há mais de 15 anos estudo temas relacionados às relações familiares e realizo atendimentos em consultório. Nessa minha experiência, uma coisa é certa: de todas as tramas e demandas relacionais, as questões com a mãe estão sempre presentes, ocupando um dos primeiros assuntos da lista. 

Mesmo que você não tenha aparentemente nenhum problema com sua mãe, não dá para negar: é uma relação intensa, delicada e complexa. 

A não ser que você ainda esteja protegida pelo véu na inocência!

Quem se deu permissão de tirar o véu sabe que, por mais que tentemos nos separar ou fazer diferente, é inevitável se deparar com a mãe no espelho. 

Não adianta fugir! 

E mesmo quando seguimos caminhos diferentes, ela nos acompanha! Ela nos encontra!

O relacionamento com a mãe é cheio de camadas herdadas de gerações anteriores, de traumas ancestrais, reflexo das opressões patriarcais, dos segredos familiares, das tragédias não elaboradas, das repetições de padrões comportamentais e emocionais. 

E por mais que nossas avós, e depois nossas mães, tenham conseguido limpar uma parte das sujeiras, traumas e não-ditos (o fardo de quem veio antes é sempre mais pesado), o que passou lá atrás respinga e revive em nós. 

A abordagem psicogenealógica e transgeracional, bases teóricas desse encontro, demonstra que os filhos herdam marcas de dores e sofrimentos que foram calado nas gerações anteriores. Portanto, traumas e padrões de sobrevivência - asssim como recursos importantes de resiliência, enfrentamento, formas de lidar com o estresse, autocompaixão e meios de autorregulação - atravessam gerações.

O realinhamento ancestral e sistêmico, como venho chamando esse processo, parte do pressuposto que ao longo da nossa jornada vamos nos desalinhando do sistema, saindo dos nossos lugares, nos distanciando das histórias de quem veio antes e, portanto, correndo mais riscos de repetir e manifestar em nossa história sintomas e padrões antigos.

É importantes realinhar, re-conhecer, compreender de onde viemos e o lugar que ocupamos.

Assim, tomando consciência da nossa linhagem, ou pelo menos lançando olhares curiosos sobre ela, podemos nos libertar de comportamentos e crenças, reações e inseguranças que nos impedem de seguir nosso mapa oficial sem medo da exclusão.  

"Como nossas mães" vem para nos lembrar do lugar que viemos, dos riscos de repetirmos algumas histórias e das possibilidades de nos abrimos para novos caminhos - para nós mesmas, para as próximas gerações. 

Prepare-se para um encontro profundo e emocionante,  com músicas,  contos, vivências e iluminações! 

 Aceita o convite?