22 jan - 2023 • 11:00 > 22 jan - 2023 • 13:00
22 jan - 2023 • 11:00 > 22 jan - 2023 • 13:00
SOBRE:
No mais famoso ensaio da teórica transexual Sandy Stone, seu "Manifesto Pós-Transexual", uma das linhas centrais da análise está em torno do relato parcialmente autobiográfico de Lili Elbe na obra "Man Into Woman", de Niels Hoyer.
O filme de 2016 "A Garota Dinamarquesa" se baseia em uma adaptação literária dos anos 2000 da história de Lili, e realiza um retrato da transexualidade a partir da personagem vivida por Eddie Redmayne. Na narrativa de Lili Elbe, que é simultaneamente uma pessoa real e uma personagem biográfica a quem generosas especulações ficcionais foram adicionadas, é possível encontrarmos múltiplas concepções históricas da transexualidade em diálogo.
Ao tomar o corpo trans como um complexo gênero textual, Sandy Stone interroga as relações de poder envolvidas nas narrativas biográficas e autobiográficas de (e sobre) pessoas trans como um elemento central na produção do saber médico-psiquiátrico. As teorias dos principais sexólogos e médicos interessados nos fenômenos da dissidência de gênero foram construídas dependendo largamente dos relatos pessoais e das confissões íntimas de pessoas trans. Foi isso que deu a essas teorias uma autoridade científica e técnica e um ar de autenticidade. No entanto, se nos perguntarmos sobre quem conta a história para quem, e quais escolhas narrativas são feitas com seus respectivos "porquês", a questão se torna muito mais complicada.
Analisando essas estratégias narrativas, a proposta desse Cine-Brava é de discutir em torno do filme "A Garota Dinamarquesa" o texto de Sandy Stone.
Nesse encontro estaremos dialogando sobre as histórias que nós pessoas trans e travestis contamos sobre nós mesmas e as histórias que contam sobre nós.
Para isso, recorreremos a uma breve história das teorias sobre a transexualidade e as clínicas de identidade de gênero, entendendo, a partir da obra de Stone, as disputas políticas e narrativas que envolvem os relatos trans de nossas identidades de gênero.
Tópicos:
- Lili Elbe: biografia/ficção?
- As teorias da transexualidade: tecnologia, manipulação da subjetividade e transformações na história.
- Corpo trans como gênero textual: o manifesto pós-transexual de Sandy Stone
FACILITADORA:
Angie Barbosa é travesti, transfeminista e anarquista. Estudante de psicologia, é parte da Rede de estudantes trans e travestis da UERJ. Compõe o coletivo anarcofeminista de educação popular, tradução, divulgação teórica e ativismo intelectual @bibliopreta. Interessada nos estudos de gênero e sexualidade, atualmente busca propor questões para um anarquismo travesti.
INFORMAÇÕES:
Data: 22/01 das 11h às 13h
Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!
Opção 01 - Mínimo: R$30
Opção 02 - Intermediário: R$45
Opção 03 - Ideal: R$60
Opção 04 - fortaleceu demais: 75
Opção de inscrição gratuita para pessoas trans / travestis
BOLSA INTEGRAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para [email protected] contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante <3
Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom
Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)
Emissão de certificado de participação de curso livre para quem assistir às aulas ao vivo.
Classificação indicativa: 18 anos
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BRAVA
A Brava é um espaço dedicado à discussão e compartilhamento de conhecimento e trabalhos feitos por mulheres e pessoas trans. Promovemos cursos de diferentes áreas com trocas horizontais, que subvertem lógicas pré estabelecidas, fomentando um pensamento crítico, atravessado por discussões raça, classe, gênero e sexualidade. Assim movimentamos pessoas, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para compartilhamento de saberes em um ambiente pensado para fomentar trocas e expandir conexões.
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